O Jogo.

Bernardo.

"Agora, graças a Deus estou feliz,O bastante para entender que viver é viver o amor é consequência."- Lembrança de Maio,Glória. 

Eu tinha várias coisas contra essa matéria, em primeiro Bernardo Zampaio não é namorado da Harper, segundo eu não sei o que é ter um relacionamento sério desde que tinha onze anos de idade.

        Ás pessoas em seu geral querem montar uma família para ter quem se apoiar quando ficarem velhos, no meu caso acho que me acostumei há ficar apenas eu e alguma garota eu encontrasse no meio do caminho. Relacionamentos nunca foram grandes para mim, esqueço a parte dos felizes para sempre e vou logo para a parte do sexo e do adeus.

         O que eu acho uma bobagem essa parte do “sempre”, acredito que sempre seja uma palavra muito forte e sinceramente nada dura tanto tempo assim ou melhor nada dura para sempre.

Olho para frente e me vejo dirigindo como louco, meus pensamentos mudam e me pergunto se é porque não vou para cama com alguém há três dias...Em todos esses três dias Hannah fez parte da minha rotinha, sejamos sinceros essa mulher está me tornando um louco.

Paro a moto e meu celular está vibrando no meu bolso, olho na tela e a foto da minha Lia enche a tela.

-Você sabia que sou sua irmã?- Ela começa- Sabia Bernardo? Sabia que você tem uma família além dos caras da banda?

-Lia como você está?

-Eu preciso de você.

-Chego ai em três minutos.

Ela desliga o celular e saio em direção á casa de Lia, me lembro do caminho como o famoso ditado popular, como a palma da minha mão. Minha irmã se tornou a mulher mais importante da minha vida depois do falecimento de nossa mãe, se ela precisasse de algo fútil como uma agulha eu ia providenciar essa agulha.

Assim que chego a casa dela bato a porta e me encosto nela, quando a porta abre vejo uma mulher totalmente diferente daquela que eu estava acostumado a ver por fotos.

-Você está gorda, Lia.

Ela bate em minha cabeça e entra na casa.

-Você é um gay sabia?- Ela entra em casa. –E eu não estou gorda, eu estou grávida.

-E estava viajando a serviço do trabalho?

-Estava porque?

    Olho para ela e ela olha para mim. Tudo bem ela se dava bem com crianças e sabia cuidar muitíssimo bem, mas era estranho vê-la desse modo, eu nunca imaginei minha Lia cuidando de seus próprios filhos.

-Como isso aconteceu?-Pergunto.

-Bom, eu e Léo estávamos...

-Isso eu sei, Lia. Isso eu sei. –Sento no sofá – Então eu vou ser titio?

-Isso mesmo, de duas meninas.

-Há quanto tempo você está me esconde isso? –Ela senta ao meu lado. –Porque quando liguei para você dizendo que estava de férias, a mesma me disse que eu só poderia me ver quando chegasse de viagem.

         -Há oito meses e três semanas. Cheguei ontem de viagem, meu chefe me mandou embora, aquele babaca.

-Obrigado pela consideração, irmã.

-Eu posso explicar.

Lia começa a falar o quanto ela queria que aquele fosse um momento interessante para nós dois, ela não ia ficar realmente emocionada se me contasse por telefone, preferia ao vivo e a cores. Ela tentou me enviar fotos ou outras coisas por email, mas toda vez que tentava estava lotada no trabalho. E quando ela soube que eu estava vindo resolveu guarda esse momento especial.