Flores no Fim do Mundo

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As montanhas frias do norte matavam mais de cinquenta viajantes no ano mas, ainda assim, não deixava de atrair turistas todos os anos no período do inverno. Era quando as flores desabrocham no pico e um festival de cores se formava contrastando perfeitamente com o branco muito característico daquela região. Não era um lugar bonito de se morar, os nativos pouco se interessavam pelo local, sendo que a maioria debandava na primeira oportunidade para construir uma vida fora dali. Contudo, esse não era o caso de Izuku, ele sentia-se estranhamente bem ali. As bebidas quentes, as conversas animadas dos viajantes, os trajes de inverno distintos dependendo da região da qual vinham e, principalmente, as lindas montanhas congeladas. Estas tinham um chamado especial, um encanto que, embora fosse mortal, não deixava de atrair mais e mais pessoas. Não era raro quando Izuku via, desde pequeno, viajantes chegarem de muitas áreas e comprarem com sua mãe, os mais diversos equipamentos ansiosos com a escalada. 
"Um dia vou ser eu." Dizia animado. Sua mãe logo tratava de mudar de assunto pois, na primeira vez que havia negado ao filho o direito de ser um dos aventureiros a desbravar a imensidão branca quando crescesse. Ele deu um chilique e chorou durante três dias seguidos, aquilo havia sido assustador demais para Inko. E olha que a mulher estava acostumada a ver vários dedos necrosados dos viajantes que voltavam de uma escalada fracassada e com outras sequelas espalhadas pelo corpo. A mulher de cabelos verdes cuidava deles em sua pousada até que eles chamavam um carro para buscá-los e, desde então, ela nunca mais os via. Uma vez engolido pelo frio da montanha era xeque mate e você se esquecia o quanto aquele lugar poderia ser encantador, enxergando apenas o horror que passara naquele inferno congelante. 
Izuku, agora com seus dezessete anos, queria poder ser o próximo aventureiro a desbravar o monte possuidor de uma beleza hipnótica desde que se entendia por gente. Embora sua mãe não pensasse assim, isso não o importava, a não ser é claro, quando queria tocar no assunto da escalada aí a mulher era capaz de fazer um drama e falar com o filho como se fosse a última vez. E talvez fosse de fato. Considerando que Izuku sabia de tudo sobre escaladas desde os seus doze anos de idade, planejava desde os quinze uma fuga perfeita para o monte no dia perfeito, um dia antes delas desabrocharem. Isso o trazia ao exato momento em que se encontrava: em cima de um trenó puxado por cães da neve subindo a montanha mais alta da região. Por sorte, ele ainda não havia chegado na parte íngreme, então poderia percorrer tranquilamente de trenó e parar para descansar, até continuar apenas de mochila, deixando os cachorros treinados retornarem sãos e salvos ao conforto do lar. Lar este que Izuku torcia para ver novamente. 
O garoto então, sacudiu os pensamentos pessimistas parando num certo local onde sentia que os cachorros estavam com imensa dificuldade em prosseguir. Ele, então, soltou-os para que pudessem sair correndo para o lugar que vieram. O trenó ficaria por ali mesmo, quem sabe Izuku o achasse na volta para casa ou, então, ele serviria como forma de identificá-lo caso seu corpo não fosse encontrado. Já que tinha suas iniciais gravadas em sua madeira. Fora um presente que ele ganhou de seu falecido pai, o qual estava muito doente na época, mas ele era muito pequeno para perceber que havia algo de errado. Já que seu pai sabia bem disfarçar quando estava perto do filho. Este fora o último presente que havia ganhado do mais velho e, agora o abandonava em algum ponto da montanha para ser soterrado pela imensidão branca. Ele não tinha escolha, precisava seguir seu maior sonho, como seu pai havia dito para fazê-lo, e Izuku preferia acreditar que o mais velho estaria consigo e seu presente o deixou mais perto de cumprir com seu objetivo de vida. 
