Não Diga O Nome Dele

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( Maratona 10/10 )

Ainda encolhida no chão, pensando no que havia acontecido comigo no passado, do porque de ter tido o traumastimo craniano e, consequentemente, perdido a memória, resolvi ligar para Fugaku, afinal, ele e Mikoto deveriam saber do que eu lembrei.

- Oi Sakura. Aconteceu alguma coisa? - Era Fugaku.

- Sim, aconteceu. Mikoto está aí com você? - Perguntei me levantando, secando minhas lágrimas com a palma da mão e ajeitando minha roupa.

- Sim, ela está, mas o que aconteceu?

- Me esperem aí. Eu já estou a caminho, preciso falar com os dois

Desliguei sem esperar uma resposta vinda dele.

(...)

- Tudo bem com você querida? Seu rosto está todo inchado. O que aconteceu? - Estava na casa da família  Uchiha, sentada no sofá com Fugaku, enquanto Mikoto me trazia uma xícara de chá para acalmar os nervos. Desde que cheguei, ela não parava de me fazer perguntas, o que me fez perceber que estava realmente preocupada comigo, enquanto Fugaku não dizia nada, apenas me avaliava com uma expressão, hesitante.

- Eu estou bem sim. - Omiti. - Desculpem-me se estou atrapalhando, vindo até a casa de vocês a essa hora da noite, mas eu precisava arrancar essa angústia de meu peito, e não se preucupe. Também conversarei com meus pais. - Confessei os encarando.

- Tudo bem Sakura, nós não nos embravecemos de te receber neste momento. Mas estamos seriamente preocupados com você. - Pronunciou-se, Fugaku.

Suspirei e me acomoda mais no assunto.

- Eu me lembrei do que aconteceu comigo há sete anos. - Confessei baixo. - Eu me lembrei de como perdi a memória. - Olhava para os rostos dos dois que no mesmo instante adquiriram uma coloração esbranquiçada.

- Você lembrou? - Perguntou Mikoto, ao meu lado.

- Sim. E por isso vamos continuar com o que combinamos. Agora, mais do que nunca. - Disse convicta de minhas palavras, meio orgulhosa de mim por estar prestes a desmascarar o homem que me fez mal por um longo tempo. Kagami iria pagar.

Estava mais aliviada por dizer o que me machucava por dentro. Precisava falar para alguém que minha memória está ficando intacta.

- Tudo bem. - A mulher ao meu lado olhou para o marido, talvez contente por saber que eu tinha reagido da melhor forma possível diante da situação. - E você vai falar com Sasuke sobre isso

Minha alegria de repente se dissipou por ouvir aquele nome.

- Não diga o nome dele. - Disse séria me levantando.

- Por quê? O que aconteceu entre vocês?

- Nada com que tenham que se intrometer. Nós já decidimos o que queremos para nós dois.

- E o que seria? - Fugaku disse com os braços cruzados.

- Cada um cuidar da sua vida sem o outro. Não vamos mais nos falar. - Comentei já sentindo o choro formando um nó na minha garganta.

- E você está normal diante dessa decisão? - Mikoto perguntou talvez tão indignada quanto Fugaku aparentava estar.

- É claro. - Ri baixo, lutando contra as lágrimas. - Sasuke só pensa no bem estar dele. Não tenho espaço em sua vida, assim como ele não tem mais na minha. - Disse, vendo o quanto minha mão estava suada. Esse assunto logicamente me incomodava muito. - Enfim, não quero falar sobre esse assunto. - Já sentia que ambos me encaravam repulsivamente. E eu, estava na defensiva. - Ainda são 20h00min. Vou aproveitar que não está tão tarde e vou à casa de meus pais, contar a eles que eu me lembrei. Vão ficar preocupados, mas também sei que alegres, afinal eu estou me lembrando não é? - Não fui respondida. Tanto Mikoto quanto Fugaku encaravam-me, desapontados,  mas eu não ligava.

Psiquiatra De Um Assassino- Adaptação Sasusaku Onde histórias criam vida. Descubra agora