Os frutos

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Se passaram já um, dois, três anos que se casaram. Viviam uma vida feliz juntos, ainda mais unidos, mas sentiam que faltava algo para completar isso e não era só o casamento. O sonho de ambos, algo que queriam, mas quiseram esperar terem mais maturidade para lidar.

Quando descobriram a gravidez, ficaram muito felizes com aquilo e decidiram anunciar para a família. Era algo que estavam esperando já algum tempo, um sonho de criança talvez.

Penélope desde pequena sempre brincava de boneca como qualquer uma menina da sua idade, sempre falava que queria casar e ser mãe. Kentin também sonhava com isso, desde muito novo sempre querendo construir uma família com uma garota e viver feliz para sempre com ela.

Com o fim do ano, chá de revelação do bebê, o enxoval, tudo estava perfeito e pronto para a chegada do novo membro. Estavam animados pro dia de seu nascimento. Os dias estavam parecendo ser eternidade, não conseguia mais esperar ver minha filha, mas prometi pra ela mesma que deixaria escolher o melhor tempo pra vir ao mundo.

Penélope amava olhar aquele quartinho e imaginar a sua pequena dormindo no bercinho, não conseguia parar de pensar no bebê usando as roupinhas que haviam comprado ou ganhado. Aquilo tudo estava prestes a acontecer, só mais alguns dias. Só faltava poucas semanas para enfim a chegada do tão esperado bebê, o resultado do amor que tinham um pelo outro.

Foi em uma manhã de domingo, em setembro que tudo aconteceu. Penélope havia acabado de se levantar da sua cama ao lado do marido quando sentiu uma dor estranha, o que assustou os dois. A ruiva sentiu um líquido escorrer entre suas pernas, ela tinha entrado em trabalho de parto.

Kentin ficou desesperado com aquilo, até mais que a própria esposa, gritando alto sobre as coisas que faltavam enquanto colocava no carro. A garota ria daquilo, era até engraçado, mas tentava o tranquilizar já que aquele estresse todo dele é por causa de ser o primeiro filho deles.

Por fim, dirigiram até o hospital onde seria realizado o parto. A única coisa que Penélope pensava era nas contrações que vinha e sumia várias vezes, Kentin ficou ao seu lado o tempo inteiro segurando sua mão.

Se não era a Penélope gritando, era o Kentin gemendo de dor por ela estar segurando forte sua mão. Já se encontravam na sala de parto, Kentin avisou a família de ambos para esperarem a chegada do novo membro da família.

Enfim chegou o momento, as enfermeiras e os dois médicos já conseguiam ver a cabecinha do bebê saindo. O tempo todo, Penélope ficou segurando com força a mão do marido, a dor só aumentava. Até ouvir algo saindo de si mesma e começar a chorar, um dos médicos levantou a criança revelando a cabeleira ruiva enquanto era levada aos braços da mãe, era uma menina.

- Minha princesa. - começou a chorar ao pegar sua garotinha nos meus braços.

- Nossa princesa. - Kentin acaricia a cabecinha da filha sorrindo.

- Ela é nossa pequenina. - Penélope dá um beijo na testa da pequena.

- Ela vai precisar de um nome. - disse Kentin.

- Audrey Caroline de la Fonte Caldewll. - respondeu Penélope ainda admirando a beleza da filha.

- Audrey Caroline Alejandra de la Fonte Caldewll. - complementou Kentin, o que fez Penélope olhar para ele surpresa.

- Uma pequena homenagem a sua avó e a sua mãe.

Não conseguia parar de olhar para ela, de admirar, Audrey era tão linda.

- Ela é ruivinha que nem você. - Kentin comenta com a sua filha em seus braços.

- Mas se parece com você. - respondeu Penélope. - Ela tem até seus olhos, olhos que parecem ser esmeraldas de tão verdes, seus olhos que me fazem ver como te amo. E não posso me esquecer desse sorriso, ela tem o seu sorriso.

- Assim eu me apaixono mais por você, meu amor.

