Ocean. (HIATUS)

Capítulo 3 - Tesouro.

Flora

Sai cedo para tomar um banho de sol nas pedras, precisava ficar um tempo sozinha, hoje faz 3 anos da morte da minha mãe, sinto falta dela todos os dias.

Nadei até as pedras e comecei a cantar, nós sereias amamos o canto, já nascemos com esse dom, somos encantadoras.

- Já está aqui? - sorriu.
- Sim, precisava ficar um pouco sozinha.
- É a saudade da Cristal né? - subiu na pedra.
- Sim, não me conformo que ela se foi por culpa daqueles pescadores.
- Ela lutou até o final, ela fez isso pra proteger o nosso povo.
- Eu sei e eu ainda vou encontrar aqueles pescadores, eles vão se arrepender de ter invadido nosso reino.

Pulei na água e nadei sem rumo, eu amo estar no mar, é incrivel ver como tudo aqui é bonito, vi um golfinho por perto, me aproximei e fiz carinho nele, ele deu um pulo no mar e saiu nadando e eu  acompanhei ele.

- Calma amigão. - sorri.

Ele fez o seu som e pulou novamente no mar, eu subi ate a superfície e tinha um barco parado com dois homens pescando, eu me aproximei e balancei a água para criar ondas e eles irem embora, eles se seguraram no barco com medo e ligaram o motor e foram embora.

O golfinho se aproximou de mim e colocou seu bico no meu braço, eu beijei o bico dele e sorri.

- De nada amigão.

Voltei para o oceano e continuei nadando até minha casa, eu estou morando na casa da minha vó Iara, ela ficou para mim de herança e eu amo ficar aqui, tem tantos itens mágicos que minha vó guardou, ela era uma grande sereia e ajudou muito o nosso povo.

Nossas casas são como submarino, aqui podemos ter uma vida de humano, caminhamos, deitamos, comemos, só não temos tecnologia, até porque aqui no fundo do mar não temos acesso a essas coisas, eu só consigo ter acesso a celular e internet quando vou para a casa da minha mãe que minha vó construiu para ela quando ela era mais nova na praia, essa casa foi feita com magia, apenas nós sereias podemos ter acesso a ela.

Eu não costumo ficar muito na superfície convivendo com os humanos, eu cresci em Flinders, quando eu nasci a minha tia irmã da minha vó Selena fez um anel de proteção e que possa ativar minhas caldas quando eu era pequena, minha tia Selena era a sereia mais poderosa de todo o reino, ela era incrível, mas infelizmente ela também se foi com o ataque dos pescadores, mais pra frente vocês vão entender o que aconteceu em Flinders a 3 anos atrás.

Perola

Sai do castelo depois de uma reunião com a Aurora, discutimos sobre o que iremos fazer para proteger nosso povo depois daquele humano ter visto a gente usando magia.

Nadei até a casa da Flora para contar para ela sobre o que decidimos, enquanto nadava notei algo brilhando nas profundezas, tentei me aproximar, mas me assustei com uma baleia passando e quase esbarrando em mim.

- Deve ser reflexo do sol. - pensei alto.

Voltei a nadar até a casa da Flora, quando me aproximei ela estava na janela, ela estava com o mesmo semblante que estava mais cedo, odeio ver ela desse jeito.

Ela abriu a porta, eu entrei, ativei minha perna e me sentei no sofá.

- Você está bem?
- Pareço bem?
- Calma, não precisa ser ignorante.
- Me desculpa Perola, não queria ser ignorante com você. - sentou do meu lado.
- Tudo bem, fica tranquila. - sorriu.
- Mas então aconteceu alguma coisa?
- Na verdade eu e a Aurora conversamos sobre aquele rapaz.
- O do bar?
- Sim, precisamos achar ele e hipnotizar.
- E como vamos fazer isso?
- Precisamos voltar no bar, ele com certeza frequenta aquele lugar, perguntamos se alguém conhece ele.
- E se ninguém falar?
- Você se esqueceu que somos sereias? a gente consegue tudo que queremos. - piscou.
- E quando vocês pretendem fazer isso? hoje eu realmente não estou afim de ir até a superfície.
- Podemos ir amanhã, se você tiver bem é claro.
- Combinado então, quer comer alguma coisa?
- Não, obrigada, já estou indo embora, preciso treinar umas magias.
- Magia? qual magias?
- Encontrei um livro do meu avô, nele tinha poderes ocultos, só ele sabia deles.
- A Aurora sabe disso?
- Não, por favor não conte nada para ela.
- Tudo bem, como quiser.

Ela se levantou, me deu um abraço e pulou no mar, suas caldas vermelhas são lindas, parece que o fogo está se juntando a água, é realmente lindo.

Charlie

- Mãe estou indo para o bar com meus amigos do trabalho.
- De novo Charlie?
- Não posso?
- Pode, mas você não acha que está bebendo demais?
- Mãe relaxa, eu não vou exagerar, fique tranquila. - beijei sua testa.
- Tudo bem meu filho, toma cuidado. - sorriu.

Sai de casa e fui até o bar, hoje iremos comemorar o aniversário de um amigo do trabalho, o Jordan.

Cheguei no bar cumprimentei todo mundo e pedimos uma rodada de whisky, olhei para a porta e aquele babaca entrou no bar.

- Não acredito. - pensei alto.
- O que?
- Aquele babaca ali.
- Você conhece ele?
- Infelizmente tive o desprazer de conhecer.
- Ele trabalha com meu Pai.
- Oi? ele trabalha com o seu pai no museu?
- Sim, a muitos anos, o nome dele é Antony Backer.
- Hum... bom saber.
- O que ele fez para você?
- É um assunto pessoal.
- Não deixa ele estragar a nossa noite, se você arrumar confusão no dia do aniversário do Jordan ele vai ficar bravo com você.
- Eu não vou Chloe, fique tranquila.

Ignorei esse tal de Antony e tentei curtir o máximo com meus amigos, ele estava falando super alto com o barman e eu acabei escutando.

- Descobri um tesouro em Flinders, vamos selecionar 5 mergulhadores profissionais para irmos buscar ele amanhã, estamos preparados e armados com gases tóxicos caso apareça algum animal marinho.
- Como você descobriu?
- Pesquisas, esse tesouro está lá a anos, achei estranho nunca ninguém ter conseguido pegar ele até hoje.
- Ele deve tá bem escondido.
- Na verdade todos que foram atrás dele desapareceram.
- E você não tem medo?
- Eu não tenho medo de nada meu amigo. - bebeu a bebida.

- Meu Deus... Eu preciso ir agora, me desculpa.
- O que houve? você tá pálido.
- Aconteceu um imprevisto, preciso resolver uma coisa.

Sai correndo do bar e fui até a praia, eu preciso avisar para a Flora o que vai acontecer, mas ela não veio ate a superfície.

Comecei andar de um lado para o outro pensando no que eu deveria fazer, tive várias idéias, mas eu não posso ir ate Flinders de barco, vão achar que sou uma ameaça.

- Você pegou a isca direitinho. - riu.
- O que você quer?
- A verdade e agora. - mirou a arma.