Capítulo 4 - Derek

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Pov Derek:

Desde o momento em que concordei com Isaac de ir na balada pra me divertir, eu estava com um pressentimento de que algo ia acontecer. E aconteceu.

Fui na boate de luxo que sempre vou quando sou puxado por Isaac, pelo dono ser um dos amigos de foda dele, mas apesar da música e do sangue jovem se divertindo, não estava muito afim de dançar.

Peguei um drink e fiquei no sofá de luxo bebendo devagar, rejeitando todas as garotas e caras bonitos que queriam me levar pra cama a noite toda.

Enquanto estava de cabeça baixa, senti um puxão familiar no meu peito, levantei o rosto e fiquei paralisado em transe quando olhei para o cara que atormentava meus pensamentos, que agora deu um golpe em meu coração, abrindo uma nova porta em meu peito, me deixando caindo de ponta a cabeça.

A conexão que eu senti se formar instantaneamente entre nós dois quando nossos olhos verdes e âmbar se cruzaram, foi avassaladora. Alegria por encontrar minha alma gêmea novamente, o amor que inundou todo o meu corpo como magma fervente, o carinho sem medidas, meu senso protetor que praticamente explodiu com o ciúme ao ver meu novo mate dando amasso em outros homens que não fosse eu.

Mas o que doeu mais por dentro, foi a frieza e apatia que eu percebi naqueles olhos âmbar. Eu sabia que ele tinha sentido a conexão pra ele, mas senti que a porta dos seus sentimentos estava trancada pra mim, mesmo que estivéssemos ligados a partir de agora.

Pela conexão que eu chamo de Imprinting, senti o fluxo quente do meu corpo que eu sentia toda vez que virava lobo correr pela conexão se infiltrando no corpo dele.

Tudo isso aconteceu num segundo que nossos olhos se encontraram, mas eu só pude observar ele ir embora com o rosto tão frio quanto uma nevasca.

Suspirei bagunçando a cabeça pensando que isso seria complicado. Enquanto eu não conseguisse conquistar o coração dele, eu teria que suportar meu amor e carinho que explodiam por ele. Não poderia abraçar, beijar, proteger aquele corpo magrelo em meus braços fortes, e bloquear qualquer mal de atingi-lo.

Comparei o que eu senti por Paige, e o que comecei a sentir por ele agora. Ambos são intensos de formas diferentes, mas os dois sempre me matam de preocupação. Continuei bebendo até o fim da festa, observei a ruiva que acompanhou o magrelo ser colocada num táxi pelo dono da boate, que tinha a roupa amarrotada, cheirando a sexo.

- Theo! - Chamei em voz alta não me contendo mais. Vi o cara bonito virar o rosto surpreso e caminhar até mim com um sorriso.

- Eae Derek. Cadê o Isaac? Sinto falta de dormir com ele. - Theo começou a conversar com o praticamente pai adotivo de Isaac, que Theo cobiçava faz tempo. Aquele homem era gostoso demais.

- Deve ter arrumado um cara e se enfiado num quarto a essa hora. Mas eu queria perguntar uma coisa. - Eu comecei devagar, pois apesar de saber que esse cara era atraído por mim, aqueles olhos azuis eram malandros e cheios de segredos.

- Hm? Diz aí, fiquei curioso agora. - Theo respondeu virando a cabeça de lado apreciando aquele lindo rosto barbado, aqueles olhos verdes que pareciam olhar o fundo de sua alma, e aquele peito musculoso peludo que sobressaía na camisa meio aberta, esbanjando sex apeal.

- Conhece aquele carinha magrelo há muito tempo? - Eu perguntei num tom descontraído, que fez o sorriso dele sumir e ficar sério.

- Oh, então você está afim do Stiles hein? Sim, eu o conheço há bastante tempo. Depois de uma noite juntos, viramos melhores amigos, com ele e a ruiva vindo me visitar.

- Mas não tente sondar informações dele de mim, Derek. Eu posso estar afim de você, e querer transar com você, mas não vou trair meu amigo. Só posso dizer algo. Ele não confia em ninguém de fora do círculo de amigos íntimos dele. Se quiser o coração dele, vá e o conquiste. Agora pode ir saindo, pois vou fechar a boate. Mando seu filhote quando ele acordar da trepada de manhã. Até logo. - Theo falou com uma expressão séria, sem mais o tom de diversão enquanto se afastava para fechar o local depois de anunciar o fim da festa.

Fiquei apenas olhando aquele cara se afastar, gemendo de frustração ao ouvir que seria difícil de entrar no coração daquele magrelo de olhos âmbar.

Eu suspirei enquanto me levantava, e saía do local, entrava no meu carro preto e dirigia para casa voando sem nem prestar atenção na estrada direito com meus sentidos superiores dando conta de ir no caminho direito.

Teria que ver como aquele carinha lindo reagiria a sua presença quando o encontrasse no dia seguinte na reunião entre empresas. Mas eu não pretendia desistir. Se o coração dele foi congelado por ser ferido, e eu rosnei ao pensar nisso, vou ser o fogo que vai derreter esse gelo, quebrar a porta, e guardar seu coração junto ao meu, para proteger e amar para sempre.

Meu presidente dominador. STEREKOnde histórias criam vida. Descubra agora