A Morte veste Branco - Sakusa

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Este conto é voltado para o público adulto conforme orientação etária estipulada na sinopse, este perfil repudia qualquer tipo de ato com cunho abusivo, manipulador ou que corrobore um ato criminoso. É uma obra ficcional inserida num contexto de situações extremas, alguns temas tratados podem ser de natureza sensível.

Alertas para: Sangue, Abuso, Mortes, Palavras de Baixo Calão, Terror Psicológico.

Par: Sakusa Kiyoomi

A frente da enorme mansão branca que se erguia no meio do nada, me arrependi das decisões tomadas nas últimas semanas

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A frente da enorme mansão branca que se erguia no meio do nada, me arrependi das decisões tomadas nas últimas semanas. Eu no caminho para o cargo de enfermeira chefe me vi recomendada pelo diretor do hospital a aceitar um trabalho numa clínica do interior, pedia-se por uma pessoa entendida, discreta e disposta a servir de ajudante para o único médico da cidade.

O salário não era ruim, pelo contrário, o mês de trabalho adiantado já foi de grande ajuda pagando um táxi para essa casa no meio do nada. Com certeza o velho rechonchudo que fez a corrida ficou mais do que feliz quando as incontáveis notas deixaram a minha carteira, ele nada sabia do lugar mas o tal médico parecia bem famoso. Afinal ele que morava na cidade vizinha já havia ouvido falar do tal doutor.

Não parecia haver pacientes no momento, e as instruções foram muito específicas. Terça-Feira até às onze da manhã, nem um minuto a mais.

Com uma mochila nas costas e a mala em mãos andei até a entrada subi a pequena escada de dava para a varanda e toquei a campainha, a princípio pelo silêncio me perguntei se havia de ter alguém na enorme casa. Todas as janelas com vidros fechados com cortinas também de cor branca.

Deste tapete de boas-vindas, as cadeiras de descanso chegando às flores no pequeno jardim, todas brancas.

Deveria ser a cor favorita do médico.

A porta se abriu num solavanco e parada junto a ela um homem, não muito mais velho do que eu mesma, um jaleco impecável sem uma dobra sequer, as mãos cobertas por luvas, uma máscara no rosto e cabelos que se distribuíam em ondas. Não disse nada, mirou em mim os olhos afiados encarando da cabeça aos pés a princípio julguei suas feições duras demais para alguém tão novo.

-Você gosta de branco?

Lançou-me a primeira pergunta, não sobre qual era meu nome, se havia feito uma boa viagem. Mas sim sobre a cor.

-Suponho que sim – respondi sem saber exatamente o que deveria falar – É uma cor pura, limpa.

Me corrigi quando o vi franzir a respeito do primeiro adjetivo que dei, mas a segunda pareceu satisfatória o suficiente pois ele abriu a porta me dando passagem, indicando especificamente para deixar os sapatos a porta e usar dos chinelos, brancos, alinhados ao lado da entrada.

Tudo parecia estranho, mas precisava causar uma boa impressão ao meu pagador, já tinha planos para os salários dos meses seguintes e precisava deles. Não se ofereceu para me ajudar com as malas e tão pouco pareceu chamar alguém para que o fizesse apenas andou em direção a escada que dava de frente para a porta em silêncio.

Contos de Eldrich Alew- (Haikyuu x [Nome] +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora