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#DocedePessego
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Boa Leitura.
Os elegantes ômegas pertencentes às classes mais altas da aristocracia londrina costumavam abrir seus salões para as visitas durante a temporada de bailes reais e esperavam de seus visitantes uma etiqueta impecável. O horário era sempre vespertino, normalmente entre as três da tarde e sete da noite. Tornou-se um hábito ter um dia fixo para as visitas formais, o que permitia uma melhor organização, já que essas visitas exigiam que houvesse bebidas e comidas adequadas a certo número de visitantes.
A duração das visitas variava muito. A boa educação ditava que, se você estivesse indo à casa de um ômega com títulos pela primeira vez, a visita deveria ser breve, entre dez e quinze minutos; se o anfitrião pedisse, porém, você poderia permanecer mais um pouco.
Mesmo nesses curtos quinze minutos, o visitante estava submetido a um julgamento muito detalhado por parte do círculo social de seu anfitrião. Causar uma boa impressão nesse momento poderia resultar em convites para visitar outras famílias de boa posição — e garantir sua aceitação no mundo da "boa sociedade" — ou para eventos como bailes e jantares.
Diversos aspectos relativos às boas maneiras dos ômegas visitantes eram detalhadamente analisados nessas visitas.
A origem: se o ômega pertencia a uma família com bom nome, antiga, ou de fortuna recente; Riqueza: a renda da família também era avaliada. Se ela tivesse um bom nome e pouco dinheiro, como no caso de uma nobre empobrecida, o nome da família ainda contava mais que o dinheiro em si. A moral: se o visitante ou família tinha algum escândalo, por mais antigo e secreto que fosse, isso fecharia muitas portas na sociedade. Educação: se o ômega conhecia todos os códigos sociais e sabia se portar de acordo com a sua própria posição na sociedade. Apresentação: a roupa escolhida, o perfume, o penteado, a postura ao sentar, o modo de caminhar e o gestual eram algumas coisas que contavam muito na visita. Além disso, avaliava-se a capacidade de falar corretamente, com uma voz doce e sem erros ou uso de palavras consideradas deselegantes como os sotaques do interior, e de manter uma conversação agradável sobre trivialidades e modismos.
Falhar em qualquer um desses quesitos criava uma dúvida se o ômega estaria à altura do círculo no qual tentava entrar. O sucesso, porém, garantia uma aceitação triunfal e convites para outros eventos sociais.
Tendo em vista que logo faria vinte anos e pouco havia frequentado as mansões pomposas de Norwich, Park Jimin via nessas solenidades um desperdício de seu precioso tempo. Contudo sempre estivera fora de seu alcance contestar qualquer ordem vinda de sua mãe, tão eufórica nos últimos tempos em arranjar casamento de renome para ele.
— Calista! Por que Jimin ainda não está pronto? — Dahye esbravejou no topo da escada. — Vá chamá-lo, teremos a prova dos vestidos agora e à tarde iremos visitar Lady Jane. Apresse-se!
— Sim, condessa! — a criada respondeu seguindo para o quarto do ômega.
O quarto de Jimin em nada se comparava ao luxo e sofisticação de outros tantos no condado. Por mais que Dahye tentasse colocar os mais caros tecidos e cortinas, o ômega sempre arrumava um jeito de retirá-las, assim como fazia com toda a mobília indesejada.
Calista entrou de mansinho, sem fazer barulho e sentou-se no recamier. Sempre esperava que Jimin despertasse antes de abrir as janelas, pois a luz forte vinda lá de fora irritava seus sensíveis olhos azul-céu.
— Bom dia, raio de sol! — ela disse baixinho, ouvindo um resmungo dolorido vindo debaixo dos cobertores.
— Dói muito... — Jimin transformou o gemido em palavras, soltando o som com dificuldade.
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The Crow's Fate 𓅂 Jikook ABO
Fanfiction[ EM ANDAMENTO ] Reinado de Alexandrina Victória Londres, 1861. Jeon Jungkook, o Duque de Strand, era um alfa lúpus fora do convencional. Boêmio, frequentava os bordéis mais luxuriosos de Westminster e não se importava com os costumes da realeza, se...