LS

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Esse jogo com Park Chaeyoung está começando a ficar perigoso. Provocar ela é divertido, mas é melhor me afastar.

Por mais que ela seja gostosa, ela também é hétero e eu sei que nada vai rolar. Apesar que é bastante engraçado ver uma hétero surtando por medo de algo acontecer.

Suga deve ser mesmo louco, por deixar de ter Park Chaeyoung para ter Kim Taehyung. Não que Taehyung seja feio, pelo contrário. Eu o acho lindo, mas, na minha opinião, Chaeyoung está em um nível acima de beleza. Há algo diferente nela.

- Eu não sou como você pensa. - a voz suave de Jennie me desperta dos meus pensamentos.

- Oi? - olho confusa para ela.

- Eu não sou como minhas amigas são. - ela sorri para mim. - Eu sei que você acha que sou como elas, mas não sou.

- Oh... - fico sem saber o que dizer com ela me encarando tão gentilmente assim.

- Posso me sentar com você? - ela aponta com o queixo para o banco ao meu lado.

- Você quer se sentar comigo? - digo surpresa.

- Só se você deixar. - ela me dá outro sorriso suave. Me arrasto para perto da janela e ela se senta ao meu lado.

- Seu perfume é cheiroso. - respiro fundo ao me dar conta do perfume floral que ela tem. Parece um bebê.

- Obrigada. - ela ri, mas suas bochechas estão vermelhas. - Eu estou com fome. - ela suspira.

- Eu tenho cookies aqui. - reviro minha mochila e pego o pacote, estendendo a ela. Os olhos dela brilham de uma maneira tão engraçada que acabo soltando uma risadinha - Pode comer.

- Você é um anjo! - ela me abraça e ouço um pigarreio minutos depois. Olho para cima para ver Park Chaeyoung com os braços cruzados na nossa frente. - Hey, Rosie! - Jennie me solta e se vira para Chaeyoung.

- O que você está fazendo aqui?

- Conhecendo Lalisa melhor e você? - Jennie pega um cookie e morde. - Esse aqui é maravilhoso, você tem bom gosto.

- Claro que tenho! Eu te disse que seu perfume era bom, certo? - a cutuco com o ombro e ela ri, ficando com vergonha novamente. Ouço Rosé respirar fundo.

- Jennie, eu quero me sentar com você! - ela diz e bate o pé no chão.

- Pessoal, se organizem porque vamos sair em poucos minutos. - o motorista diz e eu passo o braço ao redor dos ombros de Jennie.

- É uma pena, Park, porque ela vai ficar aqui comigo. Eu e ela temos muito a conversar e se conhecer. - sorrio e Jennie apenas fica olhando de mim para Rosé, enquanto mastiga.

- Foda-se. - ela vai para o fundo do ônibus e dou um sorriso satisfeito para Jennie.

°°°°°°


Depois de uma discussão sobre ir ou não ir no teleférico, consegui me livrar desta vez. Estou aqui parada, olhando para o horizonte, enquanto espero as garotas voltarem.

Teleférico é tão ruim, que nem fila existe para andar nele. Não sei porque criaram um brinquedo tão sem graça e idiota. Além de ser alto, extremamente alto.

Uma das cabines acabou de parar e está aberta, observo o operador olhar para os lados, a procura de alguém que queira andar, mas ninguém quer. Me seguro para não rir.

- Finalmente, Lalisa Manoban. Soube que você estava procurando companhia para um passeio. - Rosé aparece e me puxa pelo braço, em direção a cabine.

- Não, não, não. - tento me soltar dela, mas ela aperta meu pulso com mais força e estou começando a tremer de medo. - Chaeyoung, estou falando sério.

- Oi! - ela sorri ingenuamente para o operador e ele levanta a porta da cabine. Chaeyoung me empurra no banco e se senta ao meu lado. - Pode fechar. - ele sorri ao ouvi-la e só consigo ver quando a porta se fecha.

Meu coração está batendo tão rápido. Eu vou morrer. É isso. Esse é meu fim. Hoje é o último dia de Lalisa Manoban e esses são os últimos momentos. Não acredito que vou passar meus segundos finais com Park Chaeyoung.

Conforme a cabine vai se movimentando e subindo, seguro nas barras de segurança com força e fecho os olhos, tentando respirar fundo e me acalmar. Ouço a risada de Rosé. Eu não me importo, ela pode zombar o quanto quiser, mas altura é algo com a qual não brinco.

- Lalisa Manoban tem medo de altura. - ela ri mais alto e respiro mais fundo. Nem ela pode me irritar agora que estou com tanto medo. - Olhe para mim. - sinto a mão quente dela em meu queixo.

Fico boquiaberta ao ver que ela está com o blusão e a jaqueta, ambos abertos, exibindo seu abdômen e ela está usando só um top, bem apertado e seus seios parecem maiores do que normalmente são. Meu olhar desce até sua barriga, mas volto para seus seios.

- Vê algo que gosta, Manoban? - ela diz com uma voz sussurrada e carregada de malícia. Engulo em seco quando ela aproxima o rosto do meu e ergue meu queixo, me fazendo encará-la. - Parece que sim. - ela sorri e passa a língua nos lábios.

Eu não sei se olho para ela ou para seus peitos, que estão tão próximos do meu rosto. Minhas mãos vão rapidamente para sua cintura e eu a puxo para cima de mim. Rosé parece surpresa, porque o máximo que ela faz é soltar um gritinho.

O ar dentro dessa cabine agora está quente. Ambas respirações estão aceleradas. Subo meu olhar do decote de Rosé para seus olhos.

- Me solta! - ela tenta me empurrar, mas aumento o aperto em sua cintura. Deslizo as mãos em suas coxas e a faço sentar em meu colo.

- Eu não sou o broxa do seu namorado, Rosé. - coloco a mão em sua nuca e passo o braço na cintura dela.

- Do que você está falando? - ela ergue uma das sobrancelhas.

- Se você quer brincar dessa maneira, nós vamos brincar, mas eu te garanto - aperto a nuca dela e ela morde o lábio inferior, soltando um gemido abafado - Se começarmos, nós vamos até o final. - sussurro com a boca próxima a dela.

- Que final? - ela diz baixinho, olhando para minha boca. Sinto as mãos dela apertando meus braços.

- O final com você tendo o melhor orgasmo da sua vida e gemendo meu nome. - desço o olhar até a boca dela quando sinto sua respiração acelerada, batendo em meus lábios.

- Eu... - ela começa a dizer, mas a cabine para e eu me assusto. Ela me empurra, me fazendo bater a cabeça no vidro e fecha o blusão rapidamente.

- Aproveitaram o passeio? Foi divertido? - o operador diz sorridente ao abrir a porta.

- Sim. - ela sai rapidamente, com os braços em torno de si mesma e eu me levanto, esfregando minha cabeça.

- É, foi um passeio diferente. - digo enquanto saio da cabine e observo Rosé andar em direção ao hotel, sem olhar para trás.

DUALS - Chaelisa (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora