All My Life - Chaezy/Rozy

21~Suzy - Tudo tem seu fim (POV) part.1

Suspirei fundo e fui caminhando até a sala com o agente, a cada passo que eu dava era como meus pés se afundassem no chão, entrei na sala e vi meu pai sentado bastante abatido, me sentei na cadeira e fiquei olhando para ele uns segundos e logo desviei o olhar suspirando fundo.

- Sua irmã fez você vir aqui falar comigo?-Perguntou ele quebrando o silêncio.
- Não... Jisoo nenhum momento me convenceu, ela apoiou qualquer que fosse minha decisão de vir aqui ou não... Eu não iria entrar, mas como esse é um lugar que tenho pavor de pisar...Vim pelo fato de que algo dentro de mim me dizia para ao menos vir trocar umas palavras!-Falei reparando o olhar dele.
- Eu... Eu soube que está bem na sua carreira e...Você está feliz com aquela menina...-Ele falou e eu o interrompi.
- Rosé... O nome da menina é Rosé!-Respondi.
- Pai, não precisa forçar... Eu não vou te pressionar com nada... Acho que a Jisoo falou tudo por ela, por mim, não duvido muito até pelo meu irmão...-Falei.
- Sim, ela falou! Palavras suficientes para eu ter a visão desse lado, o desastre que fiz na vida de vocês!-Disse ele.
- Só queria que me perdoasse por ter feito tudo que fiz com vocês... Meu ego falou mais alto!-Ele falava e eu o encarava sentindo minhas lágrimas escorrerem pelo rosto.
- Você era meu herói... Saber quem você se tornou fez uma parte em mim morrer, ver que tudo que vivi sobre a figura que tive tua acabou comigo... Eu só espero que estando nesse lugar, consiga lidar com seus erros que te trouxeram até aqui...-Falei baixando o olhar.
- Eu estou lidando, Suzy, eu só quero que você seja feliz com sua irmã e seu irmão, eu falhei demais como pai, percebo que tenho bons filhos que mesmo assim me chamam do de pai mesmo com a decepção nos olhos!-Disse ele.
- Sim, é questão de respeito mas não significa que não tenha bagunçado o psicológico de ninguém com as coisas que fez, é triste demais ver quem se tornou, onde parou, é muito duro para nós! Eu não tenho muito o que falar, eu acho que sua imagem prefiro ter em uma conversa tranquila, no passado...-Falava com lágrimas no rosto.
- Espero que melhore, agora preciso voltar para minha realidade e continuar a vida que eu trilhei por esses meses... Foi muito duro até melhorar de todo trauma e do estado de saúde que fiquei por sua causa e ao menos se importou com isso...
- Jisoo me comentou sobre sua atitude com a parte filantrópica da minha empresa...-Disse ele e eu o olhei em seus olhos.
- Sim, Rosé e eu estamos continuando com o projeto, as pessoas assistidas não tem culpa de suas atitudes!-Falei.
- Muito admirável sua atitude! Me desculpe por todas as vezes acusa-la como você nunca tivesse juízo algum, você sempre foi muito responsável, mesmo não tendo muito suporte nem meu e nem da sua mãe, de alguma forma encarando você como uma pessoa que não tinha responsabilidade alguma, dava um pouco de liberdade para eu comandar certas coisas na sua vida...-Disse ele, fiz gesto de sim com a cabeça rindo com certa revolta e chorando enquanto o encarava.
- Não ganhou absolutamente nada com isso... Tem noção que quase enlouqueci por ter feito o que fez? Tinha um matador me ameaçando fazer as coisas do jeito exato que ele queria... Tem noção de como ficou meu psicológico aquele dia? Tem noção que mandou aquele homem matar uma pessoa inocente, já que não foi o suficiente ela ficar tempos em uma UTI depois que fez sua própria filha sujar as mãos para atropelar a Rosé?-Falei e ele me olhava sério.
- Ela não tem culpa da sua raiva... Eu me apaixonei por ela, pai, eu me interessei por ela, deve pensar que ela me seduziu ou coisa do tipo, sabe bem da minha orientação, só sempre se fez de cego e deu um jeito de dar sumiço nas pessoas que me envolvia...-Falei e me levantei nervosa.
- Suzy, assim como disse para Jisoo, com você não vai ser diferente, sei que o que eu te causei é imperdoável, você está visivelmente com seu emocional acabado, por minha culpa... Quero que saiba que tenho orgulho do que você se tornou, da carreira que construiu e a pessoa que você é! Perdão por tudo que fiz... Espero que seja muito feliz!-Disse ele e eu o olhei fixamente chorando fazendo gesto de sim com a cabeça sem conseguir falar mais nada.

