O barulho agudo da chaleira indicando que a água já estava na temperatura correta para ser despejada na xícara onde um sachê de chá descansava casualmente fez com que Megumi desse uma última bagunçada nos pelos da cabeça de seus cachorros de estimação e se dirigisse até a cozinha.
O garoto girou o botão do fogão gentilmente, tal ação fez com que a boca inferior esquerda do móvel se apagasse. Seus dedos logo se encontravam ao redor da alça do recipiente de alumínio e a água fervente encheu vagarosamente sua xícara.
Em passos calmos, o moreno sentou-se em uma das cadeiras que rodeavam a mesa pequena redonda e usou seus dedos indicador e o polegar direitos para mexer o sachê dentro da pequena piscina que ele mesmo havia criado dentro da peça de louça.
Sua rotineira paz matinal foi cessada quando ouviu baterem na porta de madeira com tintura escura e aspecto rústico, o obrigando a ir atender quem quer que estivesse do outro lado.
Suspirou e se levantou sem demorar nem mais um minuto, se deparando com um homem de estatura baixa e um pouco acima do peso acompanhado de uma mulher alta com o porte atlético.
"Ela deve se dedicar aos treinos" Megumi pensou logo antes de mudar sua expressão para a mais amigável que conseguia vendo os distintivos apresentados para ele.
— Bom dia, sou a agente Harumi do Departamento de Polícia de Nova York, esse é o meu colega de trabalho, Jogo. – a mulher fez uma breve apresentação dela e do homem presente ao seu lado, fazendo com que Megumi franzisse levemente as sobrancelhas. — Você é Megumi Fushiguro, certo? Filho do empresário Toji Fushiguro?
— Sim. – o tom de voz do garoto transparecia a confusão que se fazia presente em sua mente e a mulher assentiu.
— Ele está? – perguntou Jogo, já um pouco impaciente com a lentidão matinal de Megumi.
O moreno colocou a cabeça para dentro e viu seu pai descendo as escadas enquanto abotoava os últimos botões restantes da camisa social azul clara que usava por baixo de seu terno.
— Dois agentes querem falar com você.
Uma expressão de extrema confusão tomou conta do rosto do Fushiguro mais velho e o mesmo arqueou uma de suas sobrancelhas ao parar de pé ao lado do filho, encarando os dois indivíduos que apresentavam novamente seus distintivos.
Após repetir a breve apresentação ensaiada na viatura minutos atrás, a mulher guardou seu distintivo no bolso de sua calça e Toji sorriu de canto, achando que aquilo não passava de uma brincadeira.
— Precisamos que nos acompanhe. – a mulher ignorou o leve sorriso debochado presente no canto da boca do homem, fazendo com que sua cicatriz se curvasse minimamente.
— Muito engraçado, vocês me convenceram na metade do primeiro tempo, mas agora preciso ir trabalhar, não tenho tempo para isso.
O mais velho ameaçou dar um passo em direção ao seu carro preto que estava à sua espera mas foi barrado pela mão do outro agente.
— Não nos importamos se quiser fazer do jeito difícil. – segurou um par de algemas com a mão que não estava presente no peitoral do homem e levantou as sobrancelhas.
— Estão com um mandado envolvendo meu nome por qual motivo exatamente? – bastou o Fushiguro olhar de relance para a mão que ainda o barrava para a mesma ser abaixada no mesmo momento.
— Acho melhor tratarmos disso na delegacia. – opinou a mulher, desejando poupar o filho de Toji de ter conhecimento do que o próprio pai era capaz.
— Não. – Toji negou com o dedo juntamente com sua imposição verbal. — Quero saber se vale a pena eu perder meio período do meu dia de trabalho indo à delegacia.

VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦
Fiksi Penggemar❝𝗡𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗶𝗱𝗲𝗿𝗮𝘃𝗮 𝗻𝗲𝗺 𝗼 𝗽𝗲𝗻𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝘀𝗲 𝗿𝗲𝗹𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺 𝘂𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗶𝘁𝗮́𝗿𝗶𝗼, 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝘂𝗺 𝘂𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗶𝘁𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗲𝗹𝗲. 𝗦𝗲𝘂 𝗳𝗼𝗰𝗼 𝗻𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗮́�...