uma corte, uma montanha de segredos.

13

antes que a besta resolva aparecer, arrumo minhas coisas, colocando apenas utensílios úteis para minha partida.

antes de tirar meu vestido e colocar a veste que tamlin me entregou, preparo meu ingrediente secreto.

lembro que não conseguiria sobreviver por tempo suficiente sem comida, coloco minha mochila em baixo da cama e vou para cozinha.

após alguns minutos, sinto uma presença por tempo o suficiente para perguntar.

- terminou?

decidimos com lucien que seria mais seguro se apenas eu, cassian e az viéssemos.

o baile provavelmente duraria até amanhã a noite, então tiraríamos amaya ao amanhecer.

mandei azriel checar o perímetro, buscando alguma possível ameaça.

eu realmente gostaria de deixá-la voltar para sua corte e não salvá-la, isso poderá arrumar uma guerra caso ela realmente seja parceira de tamlin, não muito provável, não sinto seu cheiro na garota.

traidor. traidor. traidor.

eu odeio essa fêmea, e me odeio mais ainda por me deixar pensar que amaya seria a mulher mais bonita que vi.

há algo que tamlin esconde, que essa fêmea esconde, ela exala poder, um poder antigo, poderoso, e que me assusta por não saber se ela tem controle sobre ele.

no baile, enquanto ela dançava com tamlin, não deixávamos de nós encarar. ela era a própria música. uma verdadeira grã senhora.

traidor. - aquela voz dizia - traidor.

helion nos ofereceu sua residência para partilharmos a noite, ficarei em um quarto com cassian e azriel.

antes que pudesse ir direito para o meu quarto, algo chama minha atenção, uma pequena figura feminina na cozinha devorando um bolo gigante de chocolate.

- terminou? - endireito minhas costas ao ouvir isso, ela se vira. ela está com um vestido rosa que mostra uma de suas pernas.

volto meu olhar para seus olhos, deixando minhas expressões neutras.