Aquele monte sempre possuiu um magnetismo incrível e misterioso que atraía Izuku e perturbava o garoto de uma forma que ele não poderia se sentir completo sem alcançar o topo, ou morrer tentando. Ainda assim seria digno. Embora sua mãe não entendesse, ela nunca entendeu essa necessidade abrasadora do filho, a chama nos olhos verdes de Inko há muito já havia se apagado. Quando perdeu o marido, a mulher se tornou mais distante ainda do filho, o que só serviu para aproximá-lo do chamado, que Izuku não sabia diferenciar se vinha da montanha ou de dentro de si, como uma baboseira qualquer de livro. Todavia, fazia sentido. Por mais clichê que pudesse soar. Cada passo era dado em direção ao seu destino e Izuku podia sentir isso tanto que, mal havia notado o vento cortante em suas bochechas sardentas, seus pulmões queimando pelo frio e seus músculos cedendo o fazendo cair fundindo-se a neve. 
Perdendo completamente os sentidos, Izuku ficou ali, ele não sabia se por horas ou apenas minutos, só que ele não sentia mais nada em nenhum lugar de seu corpo. Era como se ele nem tivesse mais um corpo, não sabia dizer ao certo o que era ele naquela imensidão branca. Seria esse o seu fim, fundir-se com o monte que tanto cobiçou em toda sua vida, mesmo que não tivesse ideia do porquê? Não sabia se eram as flores ou o monte em si, só que não fazia mais diferença, estava onde deveria estar. Junto da grandeza branca e gélida, será que era isso que seu pai havia visto antes de partir? Não. Seu pai fora uma boa pessoa em toda sua vida ele, com certeza, não veria aqueles dois olhos vermelhos que Izuku estava vendo ao despertar com o corpo meio inchado e dolorido. Estaria ele no inferno? Se estivesse, por que estava se sentindo tão bem? E quem era aquele ser tão alto e com vestimentas brancas e felpudas que pareciam quentes e confortáveis? Sem se dar conta, Izuku foi se aproximando mais da figura para que pudesse acariciá-la. Contudo, assim que sua mão entrou em contato com o pelo branquinho, ele sentiu uma lâmina terrivelmente fria prensar seu pescoço semi tampado. 
Aqueles olhos rubis queimavam em sua pele e Izuku não podia ver muito mais do que eles, já que o resto da face do indivíduo estava tampada por um pelo perfeitamente branquinho, como se aquele ser nunca tivesse se sujado na vida. 
"O que faz aqui?" Perguntou com uma voz rouca e grossa que fez Izuku estremecer, mas não de frio. A figura o olhava como se o conhecesse ou talvez só não tivesse interesse em saber quem era. "O que faz aqui?" Perguntou novamente, desta vez de forma mais agressiva. 
Izuku o encarou com os olhos arregalados ao ver os lábios daquele ser em meio aquela plumagem branca e constatar que não estava sonhando, além de que aquele bicho não era humano, embora falasse perfeitamente. 
"Eu… vim chegar ao topo da montanha, senhor." Falou quase como se pedisse permissão para prosseguir com seu objetivo. O grande monstro branco o encarou e começou a rir escandalosamente, o que não deixou de irritar o garoto de cabelos verdes. "Eu sou perfeitamente capaz  de concluir isso." Disse determinado. "E não é você nem ninguém que vai me barrar." 
Os olhos vermelhos se estreitaram encarando o indivíduo menor com raiva. "E quem você pensa que é para achar que vai conseguir chegar ao topo?" Perguntou com uma intensidade maior em seus rubis. "Você mal tem o porte necessário para isso e, eu duvido que você sequer tenha algum preparo físico." Disse quase que cuspindo as palavras, Izuku precisou respirar fundo e contar até dez para não insultar aquela criatura. 
"Eu não sei quem você é, mas eu sou Izuku Midoriya e penso que sou capaz o suficiente para chegar ao topo disso. Esse sempre foi meu grande sonho e, mesmo eu não fazendo ideia do porquê, essa montanha me chama para ela, como um incessante canto de sereia, desde que eu me entendo por gente. Então não vá pensando que eu vou desistir só porque um grande homem branco e peludo falou para eu fazer. Porque eu não vou, nem que isso me mate." Disse com um fogo diferente em seus olhos, não era raiva, não mais. 
