Estava tudo tão escuro, minha mente se encontrava vazia em meio à todo aquele breu caloroso e silencioso, a paz daquela infinita escuridão era intangível. Continuei caminhando naquele silêncio até que vi um ponto de luz e corri em sua direção, quanto mais me aproximava da luz, com mais clareza ouvia aquela voz grave, chamava por meu nome de forma quase que desesperada e quando finalmente alcancei a luz.........
- S/N ACORDA LOGO, TÁ SURDA? - amável como sempre.
- keisuke, o que você está fazendo no meu quarto?
- vai faltar ao treino de novo?
- o shinichiro vai estar lá? - perguntei com as orbes brilhando.
- não, ele saiu com a emma!
- então não vou! Sai do meu quarto, meu pai não vai gostar de ver um menino subindo minha janela.
- ah mas você vai sim - antes que eu pudesse me defender, baji já estava me puxando para fora da minha cama - o mikey disse que ganha de você, vai mesmo deixar ele ganhar?
- eu não tô nem aí pra essas coisas, o mikey é um exibido - falei jogando a cabeça para trás demonstrando tédio.
No fim, keisuke me obrigou a ir para o dojo, o treino foi extremamente entediante, nada de novo. Apenas golpes no ar e o mikey se exibindo - "como shinichiro pode ser tão diferente desse moleque?" - pensei encarando mikey com desdém.
- inveja s/n? - mikey perguntou me olhando enquanto continuava sua sequência de chutes.
- a única coisa que me causa inveja vindo de você é o fato de que não posso ver o shinichiro todos os dias, já você pode.
- s/n me ajuda no treino? - baji perguntou com entusiasmo.
- uhm, claro. - eu e baji nos posicionamos a meio metro um do outro, vi ele se posicionar e vir em minha direção com uma brutalidade enorme. Se tivesse me acertado teria ficado marcada, mas pra minha sorte sou tão rápida quanto qualquer um daquele dojo. Continuamos algumas sequências de golpes, baji se distraiu por um segundo e então lhe dei uma rasteira, após o ver cair corri em sua direção para ajudá-lo e então fui de encontro com o chão juntamente à meu amigo.
- KEISUKE! - era possível ouvir a risada do moreno em todo o dojo, ele com certeza não era nem um pouco discreto.
- você deveria ter visto sua cara HAHAHA.
- vocês dois com certeza tem muita energia, como é bom ser jovem.
- ah, olá vovô Sano! - me curvei em respeito. - o shinichiro e a emma já voltaram? - perguntei com um enorme sorriso.
- apaixonadinha - ouvi keisuke e manjiro debochando.
- estão desesperados para levar um soco? - perguntei serrando os punhos.
- não, não HAHAHA - mikey era sem dúvida um garoto irritante.
Ouvi a moto do shinichiro e então me virei e vi ele com emma em seus ombros enquanto carregava várias sacolas em suas mãos. - EMMA - fui em direção aos dois acompanhada de Sano e baji.
- s/n! - Emma saiu dos ombros do mais velho e me abraçou. - vamos brincar? - "vamos" - respondi entusiasmada, mas antes de ir em direção ao quarto de emma shinichiro chamou meu nome.
- s/n acho melhor você ir para casa, se não me engano aquele homem alto com cara de criminoso é seu pai - ele falou quase em sussurro com medo que meu pai o escutasse.
- ah.....vou indo pessoal, até amanhã! - me despedi de todos e corri para casa.
Subi a árvore que levava ao segundo andar e fui direto para meu quarto, não queria nem pensar na bronca que levaria de meu pai por conta do dojo.
Os dias foram se passando e eu tentava ignorar meu pai, o que não era difícil já que ele nunca estava presente em casa..... baji e mikey tinham me dito que haviam feito novos amigos fora do dojo e que iriam sair juntos, no fim acabei sendo convidada para ir junto.
- vamos indo rápido, não quero chegar atrasado! - keisuke se pronunciou me puxando pela mão.
- ei, calma, não vamos nos atrasar kei.
- você sempre fala isso e sempre apanho do vovô Sano por culpa sua. - senti um olhar mortal sob minhas costas.
- calminho baji- kun, vai indo na frente, quero passar na loja de conveniências. - falei o empurrando até a porta da minha casa.
Ele me deu um papel com o local de encontro escrito com detalhes de como me localizar, assim que keisuke foi embora peguei minha bolsa e corri até a lojinha mais próxima, quando saí da loja com algumas guloseimas para os meninos vi um grupinho de delinquentes cercando alguém em um beco. - "não é da sua conta" - pensei, mas enquanto caminhava ouvi um grunhido de dor vindo do beco e minhas pernas congelaram. Por mais que não quisesse me meter em confusões meu corpo se moveu sozinho, era como se meus pés não conseguissem seguir as ordens que ondas de choques enviavam ao meu cérebro o dizendo que se aproximar daquele local traria riscos à mim.
- EI, LARGUEM ELE - após berrar aquelas palavras meu coração acelerou e o medo se instalou em meu corpo, eram vários homens grandes e aparentemente fortes, enquanto eu era apenas uma criança com pouco menos de 12 anos.
- olha só, a menininha quer participar da brincadeira? - um homem alto de cabelos negros falou se posicionando para desferir um chute no abdômen do menino caído no chão.
Em um momento de adrenalina corri o mais rápido que pude e o derrubei antes que pudesse chutar aquele menino.
- uou, ela é rápida!
Peguei a mão do menino caído e o puxei correndo o mais rápido que consegui com o pouco fôlego que me restava naquele momento.
- ei...você tá....bem? - falei em espaços de tempo enquanto tentava estabilizar minha respiração.
- sim *cof cof* - ele tossiu sangue.
- sinceramente, que irresponsável. - direcionei uma garrafa de água junto a um analgésico em sua direção. - tome e procure um médico, sou boa em primeiros socorros mas acho que você vai precisar de um raio-x.
- ah, valeu. - ele tomou o analgésico, e então, segui meu caminho correndo por já estar atrasada.
- KEISUKE, EU TÔ AQUI! -gritei acenando com os braços levantados.
- você se atrasou sua idiota. - o moreno me desferiu um soco no topo da cabeça. - keisuke! - resmunguei o fazendo rir.
- capítulo com 1032 palavras
Oiii gente, tudo bem? O que vocês acharam do capítulo?
Quais suas sugestões para os próximos?
VOCÊ ESTÁ LENDO
|OUR BRANDS| - Manjiro Sano/ Mikey
Fiksi PenggemarDois amigos de infância, interligados por linhas vermelhas, conectados por feridas passadas e destinados ao mesmo sombrio e impetuoso futuro.