A partir daquele dia, daquele fatídico e maldito dia em que Park Jimin deu ao seu subordinado a missão de entregar uma carta de amor SOMENTE em caso de morte, a vida de Kim Taehyung piorou em muitos porcentos.
Taehyung não era curioso, o problema não era a carta estar fechada faz duas semanas sem o Kim sequer dar uma olhadinha com a ajuda da luz da lâmpada, ou quase queimar com uma vela, até mesmo quase deixar voar pela janela na tentativa de ver melhor com a luz do sol, o problema é o dono da carta estar sem dar sinal de vida faz duas semanas e o encarregado da missão não saber se já é o momento certo de entregar a carta. A maioria dos policiais e agentes já voltaram da missão, grande parte com cortes e ferimentos profundos, porém a outra parte vieram normais, como se nem tivessem participado da missão. O Kim torcia para que o Park viesse bem, pois sabe que ele jamais iria se declarar se voltasse com alguma sequela grave, era orgulhoso demais pra se declarar e precisar de ajuda.
Taehyung bufou, movendo o papel branco e liso entre os dedos, um adesivo cinza prendendo de uma ponta a outra pra impedir que alguém que não fosse o destinatário a abrisse. Estava levemente perfumada com o perfume desconhecido pelo garoto.
- Jimin, Jimin...cadê você? - Sussurrou largando a carta em cima de sua cômoda e se dando um ultimato mentalmente.
Se até amanhã não tiver notícia do chefe, irá enviar a carta para o correio e, se por um acaso, ele der sinal de vida após a entrega da carta, ele que se vire pra resolver isso. Kim Taehyung não vai ser culpado por tomar uma decisão.
- Ah mas não vou mesmo! - Decretou pra si mesmo e agarrou um urso de sua cômoda, abraçando-o - Se ele estiver vivo, ele que se resolva com o tal Yoongi.
(...)
- O Jimin tá vivo! - Taehyung sussurrou pra si mesmo, desacreditado após ler o email que recebeu e que poderia jurar ser o aviso da morte do chefe, porém, entretanto, todavia, foi pra avisar de sua vida intacta - Ai, droga, o Jimin tá vivo! Ele tá vivo! Isso é-
Parou no último momento, olhando pra outro lugar que não fosse seu notebook novinho em folha. A imagem de sua pessoa carregada de determinação andando pelas ruas de Seul com uma carta na mão e o dinheiro da passagem na outra passa pelos seus olhos como o desemprego está passando na sua frente.
- Isso é...é? Isso é????? - Se perguntou e arregalou os olhos lentamente. A situação em que se meteu processando em sua mente como um queijo ralando, lentamente.
"Taehyung, peço perdão pela demora, eu estava no hospital e a ala em que eu estava internado era proibida a entrada de qualquer aparelho, fiquei incapaz de enviar qualquer sinal de vida. Você fez o que eu aconselhei, certo? Esperou dar um mês para, assim, enviar a carta para o destinatário, certo?
Aguardo respostas. At.te, Park Jimin."
O QUE ELE ACONSELHOU?? Ele disse "em caso de morte", foi claro e objetivo, e o Kim, como o bom assistente que é, fez o que ele mandou. Em sua mente, o Park estava morto e enterrado a sete palmos do chão, o Min já estava com a carta na mão e já devia ter chorado horrores enquanto se perguntava do por quê de ter enrolado esse amor que poderia ter tido sucesso até a morte. Um bom e velho romance com um final triste, não um final triste com a morte de Kim Taehyung, um inocente cujo único erro foi tentar acertar.
Tendo noção de que precisava se apressar, deu uma boa e satisfatória mordida em sua coxinha antes de se levantar, fazendo leves birras como sacudir os membros inferiores enquanto resmunga com a boca cheia. Vai ter que resolver esse problema pessoalmente, nem que seja ir falar com o Min e insistir que ele apenas ignore a carta e devolva para suas preciosas mãos.
(...)
- Bom dia, você consegue me levar até...este endereço? - Taehyung perguntou mostrando o endereço da casa do Min em seu celular, observando o mototaxista semicerrar os olhos pra enxergar as letrinhas antes de assentir com a cabeça.
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Missão: recuperar carta de amor - TAEKOOK . YOONMIN
FanfictionKim Taehyung é um ômega e secretário de um policial que vai para uma missão e decide deixar para o Kim a pior e mais perturbadora missão de todas: "- Se eu não voltar, envie a carta que está em cima da minha mesa para a pessoa que eu amo." Entretan...