𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐚 𝐋𝐮𝐚 𝐞 𝐨 𝐒𝐨𝐥

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𝕆𝕚𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕚𝕡𝕒𝕤 𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕖𝕤𝕠𝕤!
𝕋𝕦𝕕𝕠 𝕓𝕖𝕞?!
Então, a um tempo eu tinha essa história e hoje apareceram a fanart perfeita e a música combinando, não podia perder a oportunidade de terminar ela e postar. Saudade que eu estava de escrever o Megumi assim...

Sem mais delongas, aproveitem a jornada e boa leitura!
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A chuva caia fina lá fora. Era o terceiro dia seguido que o céu acordava acinzentado e isso deixava o garoto de cabelos rosados mais nostálgico. Faziam alguns anos que ele havia se mudado para essa cidade isolada, afastando-se de tudo e todos que mais amava. Ou quase todos. Abraçou forte o travesseiro macio e enterrou o rosto na almofada fofa, suspirando nada mais que o cheiro daquele que sempre habitava seus pensamentos, Fushiguro Megumi. O jovem moreno e seu eterno melhor amigo, largou o mundo para o acompanhar. Eles aos poucos se tornaram mais que amigos, devagar passaram a entender os sentimentos que os mantinham sempre ligados, por mais assustadores que eles fossem. Fushiguro era a luz da lua na vida de Yuji, assim como o garoto de olhos calorosos era o mais límpido raio de sol na vida de Megumi.

Espreguiçando o corpo, Itadori levantou a vista e estreitou os olhos, reconhecendo por entre os cílios, a figura esguia perto da janela. Ele segurava uma caneca, provavelmente cheia de café amargo e forte, do jeito que Itadori sabia que ele gostava. O rapaz usava uma blusa larga e uma calça frouxa, ambas muito escuras, chegando a disputar — e perder — para os cabelos bagunçados, do dono do coração de Yuji. Os olhos de um azul descomunal voltaram-se para encontrar os castanhos e instantaneamente o corpo de Itadori se arrepiou.

Intenso, sempre tão intenso, pensava o garoto, agora erguendo o corpo e tirando de si as cobertas pesadas.

Fushiguro sentiu a nuca quente e virou o olhar para a cama muito bagunçada e ainda abrigando o corpo musculoso de seu companheiro. No instante em que seus olhos encontraram a cor de mel dos do outro, ele sentiu um leve calor inundar sua matéria. Yuji tinha sempre esse mesmo efeito em Megumi. Ele lhe deixava com o coração acelerado, a respiração entrecortada por suspiros de um ser apaixonado e os arrepios de desejo. Megumi fechou os olhos ao ver o corpo nu erguer-se dos lençóis macios, que abrigavam a estrutura tão bonita de Itadori.

Perfeito, sempre tão perfeito, pensava o moreno voltando a abrir os olhos e sentir a boca seca pela visão da caminhada contida e silenciosa de Yuji até onde ele estava.

O raio de sol não era mais como antes, ele agora tinha uma aura firme, séria e selvagem. Não havia perdido a meiguice, longe disso. Agora, mesmo com a sutileza de sua caminhada predatória, o dono dos fios rosados exibia um sorriso naturalmente belo e cheio de carinho.

Finalmente Itadori chegou perto do corpo — hoje — menor que o seu, tocou a o rosto alheio com carinho e suspirou. Megumi abaixou o olhar e se deliciou com as pontas dos próprios dedos, em uma carícia suave pelo peito quente de Yuji.

— Bom dia, Gumi.

— Dia... Yu-

Antes de terminar sentiu a boca do outro encontrar a sua. Odiava quando Yuji o cortava com um beijo no meio da frase que falava, mas amava e ansiava por isso. Contraditório, mas era assim a relação entre eles. O moreno suspirou contra os lábios do outro, deixando a língua quente invadir sua boca e depositar carícias em sua própria.

O beijo tinha gosto de café recém moído, sono e Megumi. Yuji adorava essa combinação. Sua outra mão também havia sido guiada para o rosto do moreno e agora ambas deixavam carinhos curtos com os polegares. O corpo mais forte foi aos poucos abraçado por um dos braços de Fushiguro e que o puxava para mais perto.

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