Quatro

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"Oh, se o céu estivesse desmoronando, por você
Não há nada neste mundo que eu não faria"

Hey brother - Avicii

Hey brother - Avicii

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Arabella

Quando terminei de arrumar os quartos, o cansaço e uma fome avassaladora tomavam conta de mim. Eu não tinha comido nada durante todo tempo que estive arrumando.

Com dificuldade, peguei o balde e as outras coisas. Minhas mãos estavam doendo tanto que quase tornou uma tarefa simples impossível.

Guardei as coisas no cômodo onde ficavam e em seguida peguei o corredor que dava para a ala dos empregados. Dei uma olhada no relógio que ficava na parede, estava marcando oito horas da noite. Eu não havia terminado antes do anoitecer, mas o rei não apareceu para me repreender. Ou ele não quis perder tempo ou se esqueceu. De qualquer forma eu estava aliviada por não tê-lo visto mais. Meus olhos estavam levemente inchados e eu ainda estava com raiva.

Espalmei minha testa ao sentir uma repentina e leve tontura. Suspirei, apoiando-me na parede, constatando que só podia ser fraqueza.

Eu havia pensado em ir até a cozinha para comer algo, mas desisti. O cansaço, a preguiça e a vontade de cair na cama era maior. Diziam que dormir amenizava a fome e, bom, eu iria testar a teoria.

Arrastei mais alguns passos e quase chegando em meu quarto, encontrei Finn, que estava tentando abrir a porta do dele.

— Oi, Arabella — ele cumprimentou, sem tirar os olhos da penca de chaves que tinha nas mãos.

— Oi — soprei. — Você não deveria estar vigiando o palácio? — odiei o quanto minha voz pareceu fraca.

Mesmo John e Finn sendo irmãos gêmeos idênticos, era fácil distinguir quem era quem. Além de manterem o corte de cabelo diferente um do outro, Finn tinha uma barba farta enfeitando o rosto, e o seu físico era um pouco mais forte que o do irmão. Os olhos deles também ajudavam, eles tinham uma etnia diferente, enquanto os olhos de John eram castanhos quase amarelados, os de Finn eram verdes como duas brilhantes esmeraldas. Eu tinha o costume de dizer que isso era um erro de fabrica, e Clara os chamavam de clones defeituosos. Os gêmeos não gostam nada.

— Eu esqueci uma coisa e vim buscar — ele explicou. — John estava procurando por você. Aonde esteve? — disse, parecendo ter encontrado a chave que procurava.

— Amanhã eu falo com ele é que... — não terminei, minha visão ficou embaçada no mesmo momento que senti as pernas bambas.

— Tudo bem? — Finn perguntou, a atenção toda voltada para mim agora.

Eu concordei, piscando algumas vezes para tentar fazer desaparecer os pontinhos pretos da minha visão.

— Sim — esfreguei os olhos. Meu corpo estava mole, e eu não ficaria em pé por muito tempo.

A Última RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora