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 - que cheiro delicioso você tem, menina - eu deveria comê-la agora ou esperar o café da manhã?

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- que cheiro delicioso você tem, menina - eu deveria comê-la agora ou esperar o café da manhã?

proclama uma voz grave e sensual. mas quando o olho, vejo uma das criaturas de um livro.

ele é gigante, muito forte, e não tinha face. ele me joga em uma árvore próxima com um resquício de sua força.

meu abdômen, onde tamlin enfiou as garras começa a latejar, uma dor infernal. desculpe, papai. sem ofensas.

ele joga um pedaço de madeira em mim, acertando meu fígado em cheio. começo a gemer de dor, pego a faca que está em meu bolso.

vejo monel pular nele e minha visão embaçar, tento ir até o mesmo me rastejando. o montro joga meu gato em uma árvore, monel parece ignorar a dor ao correr até mim.

o monstro corre em minha direção, essa aranha gigante e fedorenta. ao se aproximar, ele pergunta, a voz grave:

- que deus é você? - pergunta, me irritando, enfio a faca em seu único olho, fazendo o grunhir.

- eu não sou ninguém - digo ríspida, porém fraca demais para lutar, ele me joga em outra árvore, fazendo monel correr até mim

me fazendo bater o rosto no tronco, monel consegue atacá-lo novamente, mas ele não o viu chegando.. ele está cego. eu o ceguei.

gargalho baixinho. eu me protegi, e vou proteger monel. que sempre esteve comigo.

a aranha gigante rasga monel, me fazendo jogar uma pedra na mesma, fazendo ela virar o "olhar" para mim.

passo terra no meu corpo todo, em meu rosto.

o que está fazendo? - monel parece perguntar

estou dando um tempo a você, corra quando eu disser, monel. corra e não olhe para trás.

sinto meu corpo se partir ao perceber o pé da aranha em mim, ela pisou em mim.

puta merda, como isso machuca.

monel corre em minha direção, eu murmuro para que ele corra. ele não consegue me deixar ir, sempre foi muito apegado a mim, mas é necessário. não posso salvá-lo.

- está tudo bem.. menino. - digo, começo a ver embaçado, vou desmaiar - precisa me deixar ir, não posso deixar que morra por mim, vá! 

antes que eu apague, vejo monel arrancando a cabeça da aranha e correr até mim. vejo o mesmo me pegar, morder meu corpo, me segurando como um gato segura sua cria.

[...]

não me lembro de quase nada, apenas de acordar em uma cama confortável.

percebo que há uma mulher me encarando, uma mulher pequena de cabelos curtos, seu cheiro é conhecido. um ser de outro mundo. semelhante atrai semelhante.

uma corte, uma montanha de segredos. Onde histórias criam vida. Descubra agora