Hinata Hyūga
— Está pronta? — pergunto á Sakura, que mantinha o seu olhar fixo na porta do nosso quarto. — As malas já estão no carro, os nossos pais mandaram um jatinho particular. — encaro minhas mãos, desanimada. Ainda não quero deixar a minha vida de estudante de uma das melhores faculdades dos EUA para trás, é irrelevante o fato de meu pai não entender isso.
— Ele disse que viria se despedir de mim... — sussurrou a rosada, com um semblante abatido, triste. Franzo a testa tentando me recordar de quem exatamente ela fala, mas falho miseravelmente. — Achei que ele viria se desculpar do que fez, mas acabei me enganando. — a Haruno ficou de pé, escondendo algumas lágrimas que caíam involuntariamente.
Ainda me sinto perdida sobre o assunto, por quê ele precisa se desculpar? Quem precisa se desculpar? Sakura já teve no máximo dois ficantes, todos queriam algo sério, mas ela sempre os enrolava. Uma batida na porta nos chama atenção, me aproximo devagar e toco na maçaneta. Sakura parece esperançosa de alguma forma, ela ainda espera encontrar a tal pessoa que fizera algo terrível ao ponto de ter que pedir desculpas. Abro a porta despreocupada, dando de cara com um homem com roupas formais e cabelo impecável.
— Estão prontas senhoritas?— pergunta o rapaz, com um tom de voz suave e calmo. O seu cabelo está partido no meio, e é tão brilhoso que me faz sentir uma pontada de inveja. Seu rosto não expressa nada, a não ser tédio (antes de nos ver). Quando o seu olhar pousa em mim e em Sakura que agora estava ao meu lado, uma coloração surge em suas maçãs do rosto, o deixando mais fofo ainda.
— Pode ir na frente, vamos logo atrás. — o respondo com um sorriso fraco no rosto. O rapaz ficou cada vez mais vermelho, talvez não esperasse que as filhas de Hiashi e Kizashi fossem tão bonitas; nunca aparecemos em revistas, entrevistas ou algo do tipo, o meu pai e Kizashi sempre preservaram nossa imagem com a desculpa de que nossa segurança era crucial. Eu até entendo, vários empregados que trabalhavam na mansão Hyūga já foram sequestrados por pessoas que queriam saber nossas identidades; só o nosso cabelo valem mais de cem mil reais (fora o que vi em uma revista sobre famosos).
Creio que esse seja um dos motivos que meu pai e Kizashi nos mandaram para os EUA, para longe de vários inimigos. O Japão é conhecido como um dos países que mais há máfias perigosas e poderosas na Ásia, tendo até mesmo níveis de poder baseados em classes sociais, como: imperadores, rei e rainha, príncipes e princesas, duques e duquesas, marqueses e marquesas, condes e condessas, entre outros.
Fecho a porta na cara do homem que viera nos chamar e encaro Sakura, que não chorava mais.
— Qual o plano?
— Pegar um avião normal e sumir dos nossos pais por algumas horas, nada muito perigoso. — um sorriso travesso surge nos lábios da Haruno, me deixando animada. — Ontem acabei brigando com Sukuna, e ele me deu um tapa na hora da raiva.
Meu sorriso se desmancha. Sukuna é nada mais e nada menos que o cara que Sakura havia entregado a virgindade, o bad boy da turma. Eu nunca gostei dele, sentia vontade de dar um golpe fatal naquela carinha idiota. Claro que não tinha permissão para isso, e é claro que se Kizashi soubesse ordenaria que eu fizesse isso, sou muito boa em Taijutsu. Sakura ainda tem sorte de não ter sido pega por um dos seguranças do Kizashi, a ordem era para não namorar com nenhum garoto, ou garota. Claro que obedecemos, não namoramos absolutamente ninguém, apenas ficamos.
— Aquele desgraçado... — resmungo.
— Vamos tomar uma saída diferente, não estou afim de chegar em casa tão cedo, é complicado. — a rosada suspira. — Vamos sair pela outra saída do nosso dormitório, e então pegamos um táxi e compramos duas passagens pra Tokyo; tenho quase certeza que vai dar certo.
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Imperatrizes Da Noite
FanfictionEm um mundo onde os criminosos possuem posições, existe duas famílias soberanas temidas pelo submundo: Hyūga e Haruno. Entretanto, quando o submundo é tomado por duas famílias ainda mais poderosas e perigosas, Hiashi e Kizashi se vêem perdidos em um...