Vinte e quatro

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"Isso já te deixou louca?
A rapidez com que a noite muda?
Tudo o que sempre sonhou
Desaparecendo quando você acorda
Mas não precisa ter medo
Mesmo quando a noite mudar
Ela jamais mudará você e eu"

One direction - Night changes

One direction - Night changes

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Arabella

Estiquei-me na cama, deslizando as pernas pelas cobertas, e abri um sorriso novamente. Eu tinha meio dormido, e meio revivido todos os momentos de ontem a noite toda.

Voltei a me sentar, não conseguindo ficar quieta, não conseguindo evitar sorrir e sentir o coração levemente acelerado.

Meus olhos buscaram o vestido azul guardado de qualquer jeito dentro do armário aberto. Eu tinha deixado assim, visível, para que eu pudesse ter certeza que não havia sido um sonho.

Desci a mão do emaranhado de fios que se encontrava meu cabelo para os meus lábios. Fechei os olhos, relembrando a sensação de nossas bocas se encontrando repetidas vezes.

Ele havia se declarado para mim, minha mente cantarolou. Eu vi anseio em seus olhos depois que ele despejou as palavras e uniu nossas bocas inesperadamente. Eu o olhei, quase desacreditada, e então sem dizer nada, sorri e ele me beijou de novo – e de novo.

Depois disso conversamos durante horas. O pai dele não estava com algum problema como imaginei, o motivo da falta de tempo e aparição tinha sim haver com o pai – felizmente não era nada demais – mas também com toda a preocupação com possíveis ataques.

Estava tarde quando caminhamos até a entrada dos fundos do palácio. Trocamos algumas palavras e por fim, beijei-o pela última vez e me despedi, mas quando reuni uma grande quantidade de tecido do vestido e dei as costas, ele me parou.

— Arabella, tem algo que eu preciso...

— Amanhã, Alex. Está tarde. E se alguém me pegar assim vou estar ferrada. Muito ferrada — interrompi. — Ferradíssima.

Ele sorriu, assentindo.

— Tudo bem.

Ele levou seus lábios até os meus mais uma vez, e em seguida eu entrei cautelosa e rápida, só parei quando a porta do meu quarto foi fechada.

Fiquei semiacordada a noite toda.

Abri os olhos e prendi meu lábio inferior entre os dentes. Não tínhamos definido nada sólido, e provavelmente era sobre isso que iriamos conversar hoje.

Eu finalmente me levantei, e depois de voltar do banheiro livrei-me da camisola e vesti meu uniforme.

Arrumei meu cabelo de frente para o espelho, estranhando o fato de que Clara ainda não estava em meu quarto azucrinando meus ouvidos com perguntas insistentes sobre ontem.

A Última RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora