HOTEL DO PÂNICO

Vítima

Tudo começou com a noite caindo e com ela uma tempestade surgirá, corro pelos corredores desesperada, aonde está a saída? Passos se aproximam e logo uma voz.

-Aonde você está?

Um calafrio escorre pela minha espinha, ele está perto, eu estou com medo, será que ele vai me achar atrás da cortina? Meu sangue gela quando o vejo virar o corredor com sua capa preta, no rosto uma máscara manchada de sangue. Quem seria? O que eu fiz? De quem é aquele sangue?

-Quer brincar de esconde esconde? Ok.

Ele começa a andar bem devagar, um passo depois outro, e com a faca risca a parede, acho que ele está olhando para mim, não a cortina é espessa como me enxergaria? Ele entra em um dos quartos fecho meus olhos tenho que acalmar minha respiração está muito agitada quando abro meus olhos vejo ele parado diante de mim somente a cortina nos separa tento fugir mas sou imobilizada contra a janela.

-Ai!

Esse golpe deve tê-lo machucado! Mais um golpe no joelho! Ele tem que me largar!

-URGH! Já basta, você vai ver só!

-HUMPF!-Ele me apertou tão forte que não consigo mais respirar!-AH!

Eu me senti impulsionada para trás em um turbilhão de cacos de vidro e dor...Antes de cair com uma rapidez vertiginosa. Eu senti o vidro cortar os meus braços, meu rosto, abrindo inumeráveis rios escarlates que manchavam de vermelho a minha visão e se entrelaçavam pelos ares. Eu devo ter caído em um jardim, o que amorteceu a minha queda. Eu tenho a impressão de que tudo está acontecendo lentamente agora...A chuva fria molha meu rosto. Eu tenho que sair daqui é tanta dor. Eu não quero...eu não quero morrer.

Como dificuldade me levanto, tenho que sair daqui antes que ele me encontre, pego minhas chaves e me dirijo ao estacionamento, ele está lá corro até meu carro que não quer ligar e ele está tentando quebrar o vidro, então o carro pega, preciso procurar ajuda, não nessa cidade, preciso fugir meus braços e meu rosto não param de sangrar, entro na rodovia.