Caminhei até a saída de cabeça baixa e saí da sala sem olhar para trás, Jisoo me esperava e veio em minha direção no mesmo tempo que desabei a chorar, ela me abraçou forte me confortando por um tempo, assim que me acalmei ela me levou para casa e passou a tarde comigo, logo a noite Rosé veio com Lisa e Jennie e preparamos um jantar para nós três, durante o jantar Rosé olhava para mim e para Jisoo.

- A atitude de vocês foi certa... Se não fizessem isso, talvez ainda estariam com o peito pesado e palavras presas dentro de vocês, espero que o coração de vocês tenham mais paz agora...-Rosé falava e colocava uma mão sobre uma minha e outra sobre a mão de Jisoo.
- Obrigada, Rosé, sei que seu desejo é sincero, minha irmã encontrou uma pessoa grandiosa e acolhedora, obrigada mesmo pelo apoio!-Disse Jisoo sorrindo.
- Também te agradeço, seu cuidado e amor foram cruciais para que eu possa estar bem hoje e feliz e em família olhando a cara de séria da Jisoo em todos os almoços e jantas que fazemos aqui e sermos obrigadas a embreaga-la para vê-la sorrir!-Falei sorrindo levemente e Jisoo parou de comer me encarando.
- Não te respondo como deveria pois não vale perder a compostura diante das visitas! -Disse Jisoo enquanto Lisa ria com Jennie e Rosé, logo Jisoo abriu a garrafa de vinho que havia na mesa, jogou a rolha em cima de mim e eu ri, ela serviu todas as taças e levantou sua taça afim de brindar, retribuímos sorrindo.
- Um brinde para nossa paz, espero que tenhamos boas alegrias daqui para frente!-Brindamos e provamos lentamente o vinho.
- Garanto que sim e já que todas as pessoas importantes estão aqui presentes...-Disse Rosé levantando-se e abrindo sua mochila, pegou um tubo de serpentina, ela apontou em nossa direção me dando um susto, de dentro dele além das serpentinas caiu um carrinho de fricção que andou rápido batendo no meu pé, o peguei e abri sua parte de cima, nele estava uma aliança e um bilhete de pedido de casamento minúsculo, fiquei uns segundos olhando sem acreditar, olhei para Rosé e para as meninas, peguei a aliança com os olhos cheios de lágrimas.
- Agora é a parte mais tensa, você aceita se casar comigo senhorita, Bae Suzy?-Rosé estendeu a mão perguntando.
- Claro, Rosé, aceito quantas vezes for necessário!-Respondi emocionada com as lágrimas escorrendo pelo rosto, ela pegou a aliança e colocou no meu dedo e eu olhava sem acreditar.

Jennie chorava emocionada e batia em Lisa e ela ria.
- Não vê, Lisa? Olha que pedido mais lindo!! Espero a senhora tratar de fazer um desse nível para mim, ouviu bem?-Disse Jennie e ríamos enquanto Lisa a beijava concordando.
- Confesso senhorita Park, você se superou em pedir minha irmã em casamento de um jeito tão diferente, vocês merecem toda alegria desse mundo.

Comemoramos durante toda noite, no dia seguinte conversei sobre todos os planos com Rosé e quando poderíamos casar, determinamos concretizarmos tudo dentro de 3 meses.

Passou-se os 3 meses, tudo foi organizado para o casamento que decidimos ser na praia, aliais, organizamos um casamento duplo, Lisa finalmente conseguiu pedir Jennie em casamento como ela sempre desejou da forma mais linda quando festejavamos o aniversário de Jennie um mês depois do meu noivado com Rosé, chamei Jisoo para ser minha madrinha de casamento e Lisa e Jennie como haviam se aproximado mais dela, convidaram para ela ser madrinha também, confesso que Jisoo ficou duplamente feliz e nunca havia visto ela sorrir tanto no dia do casamento, acabamos virando uma só família, todas fomos de vestido longo mas tenho que admitir que Rosé era a noiva mais linda, estava simplesmente perfeita em seu vestido longo branco em renda e seus cabelos com uns fios presos no alto da cabeça e com pequenas pedras presas que o sol batia e brilhavam delicadamente, após a cerimônia, Lisa e Jennie decidiram adiantar sua lua de mel e viajaram, Rosé e eu nos programamos para irmos umas semanas depois por estarmos presas a alguns trabalhos muito relevantes, com duas semanas que estávamos casadas Rosé me chamou pela manhã com o meu celular na mão parada na porta do quarto.
- Que aconteceu?-Rosé me olhava sem dizer nada e passando uma mão em seus cabelos, peguei o celular e atendi, era Jisoo com a voz um pouco rouca, ela avisou que minha mãe havia ligado para ela avisando que nosso pai se sentiu muito mal por conta de um mal súbito, foi socorrido dentro da cela mas não resistiu.

Larguei o telefone, minhas pernas pareciam ficar bambas, Rosé me agarrou firme me sentando em um dos sofás enquanto eu chorava e recebia um abraço apertado dela sem me soltar.