A criatura peluda ficou surpresa com aquelas palavras, mas depois riu com escárnio e balançou a cabeça freneticamente, como se estivesse tentando lidar com algo próprio, do qual Izuku não tinha acesso. "Eu deveria te matar agora." Disse com um sorriso sombrio. "Antes que a montanha o faça. Esse lugar amaldiçoado que mata e engole pessoas a todo ano. E você é só mais um idiota que não sabe quando parar." Riu como se tivesse feito uma piada, embora tivesse usado um tom semelhante. 
"Faça isso. E ela vai se enfurecer." Disse Izuku retribuindo o sorriso sombrio. "Quer se tornar mais uma das vítimas dela?" Perguntou pegando o loiro de surpresa. Este trincou os dentes e saltou uma veia na testa e no pescoço, embora não pudesse ser percebida pela imensidão de pelos que lhe cobria a face e o corpo nu. 
"Quem você pensa que é, hein?" Perguntou novamente. "Quem, garoto irritante? Eu sou muito mais que você e nunca subi nessa merda. Por que você acha que uma coisa insignificante como você pode conseguir? Que direito você tem de pensar isso?" Falou meio atordoado sem saber muito bem o que pretendia com aquelas palavras. 
"Eu não me importo com o que pensa de mim, criatura. Eu vou chegar naquele pico e ver as flores desabrochando, nem que eu morra tentando e eu não me importo de morrer." Falou irritado. "A não ser é claro. Que seja por suas mãos peludas." Se levantou bruscamente colocando a mochila nas costas. Ele não sabia exatamente em que localidade da montanha estavam, só que o grande monstro o havia levado para um buraco que mais parecia uma gruta e até que era bem quente ali, se comparar com o resto do monte frio. 
"Vá se matar na neve." Bufou o monstro descontando a turbulência interna que sentia no garoto. "E morra bem lentamente de hipotermia."
"Eu não me importo com isso." Foi o que Izuku disse antes de sair e sumir facilmente na imensidão branca, deixando apenas pegadas que, com o tempo, seriam apagadas.  
Ele demorou para se situar na montanha, até perceber que aquela gruta ficava muito mais alto que já havia subido, o que era incrível para ele. Assim ele ganharia bastante tempo subindo, mesmo que ainda faltasse muito, ele estava novo em folha e perfeitamente recuperado desde que saiu da caverna do homem branco das neves. Ele se perguntava como a criatura havia feito para aquecê-lo já que não havia nenhuma fogueira acesa e pouco parecia ter destreza para acender uma. Com aquelas mãos imensas e peludas e porte bem maior que um ser humano normal, como será que aquele bicho havia se formado? Seria ele uma maldição, tal como dizia? Ou um tipo de espécie de homem das cavernas que havia se desenvolvido longe da civilização de forma que pudesse se adaptar àquele lugar? Era relevante aquela dúvida para sua escalada? A não ser que Izuku temesse virar um grande homem peludo, não tinha importância a existência do outro. Embora ele o tenha ajudado quando estava prestes a morrer congelado. Então, por que ele havia sido tão grosso com ele? Ele havia pisado em seus sonhos que conservava desde criança? Ou só havia lhe jogado a verdade na sua cara? Izuku não sabia se perguntar se essas coisas eram relevantes no momento atual, tinha um grande caminho pela frente e, teria que contar com a sorte para que tivesse um clima propício para escaladas. Porém, como nem tudo na vida são flores, em especial na de Izuku. Uma tempestade de neve havia se formado e ele caminhava com neve até seus joelhos, quase era impossível de se mover. Então, ele sentiu o desespero se formar em seu âmago, diferente de antes, agora não estava pronto nem disposto a morrer, o que tornava a situação muito mais amedrontadora. 
