09

2.1K 121 92
                                    

Pegamos a picape de tio Victor e vamos até o rio que tem na fazendo. Lá sempre foi um lugar só nosso, poucas vezes Alfonso nos acompanhou, até na época que eu namorava, costumávamos escapar para lá.

Solto animada do carro assim que ele estaciona e corro para a beira do rio. Respiro fundo, sentindo o ar puro e o cheiro de terra molhada que tem ali, e sorrio largamente ao sentir os braços do meu namorado envolver minha cintura, ele apoia o queixo em meu ombro depois de dar um beijo suave em minha bochecha. Esse é um dos meus lugares favoritos da cidade, meu refúgio e ponto de paz. E Christopher sempre fez parte disso. Como eu pude ter sido tão tola e não ter percebido meus sentimentos antes?

— Eu amo esse lugar — murmuro, apoiando minha cabeça em seu ombro.

— E eu amo você — rio pelo nariz quando ele vira o rosto e esfrega o nariz em meu pescoço — Vamos tomar banho, estou ansioso para te ver seu biquíni minúsculo e poder te tocar dessa vez.

— Safado! — bato em seu braço quando ele me solta.

Christopher tira a roupa, ficando apenas com uma sunga branca e prendo o ar por alguns segundos. Ainda não estou acostumada a vê-lo assim, na verdade, acho que nunca vou me acostumar com isso. Ele sorri de forma descarada e pula na água, espirrando-a em mim. Suspiro, balançando a cabeça e tentando tirar todos os pensamentos maliciosos da minha cabeça. Começo a tirar minha roupa. Sinto seus olhos vidrados em mim, então faço questão de tirar as peças bem devagar antes de pular na água e ir em direção a ele.

— Se sua intenção era me deixar de pau duro igual quando éramos adolescentes, você conseguiu! — gargalho sentindo suas mãos me puxando em sua direção e envolvo minhas pernas em seu quadril. Eu sinto sinto sua ereção pulsar entre nós, mas apesar da posição e do tesão nítido, ele me encara sem malícia alguma — Estou muito feliz por estar aqui com você... Sempre foi nosso lugar.

— Eu estava pensando justamente nisso quando me abraçou — apoio as mãos em sua nuca, usando os polegares para acariciar sua mandíbula — Na hora que eu te beijei, foi melhor do que eu imaginei, se eu soubesse tinha feito antes... — cantarolo, fazendo-o sorrir.

Christopher desliza a boca por minha mandíbula, distribuindo beijos molhados nessa região e arrepiando meu corpo por inteiro. Enrosco meus dedos em seu cabelo e o pressiono ainda mais ali enquanto aperto minhas pernas em torno da sua cintura, esfregando minha boceta em seu pau.

Seus dedos apertam minha bunda quando ele suspira em meu pescoço. Sua boca se arrasta por minha pele até alcançar minha boca e nos beijamos quase desesperadamente. Foi muito difícil refrear todo o tesão nos últimos dias, agora que meu pé está melhor, eu sinto que precisamos recuperar todos os meses perdidos... Meses não, anos, se formos colocar na ponta do lápis.

Sinto seus dedos desfazendo os laços do meu biquíni e ele puxa o tecido para o lado antes de sua mão se apossar dos meus seios em uma massagem deliciosa que me faz gemer roucamente. Christopher me ergue até que meus seios fiquem a altura da sua boca e sinto seus dedos capturarem um mamilo mordiscando-o de leve antes de sugá-lo com força.

Jogo a cabeça para trás, querendo lhe dar mais espaço, mas, no breve momento que meus olhos se abrem, sinto todo o sangue do meu corpo gelar ao ver Alfonso na beira do rio, com um celular apontado em nossa direção. Não consigo falar, mas Christopher sente minha mudança súbita e talvez tenha acompanhado meu olhar horrorizado.

Ele me solta de vez, se colocando à minha frente e puxo o biquíni da mão dele, tentando vestir a peça apesar das minhas mãos estarem trêmulas.

— Que porra você está fazendo? Está ficando louco? Desliga agora esse celular.

— Vou provar para todo mundo que eu estava certo o tempo todo quando a chamei de vagabunda.

Medo BoboOnde histórias criam vida. Descubra agora