Cap IV

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Gael :

Depois de uns minutos, meu pai se acalmou um pouco, eu sei que esse machucado no rosto dele, não foi uma queda, mas vou saber agora o que aconteceu.

Gael - papa, por favor, me diz o que aconteceu? Eu sei que você não caiu de lugar nenhum

Ricardo - não foi nada filhote, eu já disse que caí

Gael - eu não acredito papa, me diz por favor, você vai mesmo fazer isso? Nós confiamos um no outro, por favor me diz

Ricardo - vamos terminar a mudança, eu prometo que te falo ok? Eu quero pensar um pouco.

Gael - você promete?

Ricardo - prometo sim.

Depois dessa conversa que tivemos, continuamos a mudança normalmente, eu percebi que quando Cléber estava por perto, meu pai sempre corria, literalmente, como agora que Cléber carregou uma caixa até nós, e meu pai correu pra cozinha, então meu sexto sentido estava certo, ele tem alguma coisa a ver com a situação do meu pai.

Depois de colocarmos as caixas e móveis em seus lugares, meu pai pagou os ajudantes, e eles foram embora junto de Cléber e do outro que estava com ele, percebi meu pai mais aliviado quando eles foram embora
Começamos a arrumar as coisas, os meninos já aviam postos os móveis nos lugares então era só arrumar as coisas pequenas.

Depois de muito tempo arrumando as coisas, já estava anoitecendo, como estávamos muito cansados, resolvemos pedir um lanche, então depois de tomar um banho, eu fui procurar uma lanchonete por perto, enquanto meu pai tomava banho.

Uma esquina depois de casa tinha uma lanchonete, fiquei feliz por não ter que andar mais. Quando entrei, pude ver uns cinco, adolescentes, três deles com armas

Se lá na entrada eu não peidei, com certeza agora sim, gente, eles tinham cara de ter uns 14/15 anos.

Eu pedi meus lanches, dei o endereço pra moça, e tudo isso, me tremendo todo

Quando fui sair, esbarrei em uma menina muito linda, mas tinha uma boca suja que só.

Xx - aí mano!! Presta atenção doente

Gael - desculpa, foi sem querer, licença...

Xx - idiota!

Decido não dar tanta importância pra isso, e vou direto pra casa esperar os lanches.
Chegando lá, vejo meu pai chorando na cozinha.

Gael - você vai me contar o que aconteceu agora papa?

Ricardo - Ah! Cadê os lanches

Gael - eles vão trazer aqui. Não muda de assunto pai, me fala o que aconteceu agora, por favor

Ricardo :

Eu não sei se consigo contar pra ele. Me dá vergonha, porque eu tenho força pra lutar, e não consegui me proteger, estou me sentindo insuficiente agora.

Gael - eu tenho todo tempo do mundo papa

Ricardo - eu te amo muito sabia?

Gael - eu sei papa, também te amo muito, pra sempre lembra? Mas agora me diz o que aconteceu

Ricardo - eu não sei por onde começar, é uma coisa muito ruim filho... Estou tentando encontrar palavras pra te dizer
*Suspiros* e-eu... O-o Cléber...

Gael - eu sabia que ele tava metido nisso, a cara dele não me engana. O que ele fez pai?

Ricardo - e-ele me molestou...

Gael - não entendi, fale um pouco mais auto papa

Ricardo - ELE ME MOLESTOU!!

foi um grito de desespero, as cenas começaram a vir na minha mente e comecei a chorar

Eu via espanto no rosto de Gael. Depois de uns segundos de silêncio, Gael mudou sua expressão de espanto para raiva

Gael - nós vamos na polícia pai, agora. Eu tinha uma sensação ruim com esse lugar e vinda dele também, e agora tenho certeza

Ricardo - n-não filho, não podemos falar nada a polícia... Isso não é permitido aqui, ele também ameaçou a você... Não... Não vamos dizer nada, eu vou me proteger e proteger você... Vou fazer de tudo pra isso não acontecer

Gael - O QUÊ?!?! É claro que vamos na polícia, pai o que ele fez foi muito sério... Eu não entendi a parte de não poder falar com a polícia, por quê não?

Ricardo - filho aqui não é o centro da cidade, isso tudo aqui é uma favela... A "polícia" aqui, são os traficantes daqui... Não pode haver polícia nós problemas da favela...

Gael - então a gente vai falar com essa "polícia" daqui mesmo, isso que ele fez não pode ficar assim

Ricardo - filho por favor... Não vamos fazer nada, eu temo pela sua vida... A nossa família... Isso não vai mas acontecer vamos esquecer isso. Eu vou ficar bem

Gael - papa... Você tem certeza disso? Nós podemos falar com essas pessoas, creio que elas podem ajudar papa

Ricardo - não filho, vai ficar tudo bem confie em mim...

Gael - certo então... Mas, como você está papa, está bem?

No momento em que eu fiz a pergunta, meu pai se pois a chorar... Parte meu coração, ver meu papa assim... Eu não posso deixar isso assim, no momento tenho que ajudar ele a superar isso, e depois posso agir de acordo com o que eu quero... Eu também vou proteger meu pai, custe o que custar.

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Foi isso gente, espero que gostem... Me perdoem os erros. Já estou trabalhando no próximo capítulo, ent peço a paciência de vcs 😁

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