Vinte e nove

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"E agora todo esse tempo
Está passando
Mas eu não consigo dizer-lhe por que
Dói cada vez que eu te vejo
Percebo o quanto eu preciso de você
Eu te odeio, eu te amo

Eu odeio te amar
Não queria, mas não consigo colocar
Mais ninguém no seu lugar"

Gnash - I hate u, i love u

Gnash - I hate u, i love u

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Arabella

Eu não estava apaixonada por Williams, e sim pelo Alex. Um personagem, me apaixonei pelo o que ele inventou. Então era só esquecer... Droga, não dava, era mais forte do que eu. Ele não saia da minha cabeça.

Por dias tive que responder perguntas do tipo: tudo bem? Minha resposta era um sim, tudo certo! E realmente estava tudo certo, da mesma forma que três mais três eram oito.

Merda, eu já devia ter esquecido ele.

É incrível como as coisas mudam e tomam proporções inesperadas. Algumas semanas atrás, o que eu mais queria era poder vê-lo, mas as coisas mudaram, e hoje, não queria mais vê-lo, não por odiá-lo, mas sim por não conseguir. Por que eu não conseguia simplesmente odiá-lo? Seria tão mais fácil.

Com todo o ocorrido, decidi me afastar, era o melhor a se fazer, era complicado, morávamos no mesmo lugar, mas o fato das posições serem diferentes facilitou um pouco. Ou quase facilitou. Eu sabia que teria que vê-lo novamente, mas não estava preparada para isso, não ainda, eu tinha medo de vê-lo e confirmar a confusão em mim. A maldita confusão de quando nos esbarrávamos, meu coração idiota parecia que sairia do peito a qualquer momento e as insistentes borboletas dançavam valsa no meu estômago. E rapidamente eu tinha que fugir como um animalzinho com medo. Não era tão fácil fugir do problema quando se morava no mesmo lugar que ele.

Não fale com ele. Não fale com ele. Era o que meu consciente me dizia, e eu obedecia. Isso era fácil, moleza, difícil mesmo era tentar enrolar Helena, ter que inventar desculpas aceitáveis para não ajuda-la como antes.

Então, Helena, é o seguinte, não quero ver o príncipe Williams porque estou apaixonada por ele. Por isso estou fugindo dele que nem o diabo foge da cruz. Eu não podia dizer isso a ela. Nem em sonho. Então, as desculpas eram doenças imaginárias, com isso, descobri que eu era uma péssima atriz, se ela tiver acreditado uma única vez, foi muito.

Porcaria de sentimento.

— Em quê está pensando? — Clara perguntou. Ela permanecia de pé no meio do quarto, apenas de calcinha e sutiã.

Sentei na cama e a encarei.

— Nada. O que está fazendo?

A ruiva tinha o dedo indicador apontado para cima.

A Última RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora