Hanzel Steevs, Point of view
LOS ANGELES.- Toma. - tomo a caixa embalada de suas mãos e vou abrindo.
Um ifhone 12.
- Pai... É lindo! Mas, eu não posso aceitar...
- Querida isso é uma necessidade, leve como um presente também. Você merece. - o olho envergonhada a ele que sorri.
Sim eu realmente preciso, não aguento mas o meu 6s que trava mais que tudo.
- Sério mesmo? - ele assente. Pela primeira vez o abraço em anos. - Obrigada.
- Está pronta?
- Sim. Depois configuro. - deixo o celular branco na cama e saio do meu quarto fechando a porta.
- Vamos. - assinto e o acompanho descendo as escadas.
Longos minutos se passaram e finalmente meu pai estacionou. Olhei o grande prédio espelhado na minha frente.
Descemos em silêncio e ele me direcionou ao elevador do estacionamento.
- Hanzel, quero que conheça a SteevsArch. - o elevador se abre e tudo se parece uma cena de filme.
Diversas pessoas em suas mesinhas trabalhando atentamente, outras em pé carregando cafés e bolsas.
- Sr.Steevs! Bom dia. Trouxe companhia? - somos tão diferentes assim?
- Ariel, essa é Hanzel minha filha. - meu pai diz sério e a moça dos cabelos vermelhos sorri.
- Ahh mas é claro, me esqueci... - a mulher a minha frente ri toda embaralhada. - O senhor comentou sobre ela. Oii, como você é linda.
- Olá.
- Filha, essa é Ariel assistente pessoal do papai. - sorrio falsamente.
Papai? Que palhaçada é essa.
- Venha conhecer meu escritório. - sigo os dois envergonhada com os olhares que caiam sobre mim.
Meu pai tem essa empresa a 30 anos e só vim aqui 3 vezes. Ele é um dos arquitetos mais renomados da Califórnia e nunca pagou uma pensão digna.
Entramos em uma sala espelhada e fiquei perplexa com a tamanha riqueza. Nem eu sabia que meu pai carregava esse porte.
Uma mesa de mármore super limpa, com vasos de flores e uma janela com uma vista panorâmica da cidade inteira.
Séria um sonho trabalhar em uma empresa dessa.
- É muito lindo. - comento perplexa.
- Obrigada. Você vai trabalhar aqui. - de boquiaberta olho ao mesmo. Meu pai e Ariel soltam uma risada nasal. - É serio Hanzel. Você já está grandinha e precisa de um trabalho enquanto não começa a faculdade.
- E meus estudos...?
- Você vai estudar de manhã e a tarde passará trabalhando por aqui. Te garanto que você vai gostar.
- Eu não quero.
- Querida eu e sua mãe já conversamos antes dela falecer... Uma hora eu vou aposentar e voce precisa seguir com a empresa.
- Ariel pode dar licença por favor? - peço.
- Claro!
Meu pai se senta na mesa e eu me aproximo da janela.
- Pai essa não é minha escolha, você mal me conhece. Passou sua vida inteira trocando de namorada a cada mês e nunca ligou para mim, nunca se quer mandou uma mensagem ou pagou uma pensão certa. Eu e minha mãe dividíamos um quarto mísero em um no Brooklyn e você nunca parou para nos ajudar, e de repente... Quer que eu assume sua empresa e finja que nada disso ocorreu? - minhas lágrimas desciam sem parar. Eu lembrei de tudo que passamos, de todos os traumas e da morte da minha mãe...
Calma Hanzel, se controla. Se controla.
Um silêncio constrangedor domina a sala, e a vergonha bate, me sinto fracassada por desabar assim, mas eu estou certa. Eu sei que estou.
Meu pai se aproxima e pousa sua mão esquerda em meu ombro.
- Eu sinto muito Hanzel. Me desculpa de verdade.
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𝕯𝓮𝓮𝚙. ¡ νιηηιє нαɕкєя
RomancePAUSADA. 𝗗𝗘𝗘𝗣. > > > "𝖰𝗎𝖺̃𝗈 𝗉𝗋𝗈𝖿𝗎𝗇𝖽𝗈 𝗈 𝖺𝗆𝗈𝗋 𝗉𝗈𝖽𝖾 𝗌𝖾𝗋?" ⇢ Hanzel, passando por um momento de luto após perder sua mãe, é obrigada a mudar para a casa de seu pai e recomeçar sua vida. A "missão" parece ser impossível até...