🪦 PRÓLOGO 🪦

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Será que, ao observarmos o passado por diferentes perspectivas, não notamos que os espectros que o habitam não são sempre os mesmos? As memórias que antes assombravam, agora se transformam, revelando novas nuances e significados à medida que explo...

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Será que, ao observarmos o passado por diferentes perspectivas, não notamos que os espectros que o habitam não são sempre os mesmos? As memórias que antes assombravam, agora se transformam, revelando novas nuances e significados à medida que exploramos ângulos distintos da história.

Como cheguei a essa conclusão? Bem, até uma semana atrás, eu estava firmemente convencido de que era a vítima traída em um relacionamento dos tempos do colégio, mas para minha surpresa, uma análise mais profunda revelou que minha perspectiva estava equivocada. Através de reflexões minuciosas e conversas honestas, descobri que minha interpretação anterior não condizia com a realidade. A reviravolta foi surpreendente, e agora vejo esse período da minha vida com uma compreensão muito mais profunda e matizada.

Agora me encontro diante deste quebra-cabeça, esforçando-me para desvendar os intricados acontecimentos que se desenrolaram. Para ser honesto, a confusão é palpável, e sinto como se estivesse caminhando às cegas por um labirinto de emoções e revelações.

Em retrospectiva, lembro-me de meu professor de literatura advertindo sobre a importância de "deixar os mortos no túmulo", um conselho que eu desdenhava na época, mas que agora compreendo plenamente.

Afinal, aquele rancor profundo que nutria por Raul, a princípio, parecia justificado, mas com a verdade emergindo, esse sentimento se tornou um dilema angustiante. Como poderia continuar nutrindo ódio por alguém cujas ações foram, de certo modo, justificadas pela revelação da realidade?

Com a cabeça apoiada em meu ombro, enquanto assistíamos "Todo Mundo em Pânico" pela centésima vez, eu não pude deixar de indagar, observando Raul:

— Por que você não retorna a ser aquele velho detestável ex-cafajeste de quem eu tanto me gabava?

Raul, com um olhar brincalhão, replicou, com a voz manhosa:

— Acho que ser o "bonzinho" da história tem seu charme, não acha?

Enquanto deixava um beijo suave na testa de Raul, que havia mergulhado novamente no filme, não pude evitar de pensar:

“Droga, por que ele precisa ser um detetive tão atraente e dedicado?”

A sensação de culpa me invadiu, lembrando-me de todas as provações que o fiz enfrentar, e questionando minha própria dignidade em tê-lo ao meu lado.

Ah, o passado, o início e o fim de tudo, uma sombra que pairava sobre nosso presente.

Ah, o passado, o início e o fim de tudo, uma sombra que pairava sobre nosso presente

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Zanin não era para sempre? | ⚣Onde histórias criam vida. Descubra agora