Olá, meus queridos. Tudo bem? Espero que sim!
Hoje nós vamos trabalhar nossas estratégias na hora de escrever. Você vai aprender de forma fácil e rápida quatro dicas que vão melhorar sua escrita em um milhão por cento. Vamos lá?
1) CUIDADO COM OS ADJETIVOS: você já viu alguma descrição com frases do tipo: "A mansão era imensa e extremamente espaçosa"? Mas o que há de errado aqui? Pois bem. Uma mansão já configura algo grande, certo? Então qual o propósito em dizer "extremamente espaçosa" sobre algo que já é autoexplicativo? Na prática, uma MANSÃO já é ESPAÇOSA! Bastava escrever: "Em todos os cômodos daquela mansão parecia caber uma casa comum dentro". Fica bem melhor, não? Outro exemplo é quando dizem: "Eu estava com frio. Coloquei uma touca na cabeça, pois o frio se intensificou e a temperatura caiu". Gente? Eu já li frases desse jeito e, de verdade, quis me matar. Pra quê tudo isso? Era só dizer: "Coloquei uma touca na cabeça quando notei o frio se intensificar". Na primeira há muitas informações irrelevantes, então não hesite em cortar.
2) FAÇA SURPRESAS: lembram que eu ensinei sobre como a ordem das palavras podem criar um ar de mistério na narração? Você também pode usar isso pra impactar o seu leitor. Imagine que seu personagem chega em casa e encontra o corpo de alguém ensanguentado, estirado no chão da sala. Como descrever essa cena de modo que ela tenha impacto quando o leitor lê-la pela primeira vez? Para isso, vou trazer dois exemplos bem simples para que vocês possam comparar e me dizer qual é o mais adequado para essa situação:
CENA 01: "aquele era um dia para ser esquecido. Pietro levara uma bela bronca de seu superior mais cedo por ter se atrasado. Praguejando durante o caminho, o jovem rapaz entrou em casa e se deparou com um corpo ensanguentado no meio de sua sala. Rapidamente, mas sem saber o que diabos estava fazendo, foi até o indivíduo e o virou. Era um desconhecido. Um indigente morto com uma faca enterrada no peito em sua própria casa. Um bom jeito de terminar o dia."
E aí? O que acham? Não é lá a melhor descrição pra essa cena, certo? Vamos para a segunda.
CENA 02: "aquele era um dia para ser esquecido. Pietro levara uma séria advertência de seu superior pelo atraso mais cedo. Mais um e ele seria demitido. Praguejando durante toda a volta para casa, o rapaz teve uma sensação estranha ao parar em frente da porta de seu apartamento. Um sentimento que mesmo ele não soube explicar. Ignorou. Pensou ter sido por causa do estresse na empresa. Girou a chave e entrou rapidamente. Apenas imaginando se jogar em sua cama macia e abraçar aqueles travesseiros confortáveis, cruzou quase toda a sala em poucos passos. Parou quando ouviu um barulho. Parecia ter pisado em algo molhado, talvez por causa daquela infiltração de anos no teto. Ao se virar, Pietro mal pode crer: havia uma poça de sangue no chão. Mais a frente, um cadáver revelava a fonte do líquido vermelho. Sem entender o que havia acontecido, o jovem se aproximou a medida que tentava conter os tremores em seu corpo. Virou o morto. Não o conhecia. Talvez terminar o dia desse jeito não estivesse em seus planos."
E então? Qual versão dessa cena te chamou mais a atenção? Me conta! Se tiver sugestões para melhorá-la, não hesite em comentar. Esse é o meu grande objetivo!
3) CORTE O QUE PUDER: taí uma coisa que me dói. Esses dias eu fui forçado a remover do meu livro três capítulos inteiros + cenas enormes, a maioria com mais de duas mil palavras. Isso foi muito difícil para mim, pois aquelas cenas tinham ideias muito boas inseridas e deu um trabalhão para escrevê-las. Mas por que eu decidi fazer isso? Pois bem. Apesar de incríveis, aquelas cenas não faziam sentido para a história principal. Não tinham razão para estarem lá! Você não precisa se desfazer das suas, só retirá-las do enredo principal. Futuramente, você pode colocá-las em um bônus no final do livro ou dedicar um capítulo para cenas extras. O importante é deixar no seu livro apenas o que é, de alguma forma, importante para a história.
4) VOCÊ NÃO É OBRIGADO A ESCREVER CERTO: eu sei que você deve estar pensando "Você tá maluco, garoto? Como assim?". É isso mesmo! Vamos focar nos diálogos. O que você acha mais natural, um "diga-me o que está havendo" ou um "me conta o que tá acontecendo"? Com certeza a segunda opção! Pois bem. Não tem nenhum problema usar as abreviações que usamos no dia a dia, como "tá, tô, tive..." ou escrever informalmente. Eu, pessoalmente, não vejo muita diferença entre falar (em livros) "diga-me" ou "me conta". Para mim soa a mesma coisa, mas se a gente trás isso para um contexto real, o que geralmente é o propósito de uma narrativa, é óbvio que uma forma de falar é mais natural que a outra.
Bem, por hoje é isso. Feliz 2022 para vocês!
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Dicas Para Escritores | 2
FanfictionTenho certeza de que você já deve tá exausto de tanto rodar a Internet em busca de dicas de escrita que realmente funcionam. Enrolação, vídeos nada objetivos ou pouco claros, conteúdos complexos demais... esqueça tudo isso! Seja muito bem vindo ao l...