TRÊS "ERROS" QUE ESCRITORES COMETEM

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Olá, pessoal. Como vocês estão hoje? Espero que muito bem. Hoje eu vou falar um pouco sobre três "erros" que todos os escritores podem cometer, seja um iniciante ou um experiente.

Vamos lá? O terceiro é o mais doido!

"ERROS"

Rimas e repetições | bem o primeiro deles é sobre palavras que possam rimar durante a narração. A menos que seja a sua intenção, ou seja, propositalmente, não é muito bom colocar, principalmente quando você o faz sem saber que fez. Mas o que seria isso? Por exemplo, eu tô lá narrando os acontecimentos e digo o seguinte: "Joana caiu e se esvaiu em lágrimas". As palavras "caiu" e "esvaiu" rimam. Quando lemos rapidamente, dá a sensação de repetição, como se estivéssemos lendo a mesma palavra duas vezes. Se você usar uma vez e propositalmente, tudo bem. Até se consegue um efeito legal com isso. Mas a minha dica é: use sinônimos quando notar que está repetindo demais as palavras.

Desrespeito ao narrador | em breve eu irei fazer um capítulo só sobre isso, mas para dar uma pincelada, este erro é muito prejudicial e podemos cometê-lo sem nem mesmo perceber. Quando escolhemos um narrador, escolhemos também as suas limitações ou não limitações. Quando estamos falando de um narrador personagem, ou seja, aquele que faz parte da história na maioria das vezes como protagonista, narra os fatos de acordo com as suas próprias perspectivas daquele assunto. Isso significa que nem sempre ele estará certo, que nem sempre suas visões serão um retrato fiel da realidade, justamente por causa da sua limitação em narrar os fatos apenas baseados em sua visão de mundo. Em resumo, o que um personagem viu em um acontecimento pode não ser o que o outro entendeu da situação.

Desrespeito ao tempo verbal | atenção, porque esta dica é maravilhosa: quando você escolhe narrar uma história no passado, não que seja obrigatório, mas é ideal que você permaneça assim até o final da história. Esse período do verbo funciona como se o protagonista da história ou narrador observador estivesse vivido/participado de toda história, e depois de tudo ter acabado, a estivesse contando ao redor de uma fogueira para seus amigos. Pode haver incoerências se você, sem motivos e de repente, passar a usar outro tempo verbal numa narração que já está no passado. A mesma coisa quando você escreve no presente. Se você começar usando esse tempo, é interessante que você use o mesmo período do verbo para o resto da narração. No presente, é como se você estivesse narrando o que está acontecendo neste exato momento com o personagem, ou seja, como se a história estivesse sendo feita enquanto ela é narrada. Por exemplo, quando eu digo: "Peguei a chave a coloco no balcão", o verbo "pegar" está no passado, concorda? Mas o verbo "colocar" está no presente. Desse jeito, fica confuso para o leitor entender se a história está se sucedendo no passado ou no presente, não acha? Portanto é legal que você pense no tempo verbal antes mesmo de começar a história. Se já o fez, é hora de revisar e readequar o tempo dos verbos! Em alguns casos, você vai precisar refazer a frase do zero, então mãos à obra.

ATENÇÃO: não existe certo ou errado em usar ou não mais de um tempo verbal em sua história. Pode acontecer de você querer relatar algo no presente em determinado trecho, ou usar os verbos no passado (futuro do passado/pretérito) para especular coisas que poderiam ter acontecido, enfim. A minha satisfação é que você use os tempos verbais de forma consciente E que esteja condizente com a proposta do seu livro.

É isso, pessoal. Obrigado por lerem!

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