Olhando para cima, Izuku podia ver o topo da montanha florido como se estivesse debochando de si. Era tão bonito que ele nunca poderia imaginar alguém o alcançando. Embora a ventania se estabelecesse forte na parte de baixo, seu topo permanecia calmo, intangível, imaculado. Talvez aquela montanha fosse mesmo um lugar amaldiçoado. O homem branco tinha razão, este que deveria estar bem longe protegido em sua gruta. 
As sensações de dormência haviam voltado para seus membros e, desta vez, Izuku sentia sua garganta queimar junto com seus pulmões. Estava cada vez mais difícil de respirar e ele pensou que fosse desmaiar se braços grandes e peludos não tivessem lhe rodeado o tronco o jogando para cima dos ombros peludos. Foi rápido demais para Midoriya processar mas, quando deu por si, ele estava se deslocando em direção ao topo numa velocidade absurda. Aquele corpo inteiramente coberto de pelos era incrivelmente macio e Izuku queria poder dormir nele para sempre. 
Enquanto a criatura rumava para o topo da montanha a tempestade pareceu se intensificar, Izuku teria sentido mais frio se não estivesse em contato com o corpo quente do outro. Quanto mais alto, mais forte ventava. Até que se dissipou, os ventos, a nevasca, e até o frio. Tudo parecia calmo lá de cima, era como se não existisse mais neve, apenas flores. Muitas flores de diversos tipos, algumas até de clima tropical. Porém, isso não parecia surpreendente já que aquele lugar era como uma parte do paraíso na terra. Depois de tanto gelo, tanta dor, Izuku encontrou algum significado ou simplesmente deixou para trás seu desejo obsessivo se abrindo para outras coisas, como uma flor daquele lugar bizarro. Ele ficou algum tempo imerso em tanta beleza, até mirar o que mais parecia ser um anjo. Trajava uma roupa branca, tinha cabelos loiros e os olhos que pegaram Izuku com tudo, o jogando de volta a realidade. 
"Você é a criatura das neves." Constatou surpreso, agora fitando o ser humano, belo como um querubim a sua frente. O garoto se virou para ele e sorriu.
"É Katsuki Bakugou." Disse como se o próprio nome lhe parecesse incomum. "Eu o abdiquei há muito tempo, optando por me tornar a fera que eu parecia." Falou de forma melancólica e Izuku se aproximou mais para analisá-lo ainda não acreditando no que havia acontecido. 
"Como?" Perguntou com os olhos brilhando em curiosidade. Este brilho aqueceu o coração triste do homem solitário à sua frente. 
"Deve fazer uns dez anos." Disse conforme suas lembranças saltavam para fora, estas que ele fizera questão de ignorar por muito tempo. "Eu vim escalar aqui, eu sempre me considerei alguém imbatível. Eu era fã de esportes radicais e tudo mais. Até que eu fiquei sabendo deste lugar." Falou com uma dor no olhar. "Então eu decidi subir com um instrutor que eu contratei um dia antes. Mas suspeito que o cara era um charlatão pois o idiota me deixou sozinho, na primeira nevasca que teve ele foi correndo de volta até o pé do morro. Mesmo a gente já tendo subido tanto e o chão parecendo mais distante que o topo. Idiota." Resmungou vendo que Izuku sequer piscava o olho esperando atentamente pelo desfecho. "Eu continuei subindo, até que me desequilibrei e torci o tornozelo. Foi uma torção bem feia, mas por eu estar com o sangue fervendo eu só percebi depois que cheguei a uma caverna e comecei a sentir dor. Ela que eu pensei que fosse minha salvação, mas foi só um empurrão para o fundo do penhasco que tentava ferozmente escalar. Nos primeiros dias, eu só ficava chorando de dor e pedindo por ajuda, mesmo que no fundo eu soubesse que ninguém viria me salvar. Depois, quando eu me dei conta de que estava aos poucos definhando e aquele frio parecia cada vez mais penetrante. Eu sentia como se meus órgãos estivessem congelando. Em toda minha vida, eu me coloquei riscos desnecessários, era empolgante e nunca dava em nada, além de uma boa história para contar. Até que finalmente me dei conta de que não haveria história dessa vez. Só o meu fim." Katsuki respirou com dificuldade como se aquela história o cansasse só de ser dita. "Eu chorei e implorei para que fosse salvo e, eu não sei se foi porque eu já tinha perdido a razão ou se realmente aconteceu de forma tão improvável como eu me tornar aquele monstro gigante, mas eu vi uma flor brotar daquele chão frio e infértil como o próprio gelo. Eu vi, uma flor branca e azul surgindo de lá e o resto é história. Eu acordei como você me conheceu e completamente curado. Eu só não sei se aquilo foi milagre ou maldição." Contou rindo e Izuku sorriu junto.
