Um novo começo

487 30 5
                                    

Eu vivia minha vida normal na ilha das bolhas, mais conhecida como Arquipélago Sabaody, até que aquilo aconteceu.

  Eu realmente não queria que meus pais fossem levados a força para o leilão de pessoas e comprados por um Tenryuubito, a partir disso, tive que continuar totalmente sozinha, minha família servia de escravos para Tenryuubitos à gerações. 

  Com um futuro difícil de se prever, tive que viver fora da ilha, como uma pirata, na real eu era mais para um objeto sexual, todos no navio me desprezavam por ser uma mulher e ser inferior aos demais, então tomei a decisão de em alguma noite próxima, cortar qualquer tipo de laço com essa tripulação de merda e ir embora às pressas em um bote, voltando para minha ilha.

  Então dito e feito, se passavam por volta de duas horas da manhã, todos os tripulantes dormiam profundamente após uma noite agitada, com muita bebida e mulheres. Visto meu casaco antes de sair de meu pequeno quarto, verifico se todos estavam realmente dormindo e me direciono ao homem que estava com a chave da minha coleira, e me solto, podendo finalmente me mexer sem cair um segundo. Vou até o barco ancorado ao lado da ilha que havíamos chegado a uma semana. Pego todos os meus pertences antes de partir, olho todos os homens de uma distância considerável, logo meus olhos ardem enquanto relembro as coisas que já fizeram comigo, eles me estupraram, me bateram, me humilharam, várias coisas em geral. Mas mesmo que uma vingança fosse feita, não curaria toda a dor, mas mesmo assim, serviria para algo.

  -Raigo.- Uma bola de descarga elétrica se junta e finalmente atinge aos demais homens que a pouco tempo estavam vivos, a ilha rapidamente desaparece por conta do grande ataque e um sorriso se junta em meus lábios, logo começo a gargalhar. -Seus desgraçados.- Digo quando minha feição se torna séria novamente.

  Alguns devem se perguntar por que nunca fiz algo a respeito sobre o'que eles faziam em meu corpo, sempre estive presa com as algemas kairouseki, que anulavam meus poderes, e quando eles me soltavam, tinha passado tempo demais algemada, oque me fazia me recuperar aos poucos, mas me prendiam novamente para a diversão de algum desses infelizes.

  Começo a remar em direção à ilha, sendo guiada pelo vidre card que havia deixado escondido em alguma árvore. Eu só levaria alguma tempo até chegar, mas me toco de minhas habilidades, coloco minhas coisas mais importantes em minha mochila, e começo a viajar rapidamente na forma de um raio, chegando logo a minha ilha natal, um raio silencioso atinge o chão e aos poucos me refaço na forma de humano.

  Olho em volta, vendo minha vila de longe, me direciono rapidamente para lá, quando olho para a árvore ao meu lado para confirmar se era mesmo, reconheço o número 31, exatamente! Vou me aproximando de minha casa um tanto pequena, destranco a mesma e a adentro, como é bom estar de volta. Subo as escadas e me jogo em minha cama, mesmo que o colchão esteja empoeirado, me cubro e me aconchego para dormir, fecho meus olhos lentamente até que eu adormeça.


  Acordo cedo por conta da luz invadindo meu quarto, e com muita relutância, me levanto e vou para o banheiro, tomo um banho demorado, lavando meus cabelos esverdeados, visto um cropped branco sem estampa, uma calça na cor preta e um tênis na mesma cor, um cinto dando duas voltas em minha cintura e uma gargantilha. Finalmente vou para fora, procurar alguma tenda que esteja aberta, para enfim silenciar meu estômago que roncava a cada cinco segundos, me lembrando que eu não havia comido nada no dia anterior.

  Me aproximo de um bar que estava aberto, já tinha me esquecido que as pessoas aqui levantam mais cedo para abrir seus comércios. Sento em uma cadeira no balcão ao lado de um homem de chapéu branco com detalhes pretos. Peço um okonomiyaki e começo a comer, sentindo o gosto da comida invadindo cada canto da minha boca, como é gostoso. Inconscientemente uma lágrima corre em meu rosto, porque? Porque estou chorando? Logo outras pessoas começam a encher o pequeno bar.

Criminal - Eustass KidOnde histórias criam vida. Descubra agora