8~Suzy - As Consequências (POV) part.2

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Meu corpo paralisou e logo comecei a tremer assustada, gritava a Rosé diversas vezes e só ouvi pequenos gemidos de dor que sumiram segundos depois, ouvia vozes de pessoas ao fundo, comecei a chorar sem parar, até que alguém pareceu pegar o celular.

- Rosé?-Perguntei com a voz falha chorando.
- Não, esse é o nome dela? Ela acabou de sofrer um acidente, algum maluco acelerou um carro em cima dela, vamos ligar para a emergência agora!-Disse o homem que atendeu, pedi o endereço da rua e ele me passou, já sabia onde ficava, desliguei o celular e um tempo depois Lisa me ligou chorando.
- Suzy? A Rosé... Eu.... Me ligaram e eu estava no apartamento dela com a Jen, viemos correndo e ela ...-Lisa falava nervosa sem conseguir completar o que dizia.
- Eu estava falando com ela na hora, Lisa, eu ouvi tudo, eu já estou chegando aí por favor protege ela até a emergência chegar.
- Ok, já chamaram a emergência estamos esperando!

Me despedi dela e dirigi até essa rua, parei o carro e saí dele correndo entre as pessoas sem conseguir segurar o choro, a emergência havia acabado de chegar, me joguei de joelhos no chão a vendo machucada e os enfermeiros aconselhando não toca-la, Lisa apareceu com Jennie e tentaram me levantar, minhas pernas não obedeceram de primeira, agarrei o boné da Rosé que havia caído assim que a colocaram na maca.

- Não... Não posso perder ela, por favor diz que ela está respirando! Lisa, Jennie!- Eu falava trêmula enquanto as duas me abraçavam forte.
- Ela está viva, Suzy, calma, temos que ir para o hospital, vou pegar meu carro!-Disse Lisa chorando.
- Meu carro está ali vamos no meu!-Falei.
- Eu guio, você e nem Lisa vão conseguir dirigir assim!-Disse Jennie tentando secar as lágrimas e puxando Lisa e eu pelas mãos.

Entrei no carro com Lisa e ela segurava nervosa o celular da Rosé com uma parte arranhada e manchada com as marcas de sangue da mão dela que havia machucado, Lisa olhava chorando para a janela do carro inquieta, encostei o boné da Rosé no meu rosto sentindo o cheiro do perfume dos cabelos dela impregnado nele, eu chorava a todo tempo e parecia que minhas mãos não paravam de tremer, chegamos no hospital e demos o nome da Rosé, ficamos aguardando na recepção, apoiei as mãos na cabeça deslizando elas pelos cabelos, ouvimos o médico chamar e fomos até ele.

- Vocês são próximas da senhorita Park?-Perguntou o médico se encostando no balcão fazendo algumas anotações.
- Sim, somos!-Respondemos juntas.
- Eu socorri ela agora pouco, ela sofreu umas lesões no pulso e no pé, bateu as costas e a cabeça com o impacto forte que levou e estamos fazendo alguns exames por conta da pancada e de uma pequena convulsão que ela apresentou, fora isso ela não corre risco maior no momento, temos que mantê-la em observação na terapia intensiva por uns dias, assim que ela sair de lá e acordar teremos que fazer mais exames, observar como estão os sentidos dela. Quando ela chegou aqui a respiração dela era um pouco fraca, tivemos medo nesse momento mas ela foi forte e resistiu, conseguimos reverter esse quadro.

- Quando podemos ver ela?-Lisa perguntou.
- No quarto infelizmente não é possível, somente pelo visor que há nele e deve ir uma pessoa por vez!-Disse o médico enquanto Lisa olhava para mim.

- Quer ir primeiro, Suzy? Aguardamos, eu sei o quanto quer vê-la!-Falou ela.
- Sim... Mas e você?-Perguntei.
- Vou em seguida, Jennie também...Vai, qualquer coisa estamos aqui...-Disse Lisa colocando uma mão no meu ombro.
- Obrigada, Lisa...-Falei e acompanhei o médico.

Caminhei pelo corredor com os olhos lacrimejando enquanto seguia o médico, olhei para trás e Lisa e Jen me olhavam abraçadas, Jen parecia naquele momento ter desabado em realidade de tudo que ocorreu, ela começou a chorar abraçada com Lisa.
Coloquei uma roupa cirurgica por cima da minha roupa, quando cheguei ao visor do quarto que Rosé estava, fiquei olhando ela deitada naquele quarto frio, minhas lágrimas desciam pelo rosto, meu coração doeu em vê-la machucada daquele jeito, uma das mãos estava com curativos em ataduras, seu rosto levemente marcou-se com leves estilhaços, havia uma marca minúscula no final de sua sobrancelha parecido com alguns pontos, não conseguia ver seu rosto por completo por conta da máscara de oxigênio que ela usava, minha vontade era de invadir aquele quarto e abraça-la com todo carinho, dormir deitada ao lado dela e não sair enquanto ela não acordasse.

All My Life - Chaezy/RozyOnde histórias criam vida. Descubra agora