Capítulo 4 - A Isca.

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- Abaixa essa arma, o que você está fazendo? - engoli o seco.
- Eu vi o jeito que você saiu do bar, você mordeu a isca e veio correndo avisar pra suas amigas sereias.
- Sereias? sereias não existe, você está louco.
- FALA AGORA. - gritou.
- Eu não sei de nada, me deixa em paz.
- Eu vi elas saindo do mar e usando magia, não adianta tentar me enganar. - se aproximou.
- Fique longe de mim. - fui pra trás.
- E se eu não ficar? - sorriu.

Ele se aproximou de mim, colocou a arma na minha cabeça e eu estava tremendo, eu não queria morrer, não na mão desse verme.

- Você vai ser minha isca, eu sei que pegando você as sereias vão vir atrás e isso vai ser perfeito pra eu pegar elas, agora anda.

Ele começou me empurrar com a arma na minha cabeça e começou me guiar para algum lugar que não sei aonde é.

- Me deixa ir embora, eu não sei do que você está falando.
- Cala boca. - ordenou.

Ele me levou a um estacionamento abandonado, pegou uma corda e prendeu minha mão e me jogou dentro do porta malas de um carro.

- Qual vai ser a suas últimas palavras? - riu.
- Vai se ferrar, quando eu sair daqui eu vou acabar com você.
- Que pena que daqui você só sai morto. - fechou a porta.

Eu comecei tentar chutar a porta, mas estava trancada, estava escuro e eu não tava conseguindo ver nada, comecei a gritar, mas com certeza ninguem iria me escutar, tentei desamarrar a corda na minha mão, mas estava muito apertada.

- SOCORRROOOO. - gritei.

Eu estava começando a ficar com falta de ar e tentei me acalmar, lembrei do meu celular no meu bolso de trás da minha calça.

- Ué, cade o meu celular? droga, eu esqueci no bar, droga. - pensei alto.

Continuei gritando e nada, eu já estava ficando sem forças, tentei respirar devagar e me acalmar, não posso ficar nervoso.

Chloe

O Charlie foi embora e eu achei estranho, ele estava agindo diferente depois que viu o Antony.

- Cadê o Charlie? - se aproximou.
- Ele teve um imprevisto e teve que ir embora.
- Está tudo bem? ele nem se despediu de mim.
- Eu não sei, pelo jeito que ele saiu, deve ter sido algo grave.
- Vou ligar para ele.

O Jordan ligou para o celular do Charlie e o celular dele estava no bar, ele tinha esquecido aqui.

- Ele esqueceu o celular.
- Deixa que eu levo para ele, já estou indo embora.
- Tudo bem então, obrigada pela sua presença.
- Magina Jordan, foi um prazer. - sorri.

Me despedi dos meus amigos, coloquei meu capacete e fui até a casa do Charlie.

Estava uma noite fria, com ventania, o tempo está mudando e acho que vai vir uma tempestade por ai.

Estacionei a moto na frente da casa dele e bati na porta e ninguém estava atendendo.

- CHARLIEE. - gritei.

A porta começou abrir e a mãe dele apareceu.

- Oi?
- Oi eu sou a Chloe amiga de trabalho do Charlie, ele esqueceu o celular dele no bar, eu vim devolver, ele está?
- Não... ele estava no bar, ele não estava com vocês?
- Sim, mas ele falou que tinha que ir embora, tinha acontecido um imprevisto.
- Imprevisto? que imprevisto?
- Ele não falou.
- Ai meu Deus, ele não falou aonde foi? e se ele tiver em perigo? meu Deus. - ficou tonta.
- Ei, ei... vem aqui, senta.

Guiei ela até a poltrona que tinha na varanda de entrada, ela se sentou e ela estava bastante nervosa.

- Calma, ele já deve estar voltando.
- Ele não me avisou nada, vai cair uma tempestade e se acontecer algo com ele?
- Ele sabe se proteger, se acalma. - segurei sua mão.
- E você... é namorada dele? algo assim? - sorriu.
- Quem dera. - ri.
- Então você gosta dele?
- Muito, mas digamos que o seu filho tem olhos para outra pessoa.
- Quem?
- Uma tal de Flora.
- A Flora? - arregalou os olhos.
- Sim, a senhora conhece ela?
- Claro, ela é filha de uma grande amiga minha.
- Ah sim, o seu apoio ele já tem. - abaixei a cabeça.
- Na verdade não, digamos que a Flora não é para ele.
- Por que?
- Esquece isso, agora preciso saber aonde o meu filho está.
- Mas como? ele está sem o celular, é impossivel.
- Eu dou um jeito, obrigada por ter vindo.
- Eu queria ajudar a encontrar ele.
- Melhor não, vai cair uma tempestade, vai para sua casa e se mantém segura.
- Tudo bem então, se você encontrar ele, por favor peça para ele entrar em contato comigo.
- Pode deixar, muito obrigada. - sorriu.

Me despedi da Emma e fui embora, a chuva começou e ela estava super forte, fui para casa super preocupada com o Charlie, mas ele deve está bem.

Emma

A amiga do Charlie foi embora, eu entrei em casa, subi em cima da minha cama e peguei a caixa em cima do guarda roupa com itens magicos que a Cristal deixou para mim antes de partir.

Estava procurando a concha magica para chamar as sereias, ela deixou comigo caso eu precisasse da ajuda da Flora.

- Achei. - sorri.

Peguei um guarda chuva e sai correndo até a praia, estava muito forte a chuva e meu coração estava apertado, eu preciso saber se meu filho está bem, estou aflita.

Peguei a concha e pedi ajuda para a Flora, em poucos minutos ela apareceu na superfície.

- O que houve? - gritou de longe.
- Flora você pode vir até aqui?
- Claro, estou indo.

Ela saiu do mar, ativou as pernas e ficou parada tentando entender o que houve.

- Por que você me chamou? estou preocupada.
- O Charlie sumiu.
- Como assim ele sumiu?
- Ele estava no bar com os amigos e uma amiga dele foi até minha casa devolver o celular dele, parece que ele falou que teve um imprevisto e precisava ir embora.
- No bar?
- Sim, hoje é aniversário de um amigo dele.
- Você trouxe algo dele para eu fazer o feitiço de localização?
- Sim, tá aqui.
- Deixa comigo Emma, volte para casa, a chuva está muito forte, eu vou achar o Charlie, fica tranquila.
- Eu sei que você vai, confio em você. - segurei sua mão.
- Obrigada, agora vai... se proteja.

Abracei ela e fui embora correndo, eu nunca tinha visto uma tempestade tão forte assim, isso me deixa mais preocupada.

Flora

Eu voltei para Flinders, preciso da ajuda da Pérola e da Aurora para encontrar o Charlie, nadei rapidamente até o palácio.

- Flora? o que você está fazendo aqui a essa hora?
- Preciso da ajuda de vocês.
- O que houve?
- O Charlie desapareceu, ele estava no bar, será que aquele homem tem alguma coisa a ver com esse sumiço?
- Vamos atrás desse homem, desgraçado. - andou de um lado para o outro.
- Com certeza isso foi um plano e o Charlie foi a isca, mas isso não vai ficar assim, ele se meteu com as pessoas erradas

Ocean. (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora