Cap 13

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Narrado por Alex

A Melissa parece bem abalada mas gostei da atitude dela, mal posso esperar pra ouvir a história dela...

Mel: Não Tony, eu quero falar.... Alex eu já sabia da existência do mundo sobrenatural mas eu juro que não sabia do seu irmão nem dos outros apenas dessa cobra.- Ela diz essa última parte fitando a Meg

Eu: Tudo bem Mel, eu te perdou apenas por vc concordar comigo que essa daí é uma jararaca.- Digo apontando com a cabeça para a Meg

Vejo ela querer levantar pra me bater:

Meghan: Eu vou te matar seu merda.- Grita ela tentando levantar porém é segurada pelo Tony

Eu: Como? Com seu poder de cura? Kkkkk que engraçada, vc deveria fazer stand up mas antes nos conta o que vc fez com a Mel sua vadia.- Digo com sorriso de deboche

Ryan: Quando vc conhecer a Meg de verdade, vc vai se arrepender de todos nomes que a chamou.- Diz Ryan olhando pra mim sem nenhuma expressão e eu apenas o ignoro

Patrícia: Bom já que ninguém quer falar, eu começo. Minha mãe estava com gravidez de risco quando me carregava, ela escolheu continuar com a gravidez, ela escolheu me ter e por essa escolha ela morreu no parto. Desde que nasci andei de orfanato em orfanato, dificilmente durava mais de 2 semanas porque sempre falava sozinha, e meus olhos ficavam brancos e assustava as outras crianças então sempre me expulsavam, diziam que eu era filha do demônio e que não era normal. Até aos meus 10 anos nunca tinha ouvido falar e nem sabia quem era meu pai até que um dia ele apareceu, foi a primeira vez que o vi. Ele me olhava com um certo receio mas me tirou do orfanato que eu estava no momento e me levou pra sua casa. Os primeiros 2 anos foram incríveis, ele era um bom homem, sempre me tratava bem até que na minha festa de 13 anos tive um dos meus episódios de olhos brancos e a namorada dele que estava prestes a se casar teve ataque de coração e morreu. Foi a primeira vez que matei alguém.- Ela faz uma pausa com lágrimas nos olhos

Ryan: Amor tudo bem se não quiser continuar.- Diz Ryan carinhosos

Patrícia: Não, tudo bem. Eu quero falar.- Diz ela me olhando

Patrícia: O meu pai que até então parecia aceitar a morte da mulher que amava, ficou muito mal quando descobriu que ela espera um filho homem dele e começou a beber, tanto ao ponto de virar um alcoólatra. Desde essa época a minha vida virou um inferno, ele me espancava, gritava comigo, se tivesse algum objeto perto dele me lançava, me chamava de todos nomes possíveis e principalmente de assassina porque matei a minha mãe ao nascer e a noiva com esses olhos que nem eu entendia. Foi nessa altura que eu ficava triste e sozinha chorando todos dias que os meus poderes se intensificaram, porque eu tinha muita raiva. Comecei a ouvir vozes, de princípio ficava assustada, achando que estava maluca mas depois passaram a ser minha companhia. Com meus poderes ganhando força eu podia prever alguns ataques( ou recaídas do meu pai) e já sabia quando ele vinha me bater aí eu fingia estar a dormir ou saía de casa e só voltava quando sentisse que ele estava mais calmo. E foi assim até ao meus 16 anos, eu andava por uma rua fugindo de casa pois naquele dia levei tanta porrada que eu não aguentava mais. Andava chorando e olhando pra o chão quando esbarrei com uma senhora velhinha, baixinha de cabelo branco e ao encostar-lá tive a sensação de ver o que ela pensava ou sentia e o que estava para lhe acontecer. Fiquei assustada, meu nível de alucinação estava tão alto assim? Com medo decidi voltar pra casa, preferi apanhar lá mas era minha casa. Ao chegar em casa vejo meu pai sentado no sofá e cabisbaixo, parecia que estava a chorar. Mesmo depois da surra que levei senti pena dele, vou até ele por trás e toco seu ombro o chamando só que ao tocar seu ombro sinto como se tivesse viajado pra uma casa estranha, depois vejo duas caras conhecidas. Minha mãe (conheço seu rosto pelas fotos que meu pai mostrou ) e meu pai discutindo e por incrível que pareça eu podia escutar a conversa:

A Cidade Misteriosa (Romance Gay/Sobrenatural)Onde histórias criam vida. Descubra agora