Danse chaude

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Sempre quis um cena de ciúmes deles e como TVD não me deu, eu criei. Kkkk

* Alerta de cena hot, se não curte é só pular *

Boa leitura!

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Maison de danse Le Dandy
 
Enzo nunca saberia explicar de quem herdou seu bom gosto por música. 
Ele aprendeu a tocar violão aos vinte anos de idade e até cogitou ser cantor por muito tempo, mas sabia que as chances nunca seriam grandes, afinal, ele não era nenhum filho de aristocrata, mas ainda assim nunca perdeu sua afeição pelo som dos instrumentos.
 Ele sentia-se bem ouvindo sons sincronizados, as melodias, a própria letra da canção que nada mais eram que poesias ritmadas. Ele sempre amou dançar e com Bonnie, então, se dependesse dele estariam sempre rodopiando pela casa. Ele jamais deixaria de levá-la para uma casa noturna, seria um pecado imperdoável passar por Paris e não dançar com a mulher que amava. 
Ele estava mega ansioso para tomar a dama que vestia um belíssimo vestido vermelho longo de fenda enorme na perna direita, cabelos em coque alto com algumas mechas soltas e lábios marcados sutilmente com gloss, para  dançar. 
Após limpar o terno cinza prateado que vestia, o qual foi marcado pelo delicioso molho branco do esparguete, acompanhado de escargots que comera mais cedo. Enzo enxugou  as mãos e saiu do toillet. 
Assim que chegou ao salão, o moreno buscou Bonnie na mesa onde havia deixado a bruxa, mas não a encontrou, o vampiro logo se preocupou quanto ao que havia acontecido com a amada. Bonnie estava sem magia, poderia ser presa fácil de qualquer um. Seus olhos percorreram todo local até que na pista de dança viu a mulher de silhueta bem conhecida, dançando com um homem de terno escuro e cabelos loiros, ele segurava sua cintura e dançava valsa com ela. O vampiro relutou a aceitar que aquela era sua garota, era Bonnie quem acompanhava o desconhecido. 
Desconfiado, ele deu passos até próximo ao suposto casal, mas logo paralisou quando a viu sorrir, era mesmo ela. Seu sangue fervilhou como se um caldeirão de verbena tivesse sido lançado sobre si, ele nunca foi um neurótico, ciumento doentio, mas estava quente como fogueira. Ele pensou rápido e chegou a única solução possível: hipnotizar o babaca para ele se afastar de Bonnie, mas então ele pensou melhor e lembrou da promessa que fizera a ela: “nada de sobrenatural a não ser em casos extremos” é bom, um francês sem noção dançando com sua namorada não era necessariamente um caso extremo, e se fizesse, Bonnie, certamente ficaria chateada com ele. Outra opção era interromper a dança deles e se apresentar como namorado dela, mas seria muito possessivo de sua parte, eles estavam apenas dançando, não havia nada demais nisso. Ele desistiu de todas as opções que tinha e voltou a sentar-se à mesa, cruzou as pernas e entornou na boca 
uma...
duas...
três taças de champanhe, uma seguida da outra, enquanto a observava dançar com o rapaz. 
Enzo batia o  esquerdo no chão sem parar, e sentia uma raiva crescente, ele nunca sentiu ciúmes de Bonnie, não dessa forma, ele sabia que não precisava, mas ele também sabia que ela era linda e gentil suficiente para deixar qualquer homem ao seus pés, e tudo que não desejava era disputá-la com ninguém. 
Após se despedir do rapaz com dois beijos um em cada bochecha, a bruxa exuberante caminhou em direção ao vampiro, que sorriu sem mostrar os dentes ao sentir os lábios dela unidos aos seus, Bonnie lhe dera um selinho e ele correspondeu frio. Só aí Bonnie, sentiu que havia algo errado.
- Está tudo bem ?- ela disse de cenho franzido, puxando a cadeira de frente a dele. 
-Sim... está – respondeu seco olhando um ponto fixo qualquer 
- Enzo... – ela chamou a atenção dele, mas o rapaz continuou estático, parecia aborrecido com algo. 
- Enzo – esbravejou dessa vez 
- Que é? – respondeu com uma carranca, relutando para não encará-la
- O que está acontecendo?
-Nada. – ele deu um olhar rápido a ela. 
- Ou você me diz o que está acontecendo, ou eu vou atravessar aquela porta sozinha, e se você vier atrás de mim, irá se arrepender amargamente.- dito isto, Bonnie ficou em silêncio esperando Enzo dizer algo, mas ele não disse nada.
Após cerca de dois minutos de vazio e silêncio, ela abruptamente se levantou da mesa, pegou sua bolsa de mão e passou por Enzo, Bonnie deu alguns passos, mas não se afastou o suficiente para ficar longe daquelas mãos fortes e quentes que tanto conhecia.
