JIKOOK || FICÇÃO CIENTÍFICA?
Quando ainda eram crianças, Jungkook e Jimin desenvolveram uma amizade genuína e forte.
Tudo parecia beirar a perfeição no mundo dos dois garotos.
Porém, depois do abandono repentino do pai, Jimin desenvolveu um quadro...
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Jungkook adormeceu em meus braços.
Ele dormiu tranquilo, como se eu, por algum motivo fosse seu porto seguro naquele momento.
Enquanto o observo, sinto minhas emoções divergirem.
Todos os sentimentos que minutos atrás haviam se dissipado, agora voltam como uma enxurrada forte e perigosa. Não consigo fechar os olhos sem que a imagem do homem que matei surja em minha mente, porém não é ela que me assusta e, sim o fato de que ter Jungkook tão próximo me faça ficar mais abalado do que o ocorrido de horas atrás.
É injusto pensar que nós poderíamos ter tido uma amizade duradoura se nossos pais não tivessem interferido com mentiras e acusações descabidas. Eu poderia tê-lo ajudado com os ferimentos deixado pelo senhor Jeon, ele poderia ter me ajudado com os remédios, poderíamos ter sido o porto seguro um do outro.
Meneio a cabeça e ignoro essa sensação estranha, me forçando a pensar no que fiz mais cedo.
Eu, Park Jimin, matei uma pessoa.
Apertei o gatilho e matei aquele homem, fiz a mesma coisa que minha mãe,e deixei o corpo dele na floresta, abandonado...
Merda.
Com calma, me esquivo do corpo de Jungkook e, com cuidado o deixo sobre o colchão, ignorando o frio que me cobre assim que me afasto do calor de seu corpo. Seguro o cobertor e o cubro, deixando-o sozinho no quarto. Ando até a sala e pego uma caneta, depois seguro uma folha e escrevo um recado para Jungkook. Volto para o quarto e deixo a folha em cima de seu corpo, depois recolho o celular dele e então encaro o monitor que está ao lado da cama. Decoro a trilha que devo seguir e então deixo o quarto mais uma vez.
Ainda estou vestido em um conjunto de moletom que provavelmente vai me proteger do frio, por isso não pego outra roupa. Depois de ligar a lanterna, sigo até a porta e a abro.
Tudo está banhado em uma escuridão um tanto assustadora e isso me faz hesitar um pouco.
— Vamos lá, Jimin — digo a mim mesmo e dou dois passos para fora, fechando a porta em seguida.
Desço os dois degraus e hesito mais uma vez. Sei que aquele homem iria matar Jungkook e logo depois me matar, também sei que ele era um dos colaboradores do plano ridiculo do governo, mas não deixo de sentir culpa por te-lo deixado largado na floresta.
Ilumino a lateral da casa e enxergo uma pá posicionada bem ao lado, agradeço mentalmente por ela estar ali e a recolho. A seguro firme e então caminho em direção a floresta, estou determinado a diminuir minha culpa, e mesmo que o medo exale de cada parte do meu corpo e o nervosismo faça meu passos ficarem ainda mais pesados, eu não desisto. Se tudo ocorrer como pensei, volto antes de Jungkook acordar.
