Amores, cores e flores;

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the fifth season

Kim GeonHak se considerava alguém feliz e sortudo, crescera junto de suas duas mães perto das montanhas e florestas, ambiente que amava, já que contato com natureza era a coisa mais singela e perfeita que um garoto pseudo-artista poderia sonhar, era abençoado por Íris, muito bem protegido e guiado tanto por suas mães quanto sua madrinha. Era agradecido por ter tido todo aquele amor e educação vindo daquelas três mulheres que eram seu tudo, sentia até mesmo seus olhos ganharem uma coloração alaranjada de admiração sempre que ouvia elas falarem sobre suas especialidades.

Sua mãe Erato, musa da poesia amorosa, havia se dedicado bastante para ensinar ao filho todos os alfabetos criados, feito ele entender que mesmo que o amor tenha categoria, nada que sentisse poderia ser nomeado de forma fácil, além do ensino grandioso que havia levado de herança dela: o talento nato em poesia. Mas não só o talento, como a paixão por aprender sempre mais, já que ela deixava claro que o aprendizado nunca parava.

Euterpe era sua outra mãe, musa da música, fazia com que o filho se sentisse admirado e com os olhinhos brilhantes sempre que cantarolava suas criações ao vento, treinando para quando fosse se apresentar em praça pública no centro de Atena, o garoto havia herdado a boa voz de Euterpe, uma voz tão doce e agradável ao cantar, que parecia entrar em contraste com sua tonalidade rotineira que era grossa e forte.

Sabia que não havia sido gerado como outros humanos, sabia que não era nem ao menos era um humano comum com talentos especiais, como as Musas geralmente eram, Kim tinha total noção que era diferente e esse diferencial se dava do fato de ter sido gerado por as mãos coloridas de Íris, que se sentiu comovida ao ouvir as rezas e preces daquelas duas que tanto se amavam, agraciando Erato e Euterpe com uma criança que tinha os cabelos loiros da musa da música, o olhar e sorriso da musa da poesia.

Íris era alguém importante na vida do loiro e isso não era apenas por ter sido gerado do zero por ela, mas por ter sido abençoado e protegido toda sua infância pela mesma. A problemática era que Musas não podiam se apaixonar na concepção de deuses grandes, deveriam atuar apenas em suas áreas e nunca deveriam se render ao amor carnal, humano e quando o Olimpo soube da existência de GeonHak, todos quiseram pôr as mãos na criança para lhe fazer o mal, mas Íris tinha lhe feito uma proteção forte, colocando-o como seu afilhado, assim nenhum deus poderia interferir em sua vida.

A não ser que fosse em uma batalha que GeonHak realmente fosse atrás de briga, porém, não era algo que Íris se preocupava, sabia que o afilhado era doce, havia sido criado e educado em um ambiente igualmente doce e agradável, não há nada que pudesse se preocupar.

Bem... Até aquele dia.

- Oh! Íris! - Um dos filhos de Eros lhe chamou, Íris gostava de DongMyeong e de DongJu, apesar de não ter grandes contatos com filhos de outros deuses, sempre teve grande afinidade e proximidade com os dois Son, ainda mais por ter cuidado de ambos.

- Crianças! - Soltou um riso animado ao ver o garoto de fios escuros, sendo acompanhado de sua irmã pseudo-gêmea, como a proximidade era notável, Íris não se incomodava nenhum pouco de abaixar a máscara de Deusa séria, por isso, tinha o costume de chamá-los assim. - Vocês por aqui? Vieram fazer algo para seu pai? - Ambos se entreolharam, a ausência de um sorriso animado no rosto de DongMyeong e o olhar desolado de DongJu fizeram a deusa perceber que não eram simples mensagens de Eros.

- Íris, nós gostamos muito de você e somos muito gratos a ti... - DongJu começou, a voz rouca da garota era levemente trêmula, denunciando que poderia chorar ali mesmo, Íris respirou fundo, tentando não se desesperar. - Nós viemos lhe avisar sobre algo... Sobre GeonHak...

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