Merda! 
Ela sentiu o toque dele em seu pulso, lhe paralisando. 
- Por favor, amor, é que..- ele disse engolindo em seco. 
- É que... - ela bufou quando voltou seus olhos aos dele
- E que.. que... eu não sei bem explicar o que senti, o que senti quando vi você e aquele pinguim de geladeira loiro dançando. Não sei, Bonnie.... pode me xingar, me achar um babaca, idiota, o que quiser, mas eu sentir ciúmes, eu sentir muito ciúmes de você. – ele cuspiu as palavras. 
A princípio a feição de Bonnie era travada, irritada, mas conforme ele assumiu o que verdadeiramente sentiu, o olhar dela encheu-se de brilho. Não porque ele era tão inseguro a ponto de achar que seria trocado, mas ela estava um pouco positivamente surpresa com o fato dele sentir ciúmes dela. 
Oh céus, ele ficava ainda mais lindo, morrendo de ciúmes. 
- Você deve está me odiando por isso não é? Mas acredite amor, não é por você, eu sei que...- o homem não completou a frase pois foi surpreendido pelo beijo apaixonado que Bonnie depositara em seus lábios. Ele segurou a nuca dela e aprofundou o beijo. Ele nem se atentou que estavam em público, até que alguém próximo pigarreou, então eles se afastaram. 
- Enzo, como você é bobo. – ela passou as mãos em volta do pescoço do vampiro e lhe sorriu. 
- Sim, eu sou um idiota. – ele fez careta. 
- Não precisa sentir ciúmes do Vincent – ela disse risonha 
-Hum, o nome dele é Vincent? Mais alguma informação adicional, tipo: endereço. Para eu fazê-lo uma visita? 
- Ei – ela deu um tapa no braço dele. - Ele é gay, amor. Está aqui acompanhando os pais, e como eles não sabem da sua orientação sexual, reclamaram a noite inteira dele não ter tirado uma moça para dançar, então ele achou que eu seria a pessoa ideal para ajudá-lo na sua missão de enganá-los. 
- Sério? - perguntou de sobrancelhas franzidas. 
- Sim, é sério. Ele me explicou tudo enquanto dançávamos. 
- Ah droga! Me sinto péssimo por isso. 
- Tudo bem. Eu te entendo, também não iria  gostar de sair e quando voltar te ver rodopiando com uma francesa. - ela deu de ombros. 
- Talvez isso possa se tornar real... – ele começou 
- Como assim, Lorenzo St John?- ela semicerrou os olhos ameaçando o homem. 
- Se você não dançar esse tango comigo, eu vou tirar uma francesa para me acompanhar. 
- O que? Agora você trabalha com chantagem?- ela mordeu o lábio segurando o riso
- Talvez! Olha....pensa direito, é uma dança quente, cheia de contato corporal e muito sexy.
- Então.... eu vou adorar dançar tango com você, mesmo não sabendo. – eles trocaram sorrisos sinceros. 
- Ótimo! Pois amo te ensinar coisas novas, você é uma excelente aprendiz. 
Enzo segurou Bonnie pela mão direita, e juntos eles foram à pista de dança onde alguns casais já estavam dançando agarradinhos. 
Enzo guiou Bonnie quanto aos passos que dariam. Rapidamente ela entendeu que o segredo era acompanhar os olhos do parceiro, pois o homem era o condutor dos movimentos corporais das damas, seus olhos ficaram fixados um no outro a todo momento. Foi uma experiência incrível para Bonnie se deixar levar, e se envolver por uma dança tão sensual. 
A mão esquerda de Enzo segurou a lombar da bruxa próximo das nádegas enquanto ele a conduzia. 
- Não disse que você aprende rápido. 
- É mesmo?! - debochou - Enzo, eu pisei no seu pé umas trinta vezes. - replicou 
- Sério? - se fez de desentendido -Eu não senti.
- Deixe de mentiras, Lorenzo. 
-Não estou mentindo - ele deu três giros consecutivos nela  e em seguida chocou seus corpos. O ar pesado da respiração da bruxa rapidamente se misturou com o dele e a troca de olhares se intensificou, havia no meio deles um desejo ardente por troca de carícias... toque.
- Acho que deveríamos voltar para o hotel. - ele propôs com seriedade 
Bonnie conhecia bem quando o namorado estava sendo cinicamente safado. 
- Enzo... eu sei bem o que você quer. 
- Sabe mesmo? – sussurrou 
- Sim, eu sei. 
- Então me diz o que  você acha.- seu nariz roçou a bochecha de Bonnie fazendo com que seu corpo respondesse com calafrios.
- Diz Bonnie Bennett, que não está louca para arrancar meu terno, e fazer amor comigo. – aquela voz rouca unida sotaque charmoso, excitava qualquer mulher, e uma mulher em seu período fértil, então. 
- Por favor, é o que eu mais quero. – Bonnie sussurrou de volta para Enzo. 
 
 
 
 

Bonenzo in Paris Onde histórias criam vida. Descubra agora