Dinossauros e Plantações de Arroz

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Ele não iria aguentar até de manhã nem fodendo.

Já fazia algum tempo que tentava pegar no sono, mas a sua mente estava a mil. Não tinha chance nenhuma de ele dormir sossegado.

Como poderia? Com aquela cobra Sucuri espreitando perigosamente os vales do seu bumbum? De maneira alguma!

Balu era um maldito falastrão, um palestrinha! Com aquele papo manso de embriaguez, por que ele tinha que ser tão... tão...

Moralmente correto? Okay, na verdade ele tinha agido certo... Era até meio atraente de alguma forma. Mas isso não vem ao caso!

Rubens não estava bêbado, era só sua risada frouxa! Mas o que lhe tirava do sério, era saber que ele não acreditava que o moreno poderia gostar dele estando sóbrio. Como se ele não fosse suficiente por algum motivo.

Era um homem alto, forte, másculo, divertido, carinhoso, cheiroso. Era até engraçado pensar em como ele não deixava a desejar em nenhum quesito. E tinha a coragem de achar que sua idade era um impedimento.

Mal sabia ele. Galã não envelhece, matura que nem vinho.

Estava farto de sua ladainha, se ele tinha ficado duro, era porque também queria, certo? Pelo menos o seu pau era sincero e despreocupado com inseguranças pessoais. Até porque nem poderia.

Era robusto e tinha um formato bem simétrico, Rubens nem tinha visto ainda, mas já sentia um vazio dentro de si. Não conseguia parar de pensar em como seria ser preenchido por ele. Estava se sentindo podre imaginando tudo aquilo.

E sua mente não era o tipo preguiçosa, ela trabalhava fulminante feito uma fábrica. Produzindo mais do que o necessário. O poder irrestrito de criação que sua imaginação tinha o excitava. Na sua cabeça ele poderia fazer tudo o que quisesse acontecer, e aquele era o tipo de poder que desviava alguém do bom caminho.

Sentiu o rosto aquecer enquanto assistia sob suas pálpebras fechadas o homem que lhe abraçava se despindo como um espetáculo de striptease. E colocava todos os detalhes, os músculos, os pelos, as veias saltadas. Um novo fetiche surgia a cada vez que pensava nele.

Como história de dormir, escolheu imaginar suas mãos, o tocando em todos os cantos, lhe marcando a pele. Um arrepio atravessou seu corpo ao imaginar seus dedos agarrando sua cintura com a mesma firmeza de antes, e seu quadril, suas coxas, seu bumbum, queria sentir ele puxando seu corpo para perto. Sem querer, mentalizou o movimento de vai e vem. Estava lentamente ficando mais desesperado por contato.

Se remexeu inquieto no abraço do outro, quase soltando um gemido ao sentir a respiração do homem chocar contra sua nuca, quente, próxima. Todos os seus pelos estavam em pé àquela altura.

Tentou afastar os pensamentos, e foi ai que se deu conta de que o poder de sua mente não era irrestrito coisa nenhuma. Não quando perdia o controle de suas próprias imaginações.

Os dedos das mãos que mentalizou com tanta dedicação estavam dentro dele. Entravam e saiam em um ritmo acelerado e firme, constante, impiedoso.

Entrando e saindo.

Entrando e saindo.

Entrando, saindo, entrando, saindo, entrando.

— Rubinho... — Um sussurro soou grave em seu ouvido em meio ao sono do homem. Aquilo era o cúmulo da tortura, como ele podia ser tão cruel?

O moreno choramingou baixinho. Maldita seja sua voz, seus braços que tão pacificamente acolhiam seu corpo, seu peito e seus ombros largos, seu corpo esculpido, seu cheiro masculino, tudo sobre ele. Tudo que lhe fazia imaginar todas aquelas coisas.

Afeto AcidentalOnde histórias criam vida. Descubra agora