Prisão de Sangue e Âmbar - Bokuto

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Este conto é voltado para o público adulto conforme orientação etária estipulada na sinopse, este perfil repudia qualquer tipo de ato com cunho abusivo, manipulador ou que corrobore um ato criminoso. É uma obra ficcional inserida num contexto de situações extremas, alguns temas tratados podem ser de natureza sensível.

Alertas para: Sangue, Abuso, Mortes, Bloodplay, Palavras de Baixo Calão.

Par: Bokuto Koutarou

Entre o descer do trem e o caminhar para a saída, apareceu um denso e frio nevoeiro que tentava me engolir até a alma, se rastejando sobre o piso velho da estação de trem como um inseto asqueroso

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Entre o descer do trem e o caminhar para a saída, apareceu um denso e frio nevoeiro que tentava me engolir até a alma, se rastejando sobre o piso velho da estação de trem como um inseto asqueroso.

No relógio enferrujado de ponteiros grossos e pesados marcava oito horas, talvez alguns minutos a mais, impossível de saber já que as marcações estavam gastas. Sobre a minha cabeça no céu noturno densas nuvens de chuva se revoltavam, trovões e raios cortando por elas violentamente.

Tive esperança de que pelo menos que a mente inútil do meu primo tivesse a decência de lembrar que o dia de hoje marcava a minha chegada.

Minha mudança e nova vida.

Bem a tempo, antes que a chuva despencasse sobre o telhado judiado da estação uma figura apareceu, esguia com os cabelos alinhados um grosso casaco e luvas para se proteger do frio. Apressado, subiu os degraus vindo de encontro comigo.

— Está tão frio! Como pode não estar tremendo? – perguntou meu parente observando a fina jaqueta que levava nos ombros.

— O ódio cultivado nessa meia hora de espera me manteve quente o suficiente – cerrei os olhos em sua direção, vendo a culpa passando por eles em seguida. Coçando a cabeça num sinal de culpa meu primo se apressou em pegar as minhas malas enquanto se desculpava com uma voz branda.

—Os garotos da escola insistiram para que eu ficasse apenas mais um pouco, e eu achei que viria apenas no próximo trem.

Ajeitei a mochila nos braços trêmulos de frio, o vento úmido agora parecia ainda mais intenso. Coloquei as mãos dentro dos bolsos enquanto observava meu primo colocar as malas cuidadosamente no porta malas do carro.

—O plano original era vir no próximo, mas sua mãe me avisou que deveria vir antes pela chuva.

—Isso é verdade – concordou e continuou a falar – Estamos com essa aparente tempestade se aproximando desde a semana passada, a cidade inteira está em alerta para o que pode vir a acontecer.

Ele parecia um tanto cauteloso sobre as palavras de escolha e talvez falando mais para si mesmo do que para mim.

—E o que pode vir a acontecer?

Lançou um olhar nervoso e um sorriso falso, antes de se aproximar e me envolver num abraço de boas-vindas – Nada com que deva se preocupar, muita chuva depois muita neve e uma cidade inteira bagunçada. – Se afastou para que pudesse me olhar nos olhos mantendo as mãos apoiadas nos meus ombros.

Contos de Eldrich Alew- (Haikyuu x [Nome] +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora