Louis e Harry se conhecem ainda em crianças, numa manhã azulada de primavera, no estúdio de ballet. Desde ali, surge uma conexão insuperável, rodeada de amor e carinhos.
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Acordando pela manhã ensolarada, Harry abriu os olhos calmamente, olhando para o rosto delicado e angelical de Louis na sua frente.
Hoje era o grande dia. Harry se apresentaria num grande evento, abrindo o mesmo, com sua apresentação de ballet. Afirmar que o mesmo estava ansioso, era um eufemismo. O cacheado parecia queimar por dentro, e quase poderia suar de tamanho nervosismo, porém, observar Louis, seus detalhes perfeitamente imperfeitos, suas pequenas mariquinhas na epiderme morena, e longos cílios, acalmava sua mente.
É, tinha essa coisa estranha. O de olhar esverdeado sentia uma estranha sensação de lar invadir os seus pensamentos, todas as vezes que Louis estava presente.
Harry apreciava recordar os momentos em que, sempre que se sentia triste ou desanimado, Louis o enrolava num cobertor, lhe dando biscoitinhos e sussurrando palavras doces, enquanto aninhava sua "bolinha tristonha", como Louis apelidava, no calor dos seus braços confortáveis, até que se tornasse sua "bolinha feliz".
Louis era uma dádiva, algo precioso demais para habitar no mundo cruel e desumano onde, erroneamente, pertence. Na concepção de Harry, Louis era a melhor pessoa que já surgira na sua vida. O mais velho o protegia de qualquer ataque que o cacheado sofresse, fazendo questão de realçar o quão orgulhoso se sentia do seu menino, todos os dias, em todas as ocasiões.
- Hey, coração... - Harry foi retirado de seus devaneios pela voz melodiosa e levemente rouca de Louis. - No que meu menino tanto pensa, tão cedo, hm? - Louis perguntou, rente a seu rosto, delineando um carinho com seu polegar por toda a área da bochecha.
- Nada de mais, Lou... Só estou um pouco nervoso com a apresentação hoje. E seu presente de aniversário, para amanhã... - Harry mentira, parcialmente. Estava sim, nervoso, porém, não pensava nisso no momento citado. Porém, não seria nada adequado contar como meus pensamentos rondam em torno de você, e sua existência, pensou Harry.
- Você será incrível, amor. Sempre é. E me enche de orgulho sempre que usa seu vestidinho e tutu rosas, você é tão gracioso e delicado, como uma bonequinha de porcelana. Céus, meu bem. Você é tão magnífico! - O rubor nas bochechas de Harry era crescente, alastrando como água. - Tão vermelhinho, meu bem... - Louis constatou, rindo, mostrando seus dentes encantadores e belos. - E, não precisa se preocupar com presente algum, sua existência já é a coisa mais bela e gratificante que alguém poderia receber.
Harry não era bom com palavras. Nunca fora. Agia e demonstrava seu afeto através de ações. Deixou um singelo beijo na ponta do nariz de Louis, que sorriu com o ato singelo.
- Obrigado, Lou. Com você me acompanhando, eu tenho certeza que tudo correrá bem.
(...)
Louis e Harry cantavam as músicas mais belas e de energia contagiante no carro. O mais velho acompanharia Harry, que utilizava agora sua roupa de ballet rosa, com um tutu de tecido quase translúcido, e seu cabelo preso com uma fitinha rosa, num coque.
