Ocean. (HIATUS)

Capítulo 26 - Ariel.

Horas atrás

Sunset

Apolo

Estava nadando pelo reino, ainda estava chateado com a minha mãe e com tudo que estava acontecendo, avistei a Ariel nadando segurando suas conchas e resolvi me aproximar.

- Ei, Ariel. - chamei.
- Alteza... - abaixou a cabeça.
- Já disse que não precisa fazer isso, somos íntimos.
- Ok então... o que você quer?
- Nada, só te vi passando e resolvi falar com você.
- Entendi, mas agora não posso falar, estou atrasada, aliás o que aconteceu com você? com as suas caldas?
- Um problema familiar, não esquenta com isso.
- Ok, bom... preciso ir agora.
- Aonde você vai? quer companhia? ou o seu namoradinho vai achar ruim?
- Não interessa aonde eu vou, não quero a sua companhia e não tenho mais namoradinho como você diz. - revirou os olhos.
- Aé? o que aconteceu?
- Apolo não te devo satisfações sobre minha vida pessoal. - tentou nadar.
- Não seja dura Ariel, somos amigos.
- Éramos amigos, agora preciso ir, adeus.
- Adeus? isso é uma despedida?
- Sim, estou indo morar em Flinders.
- Oi? por que?
- Uma prima minha mora lá e me falou que é um reino muito bom, então decidi ir morar com ela.
- Ariel Flinders é um reino rival do nosso, você cresceu em Sunset.
- Edai? eu não pertenço mais aqui, não me sinto acolhida a anos, preciso conhecer novas pessoas.
- Não acho que seja o melhor para você.
- Não pedi sua opinião sobre o que é melhor pra mim, quem tem que saber isso sou eu, com licença. - nadou.
- Ariel....Ariel... - parei de nadar.

Ela nadou rapidamente e eu fiquei ali parado, eu estava triste com a despedida dela, Ariel se tornou uma amiga pra mim, ela não me tratava como principe e sim como um cara normal, me sentia bem ao lado dela.

Voltei para o palácio e minha mãe estava sentada na sala de visitas lendo um livro, me aproximei e ela me ignorou.

- Mãe até quando vai me tratar assim?
- Até quando eu quiser.
- Me desculpa, eu imploro.
- Você só está implorando porque tirei suas lindas caldas azuis que conquistava todas as meninas do reino, você não se arrependeu de verdade Apolo.
- Claro que me arrependi, não queria brigar com você, eu juro.
- Quando você estiver sendo sincero eu posso pensar no seu caso. - se levantou
- Mãe... - me aproximei.
- Fim de papo Apolo.

Ela saiu da sala, eu me joguei no sofá e bufei de ódio.

Ariel

Estava nadando até Flinders e notei algo estranho, o mar estava com muitas ondas e eu estava sentindo falta de ar, isso nunca aconteceu comigo.

Subi para a superfície e vi alguns barcos parados, me aproximei do barco e não tinha ninguém neles, subi a escada do barco, ativei minhas pernas e tentei descobrir de quem era, em cima de uma maleta tinha um mapa de Flinders.

- O que é isso? - pensei alto.

Escutei um barulho e o mar se movimetando e pulei no mar rapidamente e nadei o mais rapido possivel para longe do barco, fiquei observando de longe e uns homens subiram no barco segurando uma moça, olhei novamente e era uma sereia.

- Desgraçados. - pensei alto.

Fiz um feitiço para a calda dela desaparecer, fiquei observando de longe o movimento, um homem pegou uma toalha e cobriu ela, a moça que estava no barco parecia está discutindo com eles, logo em seguida jogaram a sereia no mar, eu rapidamente nadei até o fundo e consegui pegar ela, nadei super rapido e voltei para Sunset.

- Me ajudem aqui, rapido. - gritei.
- Quem é essa moça Ariel?
- Depois eu explico, vamos levar ela até minha casa.
- Ok.

Dois Tritão me ajudaram a colocar ela na minha casa, ela estava muito pesada.

- Coloquem ela no meu quarto.
- Quem é ela? é uma humana?
- Não, é uma sereia, eu usei magia para desativar as caldas dela.
- O que aconteceu?

Expliquei pra eles tudo que eu vi, eles ficaram chocados e agradeceram por eu ter sido corajosa e ter ajudado.

- Precisamos nos proteger, eles agora sabem da nossa existência.
- Vou contar para a Rainha Atena sobre o ocorrido.
- Tudo bem.
- Você pode ficar aqui com ela? eu volto rapido.
- Fico sim, pode ir.
- Obrigada.

Pulei no mar e nadei até o palácio, os guardas tentaram me barrar, mas o Apolo me liberou.

- Voltou? - sorriu.
- Preciso falar com a Rainha.
- O que você precisa falar comigo? - se aproximou.
- Resgatei uma sereia, ela tinha sido raptada por humanos.
- Meu Deus, você está bem?
- Sim, eu agi com o maior cuidado do mundo, eu consegui usar magia para desativar a calda dela.
- Essa sereia é do nosso reino?
- Não, eu nunca vi ela por aqui.
- Então não é nosso problema.
- Mãe... - repreendeu ela.
- O que Apolo?
- Não importa os reinos, é a nossa espécie, nosso povo, precisamos proteger.
- Tá, tá, Apolo resolve isso para mim, tenho um compromisso agora.

Ela saiu e ficou só eu e o Apolo ali, ele ficou me olhando e eu tentei quebrar o clima.

- Vamos até minha casa?
- Isso é um remember? - sorriu.
- Não idiota, a moça está na minha casa.
- Ah... ok, foi mal. - ficou sem graça.

Chegamos até minha casa, eu levei o Apolo até o quarto e quando ele viu a moça ele arregalou os olhos.

- É a Flora. - se aproximou.
- Flora? você conhece ela?
- Sim, ela é sereia guerreira de Flinders.
- Precisamos ajudar ela então.
- Ela está morta?
- Acho que não, ela deve está dopada.
- Precisamos fazer um feitiço de proteção, a Rainha Aurora de Flinders vai vir atrás dela, precisamos poupar uma guerra entre reinos novamente, se ela aparecer aqui minha mãe vai ficar furiosa.
- Você está certo, mas elas precisam saber que ela está bem.
- Eu irei avisar, fique tranquila.
- Obrigada Apolo. - sorri.
- É um prazer ajudar. - segurou minha mão.
- Er... sim. - soltei a mão.

Charlie

Estava na praia esperando noticias da Flora e vi a Chloe vindo correndo na minha direção, ela parecia está furiosa.

- SEU MENTIROSO, DESGRAÇADO. - começou me bater.
- O que foi? o que você está fazendo?
- Você sabia que sua amiga Flora é uma sereia e não me contou nada.
- Que? você está louca? - engoli o seco.
- Eu vi, eu vi com meus próprios olhos, não adianta negar seu desgraçado.
- Chloe você está maluca, se acalma, sereias não existem, você viu coisas.
- Não me chama de maluca, seu mentiroso. - me bateu.
- Chloe para. - segurei seu braço.
- Saiba que a sua amiguinha sereia está morta. - riu.
- O QUE? O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? - gritei.
- Matei. - sorriu.