Hiraeth - The Comeback

Capítulo II - Lost souls in revelry

Música sugerida: I'll Be Good - Jaymes Young 

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POV SNAPE

Em um espaço tempo antes, durante ou depois...

Segui o Regulus pela floresta. Sabia exatamente para onde ele estava indo.

Regulus costuma ser sensível com aqueles que são próximos. O que dizem sobre sonserinos ter máscaras não é mentira. Porém nunca vi Regulus erguer a dele. Ele sempre foi uma pessoa que sempre transpareceu muito tudo que sentia.

Houve um tempo que isso foi um problema para ele, por causa da família. Ele se recusava a aceitar o que sua mãe tinha feito com Sirius. Para mudar isso ele pediu minha ajuda.
Foi um longo processo até eu achar um método mais muggle possível.
Treinamos por um tempo, e funcionou.
O método se baseava em não pensar sobre o que sente, até estar em um lugar seguro para desmoronar.
 

– Você realmente não reagiu bem à presença dele – disse ao finalmente alcançá-lo.
 

– Você está reagindo bem à tudo isso? A James? O cara que te perturbava. A Lilly? Ela vivia mentindo para você, e você ainda se apaixonou por ela. Esta reagindo bem a todos que foram responsáveis pela sua morte? – disse enquanto apontava o dedo em minha direção, em um discurso que mais parecia um desabafo.
 

– Esse interrogatório é realmente sobre mim? – perguntei, pois sempre foi assim com Regulus. Em Hogwarts ele era meu melhor amigo, digamos. A medida que sonserinos tem bons amigos, é claro.

Com as reuniões que eram promovidas pelos comensais e pela família Black, nos víamos muito fora de Hogwarts. E com o tempo sua mãe acabou aceitando que eu fosse visitá-lo "em horas oportunas" como ela dizia. Querida Walburga, que o inferno a tenha.

Por muitas vezes cheguei a pensar que Regulus só aguentou aquilo tudo por tanto tempo, porque ele não estava totalmente sozinho.
– Eu não estou bem. Você está bem? - disse ele parando em minha frente.
Aquela frase era nossa desde que posso me lembrar. Sempre que estamos no limite com algo que parece irritar ambas as partes, ela é pronunciada para que encontremos uma solução para a frustração.
 

– Não, eu não estou bem. E estou muito longe de estar. – sorri de canto para ele – Eu realmente senti sua falta Reg...
 

– Claro que sentiu, eu era o legal, você o chato, eu era seu equilíbrio. Deve ter sido quase uma catástrofe o seu humor após a minha morte. – ele sorriu.
 

– Conheço muitos alunos que podem confirmar esse pensamento – pensei em todos os Grifinórios que tinham o pior do meu humor como professor. E fiquei pensando que talvez, se todos tivessem me conhecido com a idade que minha aparência de agora mostrava. Se todos tivessem conhecido o Snape melhor amigo do Regulus Black. Talvez eu não seria tão odiado por tantos adolescentes que não sabiam a verdade sobre mim.
 

– Então você era o bicho papão de vários adolescentes? – Reg gargalhou.

Abaixei a cabeça e suspirei. – Na verdade, de um. - quando descobri que eu era o bicho papão de Longbotton, não foi como todos pensavam que seriam. Não foi meu troféu de orgulho. Aquilo ficou em minha mente pelos anos que se seguiram. Que tipo de monstro eu era que fui capaz de ser o pior medo de uma criança? – Pela sua cara, isso não foi nada bom. Me desculpa, eu só quis fazer uma piada. Você me conhece. – Reg suspirou logo após sua fala, abaixando a cabeça.
 

– Conheço? Então quero completar meu nível de conhecimento sobre a pessoa mais irritante que já tive o desprazer de conhecer...
 

– Eu sei que você me ama – ele me interrompeu, e sorriu.