Primórdios - A vingança de Sor'uth

Victoria

 Amanhecia e a luz do sol invadia o quarto de uma cobertura de luxo na cidade de Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina, a cama estava bagunçada e em seus lençóis de cor cinza de seda egípcia estava enrolada nua uma garota de dezenove anos, pele clara, corpo magro e cabelos ondulados castanhos na altura dos ombros, ela abre lentamente seus olhos verdes e avista um homem jovem de pele clara, corpo com músculos definidos, cabelos loiro escuro ondulados até a metade das costas, vestindo um roupão médio preto de seda egípcia, fechado e amarrado em sua cintura, ele olhava para o mar pela janela com uma taça de vinho tinto suave em sua mão esquerda.

-Finalmente, achei que não iria mais acordar. 

Ele fala em um tom sarcástico enquanto ela procura seu celular, após encontrá-lo a garota verifica a hora, quinze para o meio dia.

-Puta que me pariu, eu já deveria estar me arrumando para o trabalho, meu despertador não tocou? 

Ela pergunta enquanto levanta da cama em um pulo, o rapaz então se vira na direção da moça com uma expressão indiferente em seu rosto, seus olhos castanho escuros percorrem o corpo da moça enquanto ela se veste apressadamente, ela então recolhe suas coisas e caminha até a saída, seguida pelo rapaz.

-Trabalho...ah, é mesmo, vocês precisam de dinheiro para sobreviver por aqui, aliás qual é o seu nome mesmo?

A garota franze o cenho olha na direção do rapaz e revira os olhos.

-É Victoria, eu te falei ontem a noite e me desculpe se eu não tive a sorte nem a oportunidade de nascer em uma família milionária como deve ser o seu caso. 

O rapaz solta uma risada e toma o último gole de vinho, após isso segue Victoria até a saída, ele segura então o antebraço direito da moça com sua mão esquerda fazendo com que ela pare e o lance um olhar confuso, a garota tenta se soltar, mas ele era mais forte do que ela imaginava.

-Você precisa de algo ou uma carona talvez?

Ela revira os olhos e se vira em direção a porta, ele então solta seu antebraço, Victoria abre a porta e se depara com um rapaz de pele clara, olhos castanho escuros, cabelos pretos curtos, ele veste um paletó bem ajustado na cor grafite, uma blusa social branca e uma gravata slim verde e um par de sapatos sociais de couro pretos.

-Ora ora, devo lhe dar os parabéns Osharus, conseguiu se deitar com mais uma bela mulher.

-A que se deve essa visita Dandra, não me diga que precisam de mim em casa.

Ambos sorriem enquanto Victoria revira os olhos e caminha até o elevador, empurrando o rapaz de terno no processo, ela aperta o botão e espera, não demora muito para as portas abrirem, Victoria entra e aperta o botão do térreo, as portas se fecham e o elevador começa a descer, ele chega rapidamente ao destino, as portas se abrem e a garota caminha em direção a saída do prédio, do lado de fora ela chama um Uber e, após dez minutos, o carro chega.

"Bando de macho escroto, não sei porque eu ainda saio com esse tipo de cara"

Victoria dá uma última olhada para cima, na direção da cobertura, suspira e entra no carro, no caminho a garota encosta sua cabeça no vidro da janela e volta seu olhar para o céu.

"Esse cara era muito forte, até mais do que eu imaginei, é impressão minha ou ele conseguiu quebrar a cabeceira da cama com as próprias mãos na noite passada...que nada, eu devia estar muito bêbada e vi coisas, ninguém é tão forte assim" 

O carro chega até a casa de Victoria, ela então paga o motorista, deixa o carro e segue o mais rápido que consegue para dentro de sua casa, ao entrar ela caminha até seu quarto jogando seus pertences em sua cama, tira sua roupa, pega sua toalha de banho e caminha até o banheiro, toma uma ducha rápida, após isso se seca e escova os dentes.