Capítulo 9. Noite estressante

1K 69 8
                                    

Amanhã...de noite...não consigo acreditar..pra onde vou. Em busca de paz, deito na minha cama e olho para o teto. Incrível como...Para o mundo, você pode ser uma pessoa...mas para uma pessoa você pode ser o mundo. Só consigo pensar nele. Ele afasta todos os sentimentos anciosos dentro de mim, quando fico perto dele. Não existe mundo. Só existe aquele momento. Ouço um barulho. Muito alto. Corro para ver o que é, vou pro quarto de Cato, talvez ele possa saber...mas quando percebo. É de lá que vem o barulho. Abro a porta, e o vejo sentado no chão. Chorando pouco. Mas ainda sim...chorando. Me corta o coração vê-lo assim.

- Cato! O que houve? Porque você está assim? - pergunto preocupada me sentando no chão também.

- Não é nada Clove. Preocupações sabe...da família.

- Entendo. Posso te ajudar?

- Sim..talvez.

- Eu também tenho problemas. Porque não me conta os seus? Desabafar. É ótimo. Não guardamos os sentimentos sozinhos dentro de nós.

- É que...tenho um irmãozinho. Tenho saudade dele. Ele tem 8 anos, tenho medo de que...quando ele fizer 12 for sorteado. E eu não vou poder me voluntariar. E também que talvez eu nunca mais volte pra casa. Pra me divertir com ele.

- O bom do futuro é que...não podemos saber o que acontecerá. Temos que construir nossa história. Ninguém pode prever o destino. O futuro. Eu também tenho...minha mãe. Com certeza a amo mais que minha vida e ela também.

- E seu pai?

- Não gosto de falar disso. Não gosto de falar dele.

- Tudo bem. Obrigado. Me ajudou.

- Não foi nada. Boa Noite. - disse me despedindo.

         P.O.V'S CATO

É muito ruim mentir pra ela...é muito ruim ter tantos problemas. Às vezes dá vontade de me matar. Seria mais fácil. Mas não posso, tenho que encarar a real situação. Infelizmente. Não sei o que fazer. Minto pra uma pessoa que se importa comigo, fico paranóico com um número...12...11. Porque me importo tanto? Eu estou me transformando? Não quero ser que nem eles. Não quero matar ninguém, estou decidido. Saio do quarto e vou para a sala. Alguém entra sem bater na porta e eu me assusto. É o presidente. Eu me levanto.

- Senhor. - digo-lhe cumprimentando-lhe, depois peço para que ele se sente.

- Obrigado.

-  Éér...posso ajudá-lo?

- Na verdade sim.

- Diga por favor.

- Quero conversar com você! Como bons amigos.

- Ah...sim, claro!

- Primeiro. Queria dizer que o rapaz já tem muitas conquistas!

- Ah...patrocinadores?

- Sim! Milhares, decidi te ajudar também.

- E Clove?

- Ah! A garota. Também vai receber coisas. Mas você está bombando! A Capital inteira torce por você. Inclusive eu. - quando ele diz isso, fico animado.

- E a garota do 12?
- A Srta. Everdeen? Hahaha! Aquele tipinho não dura nos jogos. Vocé é um rapaz forte quem sabe...- depois da minha promessa? Eu prometi. Pra mim mesmo. Que não mataria ninguém.

- Como posso fazer isso? - como eu pude perguntar isso!

- Muito fácil. Venha comigo. - balanço a cabeça. E tenho que admitir. Estou com medo. Entramos numa sala branca. Contém vários médicos. Snow pede para que eu me sente numa cadeira. Parece de dentista. Depois colocam um troço em cima de minha cabeça. E eu apago. Só consigo ver. Meu sonho. Minha cabeça dói. Acordo. Não me lembro de nada. Só que estou nos jogos. E tenho que matar todos os tributos. Katniss. E Clove.

Clato, Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora