Louis e Harry se conhecem ainda em crianças, numa manhã azulada de primavera, no estúdio de ballet. Desde ali, surge uma conexão insuperável, rodeada de amor e carinhos.
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- Não, Jull! - Harry alertou, observando a gatinha olhar para ele, voltando a arranhar as almofadas com suas garrinhas. - Quando o papai chegar, ele não ficará nada feliz, gatinha. Pensa só, nosso príncipe chegando do mercado, com nossa comida e sua namoradinha Ava, e vendo tudo isso! - Harry conversava com o animal, o segurando nas suas mãos. - Temos de arrumar tudo isso bem rápido. E você, fica na sua caminha.
Harry se apressou em arrumar tudo. Enquanto Harry assistia um filme italiano na televisão, (um romance sobre um homem e sua filha, que passam as férias num hotel em Veneza, até que, no meio de aventuras e desventuras, o homem e o simpático dono do hotel se apaixonam) Jull decidiu que seria uma ótima ideia morder com suas pequenas presas e arranhar com suas garrinhas todas as almofadas do sofá.
Harry estava levemente encrencado. Se passaram dez minutos, e ainda havia espuma do estofo das almofadas espalhado em diversos sítios da sala.
- Eu realmente não acredito que você fez isso, Jull! - Harry tentou fingir estar realmente irritado, mas se tornara impossível quando avistou a gatinha descansando tranquila. - E você, está aí tão tranquila e serena, que a mamãe não consegue ficar chateada com você!! Mas você vai ver, quando o papai chegar, eu não terei pena nenhuma de você, e... - Harry dizia, quando ouviu o som da maçaneta ser girada, e Louis entrando em casa.
- Cheguei, amor! Ava já está plenamente saudável! E eu trouxe macarrão, como você pediu! - Louis gritou do hall, colocando os sacos de compras na mesa da cozinha, e caminhando até à sala. - Okay. O que aconteceu aqui, princesas?? - Se referiu a confusão "provocada" por Harry e Jull.
- Sua filha destruiu todas as almofadas. Eu juro. Solenemente. Essa gatinha é a personificação do diabo. - Harry reclamou, observando a gatinha miar ao seu lado, em protesto.
- O que a mamãe fez com você, Jull? - Louis fingiu ignorar Harry, que se manifestou, colocando uma mão sobre o peito, ao ver o mais velho baixar-se para acariciar a gata. - Sua mamãe foi tão cruel, pobrezinha Jull.
- Eu não acredito, como você pode defender ela, amor? - Harry reclamou indignado.
- Eu só te perdoo, se eu tiver meu beijo. - Louis negociou. - E tem de ser aqui. - Apontou para os lábios.
- Perdoar? Lou, eu não fiz nada! - Harry revirou levemente os olhos.
- Eu sou imparcial, Hazz. Não tenho favorit... - Foi calado com um selinho longo nos lábios. - Jull, você está de castigo, vá para o cantinho.
- Que rápida mudança, hm, Lou? - Harry constatou, enrolando seus braços à volta do pescoço, encostando os corpos levemente, porém, com firmeza.
- Uhum... Mas talvez eu precise de mais um, só para ter certeza... Da minha ideia, sabe?... - Louis desafiou, os seus rostos tão próximos que se poderiam ouvir as respirações.
