— "Os seguintes dados referem-se ao valor de exportação para..." — Yaman piscou e suspirou novamente.
Já era a terceira vez que tentava ler o início daquele parágrafo e não conseguia. Sua cabeça sempre o levava para algo totalmente diferente. Sua esposa.
Ele jogou o contrato em cima da mesa e afundou na cadeira. Deveria terminar de analisar aquilo ainda naquele dia, mas sua mente se recusava a focar em algo que não fosse Seher. Ela em sua cama, para ser mais específico.
Desde a noite anterior ele não conseguia esquecer do momento que os dois tiveram na cama. A lembrança de sua esposa se contorcendo diante de seus toques o deixava sem fôlego.
Ele sabia o quanto Seher sempre emanou uma áurea sensual, mas a forma como ela gemia o seu nome elevou essa noção a um nível muito maior. Se ele fechasse os olhos naquele momento, poderia ouvir facilmente sua voz e sentir o aperto de seus dedos em seu braço enquanto implorava para ele não parar.
Yaman balançou a cabeça levemente, com o objetivo de espantar tais pensamentos. Ele deveria focar no trabalho. Se continuasse assim, o volume em suas calças aumentaria e qualquer pessoa que entrasse no escritório perceberia.
Como se o universo ouvisse seus pensamentos, de repente passos puderam ser ouvidos vindos do corredor até sua porta. Ao perceber isso, ele pegou rapidamente o contrato e tentou mais uma vez ler aquele maldito parágrafo.
A porta foi aberta e a razão do seu prazeroso tormento entrou.
— Eu trouxe café para você. — Seher colocou o bandeja sobre a mesa e logo Yaman desconfiou da razão de sua vinda.
Deixando as memórias da noite passada de lado por alguns segundos, ele olhou para ela com um semblante que deixava claro a resposta para a pergunta silenciosa dela.
— Por favor, só dessa vez. — Ela usou seu tom mais meigo para pedir.
— Já ligamos três vezes. — ele pegou o café. — Se fizermos isso de novo, a escola vai bloquear o meu número. Se é que já não bloqueou, assim como eu desconfio que bloquearam o seu.
Naquela manhã, a escola de Yusuf havia levado as crianças da turma dele para um aquário e Seher estava se corroendo de preocupação.
— Foram apenas dois adultos para aquele tanto de crianças. — Ela colocou o próprio celular em cima da mesa e começou a andar de um lado para o outro. — E se o Yusuf se perder?
— Tenho certeza que eles sabem como lidar com eles e o aquário tem seguranças responsáveis pelo controle de entrada e saída de crianças. — ele explicou mais uma vez.
— Eu deveria ter ido com eles. Poderia ajudar as professoras. — Ela continuou agitada.
Yaman deu um leve sorriso. Sua esposa era uma pessoa extremamente impaciente e preocupada.
— Venha aqui. — ele afastou a cadeira da mesa com um impulso de seus pés e estendeu a mão para ela.
Seher olhou para a mão dele por alguns segundos e relutantemente aceitou. Ainda não conseguia olhar para ele sem se sentir envergonhada após os eventos da noite passada, mas ele era a única pessoa capaz de acalmá-la.
Yaman puxou a mão dela e a sentou em seu colo. Ela ficou surpresa com o movimento e seus músculos ficaram tensionados por um momento, mas logo relaxou quando ele tocou o rosto dela.
— Fique calma, ninguém vai perder nosso sobrinho.
Quando ela fez menção de responder, foi interrompida pelo celular de Yaman.
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Attraction
FanfictionNessas três partes, Yaman irá ensinar Seher a se acostumar com seus toques e finalmente se entregar de corpo e alma ao casamento.