Estou aqui.

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POV HOPE

Aconteceu, pela primeira vez na vida, esses idiotas se organizaram o bastante para serem competentes e fazer algum plano funcionar sem mim. Infelizmente para mim, o plano não era muito a meu favor. Não me pergunte como aconteceu, foi tão simples e idiota que me recuso a lembrar e sentir vergonha por ter sido pega. Depois de me divertir por dias, semanas, não fiquei marcando o tempo, agora estava encarcerada numa jaula ridícula no ginásio da escola. Não sei o que foi pior, o tédio de voltar para lá, ou ter que olhar para suas caras idiotamente orgulhosas do feito de terem me capturado.

H: - Ok, admito, estou impressionada. – Disse recuperando totalmente os sentidos depois da enorme dose de verbena que conseguiram me injetar.

L: - Cala a boca. – Ela disse irritada. – É nossa vez de ditar o tom desse diálogo. – Disse orgulhosa.

H: - Por favor, me tire do tédio. – Implorei com sarcasmo.

Analisei melhor o cenário, havia um perímetro feito com sal fora da jaula, feitiço de barreira. Havia também uma vela anti magia acesa dentro do perímetro, aparentemente, eu era a única bruxa do recinto que não podia fazer feitiços. Não me desesperei, até aí, era previsível que algum deles faria algo idiota e me daria a chance de escapar, eu só tinha que jogar esse jogo da maneira mais simples possível, vencendo.

H: - Você já pode abaixar essa arma, Dr., não é como se fosse precisar.

A: - Nunca se sabe.

H: - Você é mesmo uma barata resistente, não é ? Eu podia jurar que você não ia sobreviver. – Disse me aproximando da grade. – Quer dizer, eu achei que tinha deixado você no limiar da morte, para que morresse sob o olhar das suas filhas depois de dar o meu recado, mas aqui está você, devo ter calculado mal.

J: - Você não liga mesmo, não é ? – Ela perguntou quase surpresa.

H: - Nem um pouquinho.

L: - Ótimo, isso facilita nosso trabalho de torturar você sem nenhum remorso. Não que eu fosse ter algum depois do que você fez.

H: - Me torturar ? – disse antes de rir. – Bom, isso vai ser divertido.

POV LIZZIE

Era assustador e igualmente irritante o quanto ela não estava nem aí para tudo que fez. Ela quase matou nosso pai, quebrou o pescoço do Wade como se não fosse nada, saiu país afora matando pessoas, nos deu um trabalho do diabo para colocá-la na jaula, e lá estava ela, rindo de nós como se pudesse escapar e fazer pior a qualquer momento, talvez pudesse. Eu sentia tanta raiva da Hope que tive dificuldades de lembrar do motivo pelo qual estávamos lutando pela sua humanidade, mas promessa era promessa, ela ia voltar a ser um panda bonzinho por bem ou por mal. Confesso que estava torcendo para ser por mal.

A: - Só para deixar claro, Hope, queremos você de volta. Não vai ser bom, nem bonito, mas faremos o necessário para que você religue.

H: - Religar... é, não, não vai rolar. Aliás, eu não gostei nada do que você fez. Mandar minha tia atrás de mim foi bem irritante, ela me atrasou um bocado. Mas você sabe como é família, acabamos nos entendendo. Claro, não sem antes ela entender qual era o lugar dela.

A: - O que quer dizer com isso ?

H: - Ah, não se preocupe, eu não a matei se é o que está pensando. Infelizmente, eu não tinha carvalho branco à mão. Além disso, sumir com ela em definitivo colocaria meu irmão Marcel na minha cola, e eu não preciso de mais distração.

One-shot Handon e o Eterno Gatilho | One-shot Handon and the Eternal TriggerOnde histórias criam vida. Descubra agora