↢ ❦ ↣

Nada estava do jeito que planejaram nesses primeiros seis meses, além das turnês que Penélope deve que cancelar pela licença maternidade. Foram tantas fraudas no lixo, tantas roupas sujas. Mas de qualquer forma amavam a filha, aqueles primeiros meses só foi para se adaptarem a nova realidade. Foi no final de semana que Penélope resolveu tirar um momento mãe e filha com a Audrey e aproveitar também para reencontrar as amigas.

- Como vai a princesa da dinda Rosa? - diz Rosalya brincando com a Audrey que estava em seu carrinho.

- Para com isso Teresa, ela é a minha princesinha. Não é, Audrey? É sim titia Priya. - Audrey começa a sorrir olhando para a Priya.

- Vocês não existem mesmo. - disse a mãe pegando a filha no colo. - Parece que essa menina cansou do carrinho, está toda manhosa.

- Ata senhora mamãe preocupada.

- Você é mesmo chata, nem me deixa brincar. - Penélope frâciu a testa encarando a Rosa, depois rio.

- Você que é quando se trata da Audrey, agora deixa eu pegar essa menina um pouco. - Rosalya então pega a bebê que Penélope passava.

- Mamãe, também quero colo. - disse a garotinha que estava acompanhada de Rosalya, era sua filha.

- Mas é claro meu bebê, mas é por causa que sinto falta da época que você era desse tamanho.

- Tadinha dela, Rosa. - comentou Chani.

- O que gente? Estou brincando. - disse Rosalya devolvendo a criança para a mãe e pegando a sua filha. - sempre vou amar essa lindeza aqui que já está enorme e nem cabe direito no colo da mamãe.

- Vocês são engraçadas. - comentou a garotinha de cabelos escuros.

- Sensata ela, com sete anos e já falando isso. - disse Priya.

↢ ❦ ↣

Audrey crescia muito rápido, era só colocar uma roupa no dia que no outro não iria servir. Ela aprendeu a andar com onze meses e meio, a falar algumas palavras com dez meses. Quando ela fez seu primeiro ano de vida, fizeram uma grande festa em casa, sem esquecer os tios da Mirela, decoraram tudo com um tema fofo com bichinhos. Já falava frases completas com um ano e sete meses.

Nesses primeiros anos, puderam aprender muita coisa com sua filha, pideram sentir pela primeira vez esse sentimento tão bom que era ser pai e mãe. Claro que não romantizando, sabem como é difícil e trabalhoso cuidar de um bebê que demanda muito dos pais. Audrey já era uma criança agora, está na creche atualmente. Ela fala que já é uma menina grande e bonita assim como a mãe dela.

Ela completa onze anos hoje, está cada vez mais linda. Todos dizem que ela parece comigo a cada dia que passa, mas continua com o olhar brilhante do pai dela. Cada dia mais linda e perfeita, o que fazia Kentin sentir um pouco de ciúmes dela já que era sua princesinha e em breve poderia chamar muita atenção.

- O que vou fazer se a nossa filha puxou a sua beleza toda? - questionou o rapaz após deixarem a filha na escola, estavam dentro do carro observando a filha entrar.

- Você que quis se casar comigo, seu bobo. - Penélope rio.

- Mas gosto de imaginar que talvez ela conheça um príncipe encantado, que tenha o mesmo poder da mãe dela que é ver a beleza interna das pessoas.

- Como assim? - questionou a mulher olhando diretamente o marido.

- Fizemos um ótimo trabalho criando ela, uma garota incrível e cheia de vida. Um dia a história vai se repetir e talvez ela conheça um garoto com óculos fundo de garrafa e nerd, no futuro vão se casar e teremos netos.

- Mas esse dia está bem longe, pode ficar tranquilo. - disse Penélope pegando em sua mão. - Você tem muito tempo ainda para a proteger.

Essa foi a história deles, uma história linda de amor. Talvez em outra vida eles não tivessem terminado juntos. Talvez em outra vida que o amor deles não tenha durado muito. Talvez ela não tivesse voltado naquele dia e acabado conhecido outro. Talvez aquele casamento não fosse deles. Mas essa é a história real de ambos, algo que realmente foi profundo e bonito.

Forever - KentinOnde histórias criam vida. Descubra agora