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- Ah, ainda bem que vocês voltaram - Hyunjin é o primeiro a se pronunciar quando nos viu entrando pela porta do apartamento.
- Onde está a Jennie? - pergunto preocupada, ignorando o alívio do menino por nos ver.
- Ela começou a chorar bem forte, aí a tia dela levou ela lá pra um dos quartos, eu não sabia bem o que fazer, então eu não fiz nada - ele explica dando de ombros no final.
Eu não fico por muito mais tempo ali, apenas o agradeço pelo informação e depois vou até o corredor onde ficam os quartos. Não demorou muito para que eu encontrasse onde as duas estavam, o choro de Jennie estava nos níveis dos soluços, e por isso eu pude escudar do corredor mesmo.
Elas não estavam no meu quarto, onde Jullie provavelmente ainda está dormindo, elas estão no último quarto do corredor, bem o oposto do meu.
Bato na porta, que na verdade nem estava fechada, e depois entro. Encontro Jennie sentada na cama chorando e tremendo, e ao seu lado estava a Sra. Kim, a abraçando forte enquanto fazia carinho em suas costas.
Elas não notam a minha presença ali de imediato, então por isso eu as deixo no momento delas, não queria atrapalhar. E assim eu fiz, ela ficaram abraçadas por mais alguns minutos, depois Jennie foi a primeira a notar a minha presença no quarto.
Ela me encara com os olhos pesados, cansados, tristes e medrosos.
Era tão ruim receber aquele tipo de olhar, de qualquer pessoa, mas dela... parecia que poderia me sufocar, era como estar presa em algum lugar pequeno para os claustrofóbicos: desesperador.
- Oi - eu sou a primeira a falar alguma coisa, e depois disso a Sra. Kim passou a saber que eu também estava ali.
Elas se separam, para depois Jennie se levantar e vir até mim com os braços abertos, e eu só pude fazer o mesmo que ela, iniciando aquele abraço confortante e forte. Forte porque, eu a apertava contra mim com certa força, como se ela pudesse escapar a algum momento, ou alguém pudesse vir e levar ela de mim.
E esse tipo de sensação é horrível.
- Você está bem? - Jennie pergunta primeiro, depois de respirar fundo tentando controlar os soluços.
- Eu? Estou bem sim, e quanto a você? - devolvo surpresa com outra pergunta, já que quem deveria se preocupar aqui sou eu.
- Estou bem, é só um choque, acho que sempre vai ser assim - ela comenta baixinho, arrumando sua cabeça em meu ombro.
- Ele não vai mais nos incomodar, eu não vou deixar - falo confiante a ela.
- Eu sei disso, mas ainda assim eu sinto medo - ela lamenta, separando nosso abraço minimamente apenas para poder olhar em meus olhos. - E se ele quiser fazer algo comigo? Ou com a Jullie?
