𝕯𝓮𝓮𝚙. ¡ νιηηιє нαɕкєя

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Hanzel Steevs, Point of view
LOS ANGELES.

Meu pai por fim não me obrigou a trabalhar na empresa. Depois de ontem ele me levou pra casa e eu nem se quer desci do meu quarto para jantar.

Estava até agora na cama com os olhos encharcados. Eu não conseguia entender o motivo de tanta sofrência.

Um rumor é transmitido por trás da porta, um toc toc bem suave.

- Pode entrar.

Enxugo meus olhos ao avistar Karoline se movendo lentamente até mim. Sem dizer nenhuma palavra ela se senta ao meu lado e me olha com tristeza.

Não. Eu não queria que ela sentisse pena de mim.

Nem ela, nem ninguém.

- Hanzel... Não quer ir tomar café da manhã? Levantar, tomar um banho... - diz ela, calma.

Permaneço calada.

- Olha... Eu também perdi minha mãe, faz 5 anos. Não a perdi com 18 como você mas isso não ameniza a dor que senti. Te entendo completamente... eu já tinha meu filho e estava começando a namorar seu pai. Mesmo você nunca sabendo. - a olho atentamente. - Não consigo nem imaginar se a tivesse perdido com a sua idade, tão nova e inocente... Mas quero que entenda que você não está sozinha e nunca estará. Seu pai está aqui por você, e bem... Eu também posso tentar. - diz com um sorriso.

- Muito obrigada Karoline... Mas porquê? Porquê me trata assim? Como se me conhecesse.

- Eu sempre desejei uma filha. Mas depois que meu filho nasceu eu tive algumas complicações tive que retirar meu útero...

- Ah. Eu sinto muito. - digo confusa.

- Preciso ir trabalhar, lembre-se que temos empregados por toda parte e se precisar de algo me ligue pois seu pai está em reunião. Se sinta livre para fazer o que desejar.

- Está ótimo, obrigada de coração. - digo com um sorriso, Karoline retribui e se levanta me deixando sozinha.

Me alço com dor de cabeça sintomas que sempre tenho quando choro muito.