Capítulo 18. A morte de mais dois.

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- E quem seria ele? - pergunto.

- É do 3, seu nome, não sei e nem é de nosso interesse. - Cato responde friamente. - Ele criou o campo minado em volta dos suprimentos e talvez devêssemos poupá-lo por causa disso.

- Tá e qual é nosso plano?

- Dormir, acordar e caçar e deixar o garoto aqui.

- Mas você não acha que ele vai fugir?

- Não, vamos disponibilizar comida e nossa proteção e confiança à ele, até sobrar só a gente, mas se ele fizer algo errado...

- Não, imagina, vou ser fiél à vocês. - o vigia confirma.

- Ótimo. - ficamos em silêncio.

- E a comida? - o 3 pergunta.

- Desespero não amigo. - Cato ri com ar de deboche. Pegamos uma mala, nela contém: 6 pacotes de biscoitos, 3 pacotes de carne-seca, 4 garrafas d'água e amoras. Os garotos vão pra outra parte do lugar com seus pacotes de biscoito. E eu fico com Cato.

- As amoras já são minhas! - pego- as.

- Nada disso, vai que é amora cadeado. - Cato alerta.

- Eles nunca colocariam amoras venenosas dentro da maleta, na maleta sempre tem coisa de qualidade e garantida para sobreviver, ou não vão ser venenosas porque somos nós os " Carreiristas" que pegamos. - digo.

- Mesmo assim, por precaução, me dê as amoras. - suspiro e entrego-as. - Sabia que você ia ser legal. - ele começa a comer as amoras.

- Seu mentiroso, tirou as amoras de mim, essas suas conversinhas...

- Você quer amoras? - ele pega as frutas e joga na minha cara, avanço nele, amasso as frutas na mão e coloco tudo em sua cara. Rio muito de sua cara, porém ele não acha isso, ele pega o saco de dormir e deita lá, emburrado.

- Cato...? Desculpa, eu achei que você.. - ele se vira e amassa as frutas na minha cara também.

- Doce vingança.

- Vai ter volta, assim que eu achar coisas que sujem a cara das pessoas, você vai ser minha primeira vítima. - digo em tom maléfico. - Mas, no fim, não consegui provar o gosto das amoras.

- Se você quiser eu posso te dar. - ele oferece.

- Sério?! Você ainda tem?

- Bom...você amassou na minha boca, sabe, eu não limpei.

- Engraçadinho. - dou um mini empurrãozinho e reviro os olhos.

- Você é muito fraquinha. Não consegue nem me derrubar. - ele diz, fazendo cara de entediado.

- Ah é? - consigo empurrá-lo, mas, acabo ficando de cara a cara com ele no chão, à milímetros de distância.

- Cato! Venha ver isso! - ouço a voz de Marvel atrás da gente.

- Tá, eu já vou, só espera eu levantar.

- Vai demorar muito? - Marvel pergunta com uma raiva na voz quase imperceptível.

- Levamos o tempo que quisermos. - Cato diz grossamente, Marvel balança a cabeça e sai andando. Nos levantamos finalmente.

- Você não precisava ser tão grosso com ele.

- Então está do lado dele!? Sempre que tento algo com você ele chega!

- Acontece Cato, que somos somente amigos ou aliados, nada mais e nada menos que isso. Não podemos ter um tipo de relacionamento na arena, não faz o menor sentido!

Clato, Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora