Nunca vou aceitar o fato do Enzo não ter data de aniversário. Afff.
O que Julie Plec não fez, eu faço.
Libertem a imaginação.😍
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A noite fria se arrastava lentamente sob a mente perturbada do vampiro. Enzo estava um tanto quanto pensativo naquele dia, bom ele sempre fora de poucas palavras, cara fechada, reservado e até mal-humorado às vezes, na verdade utilmente seu mau humor tinha um nome: Alex St John, sua prima insuportável. Neurótica e controladora. Trabalhar para ela piorava o humor de qualquer ser vivo. Mas o motivo da sua perturbação nem era propriamente, Alex, e sim a data, era o dia que todos chamam de aniversário. Foi a data que ele e alguns amigos que conhecera quando vivia perambulando pelas ruas a procura de emprego e moradia em Londres, estabeleceram como o dia do seu aniversário. Ele não tinha documentos e nada sabia sobre si, além de que seu nome era Lorenzo, e que nasceu no ano de 1876. Ele e alguns outros rapazes resolveram brindar aquela noite dizendo que era o aniversário do órfão, já que de todos do grupo ele era o único que não tinha uma data certa para festejar seu nascimento.
Ele carregou alguns troncos para próximos da lareira de casa, agachou-se e começou a jogá-los no fogaréu, para tornar a casa mais aquecida. A cada tronco que se dissolvia no fogo, as chamas resplandeciam nos olhos escuros do moreno, ele sempre teve uma admiração secreta pelo fogo, que se tornou um pouco patológica após ser abandonado por Damon enjaulado em uma casa em chamas. Ele estava tão confuso e alucinado com a projeção do momento exato em que Damon fez isso que nem sentiu que a madeira que segurava rente ao fogo já tinha queimado suficiente para que a chama em segundos torrasse sua mão.
- O que você está fazendo? – a bruxa esbravejou o assustando a ponto dele cair sobre o chão frio.
-Ah merda! -ele se deu conta do que estava prestes a acontecer se ela não tivesse o assustado.
- Você está levando muito a sério minhas ameaças de jogá-lo na lareira. Até pretendia fazer isso sozinho. - seus olhos capturaram seus pequenos pés ao lado de si, elevando mais um pouco olhar ele vislumbrou as penas bem depiladas dela, ele não podia controlar seus olhos de não fitarem as coxas de músculos rígidos de Bonnie. Puta merda, porque logo hoje ela não havia fechado a porcaria do robe? Por que decidiu atordoá-lo com tamanha visão de seu corpo seminu sob o short e a blusa da babydoll de seda, um conjunto tão minúsculo. O pano fino marcava tão perfeitamente seus belos seios, ele nunca os viu, mas imaginava que sim, eles eram tão lindos quanto o sorriso, os olhos... Ah como ela era linda.
- Enzo? - ela estalou os dedos chamando a atenção dele.
- Oi – ele tirou os olhos do busto dela e focou em seu rosto e só então ela entendeu o porque dele esta tão perdido, Bonnie apertou o laço do robe, e Enzo agradeceu aos deuses por ela enfim lhe privar de tamanha tortura.
A essa altura do campeonato, a relação que tinham não era de inimigos odiáveis, nem de melhores amigos que se amavam, eles se suportavam.
Enzo suportava as reclamações de Bonnie, sempre que não encontrava nenhuma pista sobre o porquê dela ser importante para o Arsenal, e Bonnie suportava o humor ácido do vampiro. Ou seja, havia um princípio chamado tolerância que norteava a relação deles.
- O que há de errado com você ?- ela perguntou visivelmente preocupada.
- Nada, é que... é nada. - ele desconversou desviando seus olhos dela, e focando na lareira.
- Não somos amigos, eu sei, porém... sei la, podemos ao menos tentar...
- Tenta ser amigos?- as sobrancelhas dele se franziram.
- Sei lá, talvez. Você não tem ninguém para conversar, eu também não, então podemos tentar uma relação minimamente civilizada.- ela insistiu
- É... talvez, pudéssemos. - ele confirmou desanimado, afinal mentia descaradamente para ela. Era óbvio que ele não podia tentar ser amigo dela, não depois de tudo, não depois das aulas de violão que tornaram a proximidade física deles insuportável, não depois do que aconteceu na virada do ano passado, não depois que estava perdidamente apaixonado por ela. Ele não conseguiria ter uma amizade sincera com ela nunca dessa forma.
- Então tá. -ela sentou no chão ao lado dele.
- Me conte o que há com você? -aqueles verdes e hipnotizantes olhos lhe fitaram. Enzo penetrou tão fundo no olhar dela que se perdeu.
-Anda, me diz. Por que está assim? - ela insistiu e Enzo piscou forte várias vezes.
- Sim. Então... como vou te dizer isso... - um sorriso escorregou de seus lábios.
- Ora, dizendo. - ela fez careta.
-Bom, hoje é meu aniversário... – ele cuspiu e imediatamente os olhos de Bonnie se arregalaram.
- Sério?
- Bom... é...mais ou men...- Enzo não completou a explicação que daria a ela, pois foi surpreendido com os braços de Bonnie lhe apertando .
- Desculpa, eu não sabia. Então, parabéns! -ele ficou desconcertado, não sabia bem como reagir, como iria retribuir tamanho contato sem denunciar o quê sentia: Um desejo insano de foder com Bonnie.
- Obrigado! - ele ficou estático e não moveu um músculo sequer, nem suas mãos se moveram.
- Mas, não é bem o meu aniversário. -ele disse, e só então ela o soltou para que o vampiro respirasse aliviado.
- Como assim? - o cenho dela se franziu
- Não tive documentos de identificação, então além do ano do meu nascimento eu não sei, nada... - ele desviou seus olhos novamente dos dela.
- Sim, sinto muito. - ela assentiu. Era notório que ela sentia, era tão notório que ela até descansou a mão no ombro dele em apoio.
- Então, alguns rapazes em situação de rua que também lutavam para sobreviver, limpando mesas aqui, vendo algo ali, assim como eu, após uma noite de bebedeira decidimos que todo 15 de abril seria meu aniversário. Enfim, isso é besteira.
- Não é besteira Enzo, é importante. Venha - ela levantou e estendeu sua mão para ele.
- O que? -perguntou de cenho franzido
-É seu aniversário, vamos fazer um bolo. Na verdade eu farei um bolo para você, é meio que uma retribuição porque no meu, você trouxe uma deliciosa torta para mim. Anda, venha. – insistiu.
Ele não saberia negar um convite feito por Bonnie, ainda mais um pedido tão sincero e entusiasmado como aquele.
Ela mexia com ele de uma forma indescritível. Às vezes ele se sentia um adolescente perto dela, era difícil falar, agir e até respirar sem demonstrar o tanto de afeto que sentia por ela.
Ele segurou a mão dela e ficou de pé, cara-a-cara com Bonnie, seus olhos fixaram os dela e ambos se perderam, aproximando-se mais, suas testas se chocaram e os olhos do vampiro se voltaram aos lábios de Bonnie, ele desejava tanto beijá-la, desejava tanto tomá-la nos braços e fazer amor com ela, fazê-la feliz, fazê-la se sentir a mulher mais incrível do mundo. Ele não queria bolo algum, apenas o doce dos lábios de Bonnie, lhe era suficiente.
Mas ele não podia, não devia, ele não sabia se ela sentia o mesmo por ele, como também não queria parecer um babaca. Enquanto ela não demonstrasse sentir o mesmo que ele, o vampiro não violaria nenhuma regra, nem a desrespeitaria.
Inesperadamente ele a envolveu nos braços, retribuindo o que a antes não tivera coragem. Enzo apertou Bonnie fortemente, era como se estivesse abraçando o mundo tamanha imensidão, tamanho valor que ela tinha diante dele.
- Obrigado, Bonnie. - beijou o topo da cabeça dela.
- Por nada - passou os braços em volta da cintura dele
- Tá, mas agora chega, vamos logo fazer esse bolo, estou curiosa para saber de quem será o primeiro pedaço - provocou.
- Vamos amor, diga de quem será o primeiro pedaço -ela provocou enquanto estalava os dedos despertando o namorado, que parecia que vagava por pensamentos longínquos.
- Como você é engraçadinha – ele fez careta.
- Só há eu e você aqui, Bonnie Bennett. Por que insiste em fazer essa pergunta todos os anos? Aliás, por que insiste em fazer bolo todos anos, eu sou um vampiro, esqueceu? -ele roubou um pouco de chantilly e deslizou o dedo sobre o nariz de Bonnie.
- Eu sei, mas eu gosto de comemorar seu aniversário, é a minha forma de dizer: "Obrigada, Lorenzo St John, por existir". - ela disse com um riso fraco nos lábios.
-É uma forma de te dizer:”Enzo, eu me importo com você” e de declarar a sua importância na minha vida.
Os olhos de Enzo brilharam como clareira tamanha declaração de amor, ele nunca encontraria palavras suficientes que conseguisse expressar a importância de Bonnie em sua vida, o quanto tê-la conhecido e se apaixonado por ela, fez dele um homem melhor.
- Obrigado. - ele colocou o pequeno bolo no chão ao seu lado e abraçou Bonnie fortemente.
- Obrigado, por ter entrado na minha vida. Você é luz para meu caminho, é vida na minha morte. Eu te amo tanto.
A bruxa o apertou na mesma intensidade e beijou-lhe a nuca.
- Você é muito mais do que eu já sonhei, Enzo, é meu amigo, confidente, meu namorado, meu abrigo. Você me trouxe esperança. Enquanto isso for real e, eu espero que seja para sempre... eu vou sim fazer bolo todos os anos para você, e perguntar de quem é primeiro pedaço- ela disse com a voz embargada de emoção.
- Então... chega, - continuou- quero logo meu pedaço de bolo, - eles se afastaram do abraço.
- Você não sabe como foi difícil comprar esse bolo, a mulher falava rápido demais, ela não entendia o que eu dizia, nem eu entendia o que ela dizia, então, você deve imaginar o quão constrangedor foi. – Bonnie sorriu
-Sim, eu posso imaginar. – ele assentiu mordiscando o lábio para não rir dela
- Eu sei que quer rir de mim – estapeou o braço do vampiro.
- Eu pensei em fazer diferente dessa vez. - o vampiro começou.
- Diferente como? – Bonnie semicerrou os olhos confusa
- E se ambos mordêssemos o bolo juntos – ele segurou a bandeja.
-Não sei...
- Ahhhh, por favor, Bonnie é o meu aniversário. Esqueceu? – chantageou torcendo beicinho
- Tá. Ok. Você sabe ser bem convincente quando quer.
- Então isso é um "sim" né?- perguntou entusiasmado.
- Sim. - assentiu
O vampiro posicionou o bolo entre eles que estavam de frente um para o outro, e contaram de três até um, em ordem decrescente. Enzo já estava com os lábios tocando a cobertura da massa quando foi surpreendido por Bonnie, que virou a bandeja por todo seu rosto o sujando completamente.
- Oooooown, nãoooo, Bonnie Bennett, eu não posso acreditar que fez isso, - ele retirou o excesso dos olhos para encarar bem a namorada.
- Você que começou com essa história. -ela deu de ombros
- Você não acha que vai sair ilesa, né?
- Vou sim. – ela se levantou abruptamente do chão e saiu correndo em direção ao banheiro, onde se escondeu.
- Bonnie, isso não vale. -ele foi atrás dela.
-Sai daí, Bonnie. - ele bateu na porta fortemente.
- Não vou Enzo. Enquanto você estiver disposto a me sujar, eu não saio. – gritou do outro lado da porta.
- Eu prometo que não vou te sujar, amor, apenas quero me limpar. - respondeu do outro lado.
- Enzo, você está mentindo. – disse manhosa.
- Não, eu não estou, Bon. Eu juro. Só quero tomar banho, te dou minha palavra. Eu estou pegajoso, tem bolo por todo meu rosto e pescoço, tem até chantilly nos meus braços.
- Ta bom, então. - ela lentamente abriu a porta e riu da cara dele
- Você está péssimo. - provocou ela.
-Sim, por sua causa. - ele declarou como se estivesse bravo com ela.
- Enzo, me desculpa -a culpa apertou, quando o vampiro atravessou por ela em direção a pia visivelmente chateado.
- Tudo bem -ele seguiu fingindo estar chateado.
- Quer ajuda aí?- Bonnie perguntou se aproximando dele.
- Claro que sim. - assentiu.
Bonnie pegou alguns papéis toalha e começou a limpar o rosto do namorado com cautela, ela limpava com tanta leveza que parecia mais fazer carinho nele do que qualquer outra coisa.
- Desculpa. - declarou a bruxa
Enzo a encarou profundamente e enfim soltou a gargalhada que tanto segurou.
- Deixe de ser boba, eu não ficaria chateado com você nunca e por isso então. Eu só queria que se sentisse culpada o suficiente para não rejeitar um pedido meu.
- Pedido? – ela franziu as sobrancelhas
- Sim, entra no banho comigo? Eu preciso te contar um segredo.
- Que segredo é esse que só pode ser compartilhado no banho?
- Me acompanha e saberá. - o vampiro retirou a camisa e a calça de moletom que vestia, ficando apenas de boxer.
- Enzo... – ela murmurou encarando-o.
-Vêm -ele tirou a boxer e entrou na banheira que estava praticamente cheia de espuma, morna suficiente para gerar uma sensação boa. Sentando-se na beirada, ele mordeu o lábio e disse:.
- Vem amor, vem me ajudar com essa sujeira -mordeu os lábios em provocação.
A bruxa encarava ele, um tanto quanto incrédula, se viu em uma situação a qual não podia fugir, o convite de Enzo era tentador, irrecusável. Bonnie passou as alças do babydoll que usava pelos braços, fazendo com que deslizasse por seu corpo e caísse sobre o chão, encarando homem à sua frente tudo que via era luxúria na escuridão do seu olhar, sentiu-se tão desejada. Enzo lhe excitava de sobremaneira.
Rapidamente Bonnie retirou a calcinha de renda ficando totalmente despida e fez o mesmo que o vampiro: colocou primeiro o pé direito para checar a temperatura da água, e em seguida sentou-se de frente para o namorado, deixando seu corpo emergir.
- Eu estou aqui, você vai ficar aí? – jogou espuma nele atiçando o vampiro.
Sem pensar duas vezes, Enzo pegou o pé direito de Bonnie e beijou.
-Você disse que me contaria um segredo, estou curiosa- ela arqueou as costas na extremidade da banheira.
-Segredo a gente conta sussurrando. -provocou
- Tá bom, então. Solte meu pé seu vampiro pervertido.
Lentamente ela se aproximou de Enzo que lhe encarava com sorriso nos lábios, ele segurou as duas pernas de Bonnie passando-as por cima das suas, em um encaixe perfeito. Lentamente ela deslizou as mãos cheias de espuma sobre o rosto de Enzo lavando-o.
- Vamos, agora me conte logo, o que é esse tal segredo?
-Lembra do meu primeiro aniversário que passamos juntos? - ele declarou de olhos fechados, apreciando o toque leve de Bonnie sobre sua face.
- Sim, lógico que lembro. Eu fiz bolo para você. Por quê?
- Eu já era apaixonado por você . -sussurrou
- Sério? Que grande segredo, Lorenzo.- ela debochou revirando os olhos
- O que? - ele abriu os olhos para compreender melhor o que dissera
- Enzo, isso não é nenhuma novidade- ela riu dele.
- Como assim você sabia?
- A pergunta é: Você acha que eu também não estava? - ela deu de ombros mordiscando o lábio
- Ah Bonnie, sério?
- Ei, shhh- ela apertou o indicador nos lábios de Enzo o obrigando a se calar, e selou em seguida seus lábios nos dele, dando-lhe um beijo ansioso e recheado de paixão, às mãos dela se prenderam na nuca dele enquanto as dele apertavam a cintura da bruxa, puxando-a para mais próximo de si.
- Meu Deus, o que diabos há com você? - ela sentiu a ereção dele crescer.
- Ele tem vida própria perto de você. -ele gargalhou. As mãos dele começaram a vagar pelos seios, indo em direção a intimidade dela, onde passeou livremente provocando-a. A cara sensual que Bonnie fazia a cada carícia, dava a ele a sensação que seu pau iria explodir de tesão a qualquer momento.
- Lorenzo...- ela o repreendeu e voltou a beijá-lo com calma dando leves puxões em seu cabelo.
- Esse é o melhor aniversario da minha vida sabia. -ele encarou ela com seriedade,
- Todos os anos você diz isso.
- Mas é verdade. A cada ano que passo ao seu lado, Bon, é um ano incrível. Olha para a gente... estamos em um hotel cinco estrelas, prestes a fazer o amor selvagem em uma banheira, tendo como vista a torre Eiffel. Você acha que desejo algo mais? - perguntou e ela negou com a cabeça. - Eu tenho você, Bonnie Bennett, nada me falta.
- Sim, eu sei, mas essa sua boca ela só fala ou ...- a bruxa brincou antes de ser surpreendida por Enzo beijando-a.

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Bonenzo in Paris
Fanfiction(História concluída) Essa fic é uma compilação de cinco capítulos que narram um pouco de como foi a estadia de Bonenzo em Paris- França. Espero que gostem! Classificação +16