"Você pode chamar de milagre, já que conseguiu sobreviver e chegar ao topo dessa montanha tendo, sem dúvidas, a maior história para contar." Falou sorrindo mas com uma dúvida lhe sondando. "Eu só não consigo entender como você esperou tanto tempo para subir…" 
Katsuki riu sem humor. "Como você reagiria se, de repente, acordasse no corpo de um monstro?" Perguntou e Izuku deu de ombros. "Pois eu pensei que se eu voltasse as pessoas iam me receber com tochas nas mãos. Fora que o topo da montanha havia perdido o total sentido para mim. Quer dizer, se eu soubesse que isso me traria de volta a forma humana eu com certeza teria vindo antes. Mas, eu só decidi vir por sua causa." 
Izuku não conteve a expressão de surpresa arregalando ainda mais os olhos grandes. "É m-mesmo?" Perguntou sentindo seu corpo se aquecer. 
"É claro. Eu não falava com ninguém há anos e, de repente brota você com um sonho idiota e um desejo suicida de escalar essa merda. Isso com certeza mexeu muito comigo, pois me lembrou de quem eu era." Disse com um sorriso bobo na face. "Pela primeira vez em anos, eu quis sair de verdade dessa montanha invés de me esconder." 
Izuku se aproximou do homem à sua frente completamente admirado, como se olhasse para um ser celestial, sentindo o calor que ele emanava. Se inclinou deixando seu rosto bem perto do do outro, até fazer com que seus lábios roçassem. Para a sua surpresa, o outro não havia se afastado, e permitiu que ele fizesse o que pretendia selando os lábios num ósculo calmo mas repleto de sentimentos intensificados pelo calor do momento. 
"Faz muito tempo desde que ganhei um desses." Comentou Katsuki rindo. "Mesmo um tão inocente." Falou passando as mãos por trás de Izuku que fitava os botões de sua blusa para não encará-lo. "Posso?" Perguntou se inclinando novamente para perto do rosto corado do menor. 
Este assentiu e o loiro permitiu-se saborear do beijo alheio. Como se sua vida dependesse disso, como se tivesse conseguido um copo de água após passar uma semana no deserto. Parecia bem melhor depois de passar anos sem o menor contato humano. Não tinha pressa, e não poupava os toques e carícias lascivas no corpo alheio, enquanto suas línguas dançavam ao som de uma doce melodia que Katsuki muito não tocava,  agora amando o som que faziam juntos. Era viciante. Tanto que, quando se separaram ofegantes, ele o manteve em seus braços. Até que lhe foi cedido mais um beijo e outros subsequentes. Eles ficaram assim durante um tempo, nenhum dos dois queria parar para descer a montanha que continuava tão assustadora quando vista de cima. Izuku engoliu o seco até sentir o toque quente em sua mão. 
"Vamos?" Perguntou o loiro o encarando de forma calma e feliz. 
"Vamos." Respondeu sentindo-se acalmar completamente. Pois agora não estava mais sozinho, como estivera durante anos, nem sequer sentia frio. Quem diria que o abominável homem das neves pudesse ser caloroso como o sol. 

Espero que tenham gostado s2.
É uma fic bem aleatória que saiu do fundo da minha cabeça kkkk

Abominável homem das Neves Onde histórias criam vida. Descubra agora