O Criado [jikook]

🌸 Quatro

Boa tarde! Como vão vocês?

Antes de começarem o novo capítulo, eu gostaria de anunciar algo muito importantes!

Eu criei uma conta no Ko-fi, uma plataforma onde artistas tentam ganhar um pouquinho com a arte deles, hehe. Já que sou escritora, criei 4 tipos diferentes de assinatura; então, há opção de membro para ter acesso exclusivo à spoilers das minhas obras em andamento e obras que pretendo postar futuramente (já postei o primeiro capítulo de duas obras futuras no ko-fi inclusive), além de receberem recompensas exclusivas quando as metas forem atingidas. O link está na minha bio, quem puder compartilhar ou assinar como membro, eu ficaria muitíssimo agradecida!

#MalditoPlotTwist 🌸

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Quatro

Seokjin

Kim Namjoon se hospedaria em minha casa por duas semanas antes de meu casamento, era tudo no que conseguia pensar. Taehyung havia voltado para seu próprio lar, disse que havia negócios importantes para tratar e que precisava estar presente para isso, mas que me mandaria cartas perguntando minha opinião sobre sugestões que ele tinha para os últimos preparativos do casamento.

As cartas chegavam toda semana, a caligrafia de meu noivo era cuidadosa e quase perfeita, ele fazia questão de pedir minha opinião para cada detalhe dos preparativos, mas nada além de Namjoon conseguia realmente ocupar a minha mente. E o pior de tudo era que o sentimento de culpa estava começando a me consumir aos poucos, as palavras de Jimin estavam fazendo cada vez mais sentido e eu estava detestando tudo isso.

Estava tão distraído, que demorei um momento para perceber que havia manchado mais uma carta que escrevia em resposta a Kim Taehyung. Suspirei, completamente frustrado, já era a terceira carta na qual acabava me perdendo pensamentos e me descuidava ao escrever, manchando uma boa parte da carta com a tinta preta.

Talvez fosse uma ideia melhor tentar descansar minha mente e depois escrever uma carta novamente. Me levantei da escrivaninha em meu quarto e segui lentamente até a cama, deitando-me de lado e abraçando uma das almofadas, enquanto observava a paisagem pela grande janela que dava vista a uma parte do jardim, uma que não enquadrasse a cerejeira.

Eu me recusava a lidar com as lembranças daquele jardim.

De repente, a porta de meu quarto foi aberta bruscamente, com Jimin entrando ao mesmo que dizia:

— Papai quer saber se você já respondeu a carta de Taehyung.

Me mantive deitado de lado, de frente para a grande janela e de costas para a porta, mas senti a movimentação na cama e, logo depois, a presença de Jimin sobre ela. Suspirei pesadamente, não queria conversar com ninguém naquela manhã, por isso havia decidido usar a escrivaninha do meu quarto, e não a da biblioteca.

— Sabe que não gosto quando entra sem bater e pedir permissão — lembrei-o, sem nenhuma disposição real em meu tom de voz.

— Oh, você me parece particularmente melancólico hoje — respondeu, simplesmente.

Suspirei novamente, como se fosse fazê-lo perceber o quão indisposto estava para conversar com ele. Estava ocupado demais com todas as fantasias que meu coração obrigava minha mente a criar e, somente por um certo tempo, gostaria de, simplesmente, fechar meus olhos e me imaginar vivendo tudo aquilo realmente, porque sabia que era impossível.

A presença de Jimin sempre foi minha dose indesejada de realidade.

— Vamos chamar os criados para brincar de cabra-cega no jardim?! — Jimin perguntou, sentando-se sobre a cama com um entusiasmo súbito. — Faz tanto tempo que não brincamos todos juntos.