O canto dos corvos

Capítulo 1- As mensagens estranhas

Obs: nessa fic 🤠 eles n estão na cabana (casa q o Richy alugou)

*Narrado por S/N*

As coisas de Duskwood realmente tem tomado meu tempo. Eu passo a maior parte do meu dia procurando pistas, vendo as pistas antigas e tentando achar uma conexão ou simplesmente falando com alguém do grupo.
Mal tenho tido tempo para a minha família.

Minha família.... Não posso dizer que ela é exatamente feliz.
Moro com a minha mãe, que é extremamente reservada. Fala com poucas pessoas e quase nunca sobre o que realmente quer falar. Nem me lembro quando foi nossa última conversa...
Diferente do meu pai. Meu pai era alegre e simpático. Passávamos muito tempo juntos. As vezes a gente pescava, lia livros no campo, andava de bicicleta ou simplesmente saia andado por ai e fazendo amizade com esquilos que apareciam pelo caminho. Meu pai era um exemplo para mim, era a pessoa que eu mais confiava no mundo todo.

Tenho um irmão também. Cobby. Ele é 5 anos mais novo que eu. Era muito tímido e muito apegado a nossa mãe. Meu pai sempre o chamava para participar de nossas aventuras, e por mais que soubéssemos que ele queria ele sempre recusava e ia se esconder atrás de nossa mãe. Nossa mãe não tinha amigas boas. A maioria das pessoas que vinham aqui eram velhotas com rancor da vida e muita fofoca. O que com toda certeza não era boa influência pro meu irmão. Elas as vezes pareciam ter parado no tempo pois me repreendiam por estar usando calças e ainda por cima ir pescar. Nunca gostei delas. Meu erro foi não ter agarrado o braço do Cobby e ter trazido ele mais para perto de nós.

Meu irmão foi crescendo e sua timidez foi diminuindo. Com 6 anos, ele tentou se enturmar nas nossas aventuras. E ele realmente estava conseguindo. Porém, nesse mesmo ano, meu pai sofreu um acidente de carro e não sobreviveu.

Foi um choque e tanto para nossa família principalmente para mim. Nossa mãe ficou ainda mais fria. Ela cuidava da gente e da casa mas não dizia uma palavra sequer. Nem comigo, nem com o Cobby. A única pessoa que conseguia escutar o som da voz da minha mãe eram as senhoras que vinham a visitar quase sempre.
Eu estava muito abalada com a morte do meu pai. Mas tentava não demonstrar para dar forças ao Cobby. Eu queria mostrar que eu estava ali para ajudar e não para ser só mais um fardo. Eu queria ser forte, pelo Cobby. Mas meu plano não saiu como o esperado... De alguma forma, parece que eu deixei a entender que eu não ligava para a morte do meu pai. E isso fez o Cobby me odiar muito.

Nós crescemos e nada mudou. Com exceção do Cobby. Ele não é mais tímido, mas anda com más influências. Me odeia ainda mais que antes, e a mamãe só fala com ele. Seu Hobby é me irritar. Claro que eu não permito isso mas as vezes me da vontade de me matar ao invés de conviver com eles. Já pensei em fugir mas não posso fazer isso. Por mais que ele me odeie, ele ainda é meu irmão mais novo e eu o amo.

Agora Cobby tem 16 anos e eu 21.
Não temos uma relação boa.
Meus momentos felizes são quando converso com o grupo ou saio com a minha amiga.

Hoje o dia estava escaldante. Então fui tomar um banho. Por coincidência eu havia esquecido minha toalha no quarto. Mas quando eu voltei eu não tive uma visão muito boa...

S/n: O que você pensa que está fazendo Cobby??

Meu querido irmão mais novo estava olhando todas minhas mensagens de Duskwood. Se eu chegasse um pouco atrasada ele teria mandado uma mensagem pro Jake! Como eu me explicaria?

Cobby: É isso que você faz o dia todo? Quem são essas pessoas?

S/n: Isso não te interessa!

Cobby: Corvo, homem mascarado, menina desaparecida... É uma palhaçada! Essa brincadeira é idiota demais até para você.